sábado, 22 de março de 2008

José de Alencar

























José Martiniano de Alencar, nascido em Messejana-CE à 1 de maio de 1829 e falecido no Rio de Janeiro-RJ aos 12 de dezembro de 1877. Foi jornalista, político, orador, romancista, crítico, cronista, polemista e dramaturgo brasileiro. Formou-se em Direito e iniciou sua atividade literária nos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. É o grande nome da prosa romântica brasileira, tendo escrito obras representativas para todos os tipos de ficção românticos: passadista e colonial, indianista e sertaneja. (Fonte: Wikipédia)

Obras:

Romances

Teatro

O crédito, 1857
Verso e reverso, 1857
Demônio familiar, 1857
As asas de um anjo, 1858
Mãe, 1860
A expiação, 1867
O jesuíta, 1875

Crônica
Ao correr da pena, 1874

Livro

Til

Autobiografia

Como e por que sou romancista, 1873

Crítica e polêmica

Cartas sobre a confederação dos tamoios, 1856
Ao imperador:cartas políticas de Erasmo e Novas cartas políticas de Erasmo, 1865
Ao povo:cartas políticas de Erasmo, 1866
O sistema representativo, 1866

quarta-feira, 19 de março de 2008

Cassimiro de Abreu

























Cassimiro José Marques de Abreu, nascido aos 4 de janeiro de 1839 em Barra de São João e falecido aos 18 de outubro de 1860, poeta brasileiro da segunda geração romântica. Autor de um único livro, Primaveras, publicado em 1859, morreu aos 21 anos vitimado pela tuberculose. Tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil, pela sua espontaneidade, ingenuidade e linguagem simples. Os temas de sua obra, falavam sobre a casa paterna, a saudade de sua terra natal e o amor. (Fontes: Wikipédia e http://www.brasilescola.com/)

"Meus Oito Anos"

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência! -
Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância
Oh! meu céu de primavera!
Que doce à vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
- Pés descalços, braços nus -.
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores -,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

terça-feira, 18 de março de 2008

Machado de Assis

























Joaquim Maria Machado de Assis, nascido aos 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro-RJ e falecido aos 29 de setembro de 1908, também no Rio de Janeiro-RJ. Escritor brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura no Brasil e identificado como o maior escritor negro de todos os tempos. Sua obra é completa, e inclui romance, conto, poesias, peças de teatro e crítica literária, sendo considerado um dos criadores da crônica no país. Foi ainda, importante tradutor de obras literárias como Os Trabalhadores do Mar de Victor Hugo.
Em 1887, considerado à época o maior nome vivo da literatura no Brasil, juntamente com Lúcio de Mendonça e mais um grupo de jovens escritores, fundou a Academia Brasileira de Letras (A.B.L.). (Fonte: Wikipédia)

Sua obra:

Romance

Poesia

Crisálidas, 1864
Falenas, 1870
Americanas, 1875
Ocidentais, 1880
Poesias completas, 1901

Livros de contos


Alguns contos

A Carteira (conto do livro Contos Fluminenses)
Miss Dollar (conto do livro Contos Fluminenses)
O Alienista (conto do livro Papéis Avulsos)
Noite de Almirante (conto do livro Histórias sem Data)
O Homem Célebre (conto do livro Várias Histórias)
Conto da Escola (conto do livro Várias Histórias)
Uns Braços (conto do livro Várias Histórias)
A Cartomante (conto do livro Várias Histórias)
O Enfermeiro (conto do livro Várias Histórias)
Trio em Lá Menor ((conto do livro Várias Histórias)
O Caso da Vara (conto do livro Páginas Recolhidas)
Missa do Galo (conto do livro Páginas Recolhidas)
Almas Agradecidas

Teatro

Hoje avental, amanhã luva, 1860
Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
O caminho da porta, 1863
O protocolo, 1863]]
Quase ministro, 1864]]
Os deuses de casaca, 1866
Tu, só tu, puro amor, [[1880
Não consultes médico, [[1896
Lição de botânica, 1906

segunda-feira, 17 de março de 2008

Tomás Antônio Gonzaga

























Tomás Antônio Gonzaga, nascido aos 11 de agosto de 1744 em Miragaia e falecido em 1810 na Ilha de Moçambique. Poeta do Arcadismo (escola literária surgida na Europa no século XVIII, e cuja principal característica é a exaltação da natureza e de tudo que lhe diz respeito) cujo nome arcádico era Dirceu, foi jurista, poeta e ativista luso-brasileiro. Sua grande obra foi "Marilia de Dirceu", versos árcades feitos para sua amada. (Fonte: Wikipédia)

Poema Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder do meu cajado:
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que teu afeto me segura,
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil
Pastora, Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Leve-me a sementeira muito embora
O rio sobre os campos levantado:
Acabe, acabe a peste matadora,
Sem deixar uma rês, o nédio gado.
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta;
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Ali descansarei a quente sesta,
Dormindo um leve sono em teu regaço:
Enquanto a luta jogam os Pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Depois de nos ferir a mão da morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os Pastores:
“Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos, que nos deram estes.”
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!