quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Cely Vilhena


Cely Maria Vilhena de Moura Falabella, nascida em Conquista - MG, aos 16/02/1930 e falecida em Belo Horizonte - MG, aos 30/07/2017. Filha de Thomaz Vilhena de Moura e Páschoa Queiroga. Seu pai chegou em Conquista em 1920, enviado pela Secretaria de Agricultura. Jovem empreendedor, fez muito pela cidade e assumiu interinamente a Prefeitura em 1931. Em 1933 foi nomeado Prefeito efetivo pelo Presidente do Estado Olegário Maciel e, em 1947, voltou à Prefeitura pelo voto direto, na chapa em que foi eleito o Governador Milton Campos. Cely casou-se com Francisco Pérsio Falabella, notável escritor e poeta. Era também funcionário Público. Tiveram 5 filhos. Cely Vilhena formou-se em Letras Neolatinas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria de Belo Horizonte, fez Licenciatura na Universidade Federal de Minas Gerais e Psicologia na Fundação Mineira de Educação e Cultura. Cursou Pós-Graduação na Faculdade de Educação da UFMG. Exerceu atividades na área de Recursos Humanos da Previdência Social, foi professora de Psicologia da Indústria e Psicologia Escolar na Faculdade de Ciências Humanas – FUMEC e psicóloga na Clínica “Mens Sana”. Além da AFEMIL, onde foi Presidente, Cely pertenceu também à Academia Municipalista de Minas Gerais, à União Brasileira dos Trovadores, seção de Belo Horizonte, ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e ao Elos Internacional, do qual foi Vice-Presidente. Recebeu vários prêmios, títulos e honrarias: Foi condecorada com a Medalha de Prata Santos Dumont e recebeu Diploma de Mérito Artístico Rômulo Paes, da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Recebeu também, da Câmara Municipal, o Diploma de Cidadã Honorária de Belo Horizonte, em homenagem que lhe foi prestada pelo vereador Márcio Cunha. Recebeu a Medalha comemorativa dos 47 anos da Academia Mineira de Trovas e a Medalha “Mulher de Minas de 2010”, do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais, por sua relevante atuação e destaque no campo cultural e literário. Cely Vilhena publicou 8 obras poéticas: Seu primeiro livro, Tempo Espera, (coletânea de poemas – 1986) foi muito bem recebido pela crítica, obteve Menção Especial no prêmio Guararapes, em concurso de âmbito nacional organizado pela União Brasileira de Escritores (Seção Rio de Janeiro em convênio com a Prefeitura de Jaboatão, Pernambuco). Nas palavras do escritor e crítico José Carlos Lisboa, nesse livro “Cely Vilhena restaura o verso, o ritmo, a medida, a semântica. Sua poesia flui como um fio de água transparente e sonora, modulada em meios expressivos, depurados, que dão aos seus poemas sob o valor descritivo, a autêntica força poética”. Com o livro Clara e Francisco – de Assis e de Deus, Romanceiro, publicado em 1994, recebeu o Prêmio Especial da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro. Ao ingressar no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, sob o patronato de Bárbara Heliodora, a autora fez uma homenagem aos ilustres consócios publicando Romance de Bárbara Eleodora, em 1999. Com este livro recebeu o Prêmio Jorge de Lima para romanceiro, da Academia Carioca de Letras e União Brasileira dos Escritores do Rio de Janeiro. Em 2002 lançou o livro Na Esteira do Tempo – Lírica, uma coletânea de poemas escritos de 1950 a 1999, divididos em nove livros. Com esta publicação, recebeu o Prêmio Centenário Emílio Moura, da Academia Mineira de Letras. Em Conquista de Meus Amores – Romanceiro, publicado em 1987, a autora pesquisa, reconstitui uma época e louva em versos a sua terra natal, Conquista. Nas palavras do conceituado historiador, Waldemar de Almeida Barbosa, “todo o livro é de um lirismo encantador e procura seguir os passos da história com fidelidade.” No livro Os Olhos de Aarão – História Poética de Belo Horizonte, Romanceiro publicado em 1988, faz uma pesquisa histórica (uma epopéia poética) sobre a fundação da capital e seu desenvolvimento. Em 2006 lançou A Casa do Menino, destinado a prestar reverência à memória de Vivaldi Moreira, um dos mais ilustres e cultos mineiros do século XX. Ao prefaciar esta obra, o então Presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró, coloca em evidência o talento da escritora, dizendo: “A personalidade intelectual de Cely Vilhena é de tal exuberância que dificulta seu enquadramento em padrões muito convencionais. Não é muito fácil identificar qual a mais empolgante, se a poeta, a cronista, a ensaísta ou a conferencista, tudo conjugado numa alma carregada de inspiração para produzir belas coisas”. Em 2007 publicou ainda um libreto Os Mistérios do Terço de Nossa Senhora, Sonetos, em homenagem à sua neta Isabel Falabella Ricaldoni, por ocasião de sua primeira comunhão.

Nenhum comentário: