sábado, 1 de agosto de 2009

Gonzaguinha



Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, nascido aos 22 de setembro de 1945 na cidade do Rio de Janeiro - RJ e falecido aos 29 de abril de 1991 em Renascença - PR, cantor e compositor brasileiro. Filho de Luiz Gonzaga do Nascimento (O Rei do Baião) e de Odaleia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil, que morreu de tuberculose aos 22 anos. Acabou sendo criado pelos padrinhos Dina e Xavier.

Compôs a primeira canção Metarmofose Ambulante aos catorze anos, e em 1961, com 16 anos foi morar em Cocotá (Ilha do Governador) com o pai para estudar. Voltou para o Rio de Janeiro para estudar Economia, pela Universidade Cândido Mendes Ari Fontera. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero, conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins. Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve dois filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra Pêra: a atriz Amora Pêra. Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 1970 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som Livre Exportação.

Característico pela postura de crítica à ditadura, submeteu-se ao DOPS, assim, das 72 canções mostradas, 54 foram censuradas, entre as quais o primeiro sucesso, Comportamento Geral. Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos da mídia lhe valeram o apelido de "cantor rancor", com canções ásperas, como Piada infeliz e Erva. Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor músicas de tom mais aprazível para o público da época, como Começaria tudo outra vez, Explode e Grito de alerta, e também temas de reggae, como O que é o que é' e Nem o pobre nem o rei.

As composições foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Simone, Elis Regina (Redescobrir ou Ciranda de Pedra), Fagner, e Joanna. Dentre estas, destaca-se Simone com os grandes sucessos de Sangrando, Mulher, e daí e Começaria tudo outra vez, Da maior liberdade, É, Petúnia Resedá.
Em 1975 dispensou os empresários e se tornou um artista independente, o que fez em 1986, fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.
Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a filha deles, a caçula Mariana.

Maiores Sucessos:

1973 - Comportamento Geral
1976 - Chão, Pó, Poeira
1976 - Sangrando
1977 - Espere Por Mim, Morena
1979 - A Vida Do Viajante (Com Luiz Gonzaga)
1980 - Ponto De Interrogação
1980 - Começaria Tudo Outra Vez
1982 - O Que É O Que É?
1982 - Ser, Fazer, Acontecer
1983 - Feliz
1984 - Lindo Lago Do Amor
1984 - Nem O Pobre Nem O Rei
1986 - Mamão Com Mel
1988 - É
1989 - De Volta Ao Começo
1991 - Avassaladora
1994 - Grito De Alerta
2007 - E Vamos À Luta

sábado, 18 de julho de 2009

Luiz Gonzaga



Luiz Gonzaga do Nascimento, nascido aos 13 de dezembro de 1912 na cidade de Exu e falecido aos 02 de agosto de 1989 na cidade de Recife - PE, foi um compositor popular brasileiro, conhecido como "o rei do baião".

Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeon (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo.

Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato - CE. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora - MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições musicais.

Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeon (instrumentista), tendo choros, sambas, foz e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em disco de 78 rpm), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.

Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.

Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua" apelido de Luiz Gonzaga, e com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.

Luiz Gonzaga sofria de osteoporose e morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. (Fonte: Wikipédia)

Sucessos:

A dança da moda, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957)
A letra I, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho (1963)
A triste partida, Patativa do Assaré (1964)
A vida do viajante, Hervé Cordovil e Luiz Gonzaga (1953)
Acauã, Zé Dantas (1952)
Adeus, Iracema, Zé Dantas (1962)
Á-bê-cê do sertão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo (1952)
Algodão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
Amanhã eu vou, Beduíno e Luiz Gonzaga (1951)
Amor da minha vida, Benil Santos e Raul Sampaio (1960)
Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
Ave-maria sertaneja, Júlio Ricardo e O. de Oliveira (1964)
Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
Baião da Penha, David Nasser e Guio de Morais (1951)
Beata Mocinha, Manezinho Araújo e Zé Renato (1952)
Boi bumbá, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)
Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
Cacimba Nova, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
Calango da lacraia, Jeová Portela e Luiz Gonzaga (1946)
O Cheiro de Carolina, - Sua Sanfona e Sua Simpatia - Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1998)
Chofer de praça, Evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
Cigarro de paia, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1951)
Cintura fina, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
Cortando pano, Jeová Portela, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
Dezessete légua e meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950)
Feira de gado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
Firim, firim, firim, Alcebíades Nogueira e Luiz Gonzaga (1948)
Fogo sem fuzil, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964)
Forró de Mané Vito, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
Forró de Zé Antão, Zé Dantas (1962)
Forró de Zé do Baile, Severino Ramos (1964)
Forró de Zé Tatu, Jorge de Castro e Zé Ramos (1955)
Forró no escuro, Luiz Gonzaga (1957)
Fuga da África, Luiz Gonzaga (1944)
Hora do adeus, Luiz Queiroga e Onildo Almeida (1967)
Imbalança, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
Jardim da saudade, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1952)
Juca, Lupicínio Rodrigues (1952)
Lascando o cano, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
Légua tirana, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
Lembrança de primavera, Gonzaguinha (1964)
Liforme instravagante, Raimundo Granjeiro (1963)
Lorota boa, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
Moda da mula preta, Raul Torres (1948)
Moreninha tentação, Sylvio Moacyr de Araújo e Luiz Gonzaga (1953)
No Ceará não tem disso, não, Guio de Morais (1950)
No meu pé de serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
Noites brasileiras, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
O maior tocador, Luiz Guimarães (1965)
O xote das meninas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
Ô véio macho, Rosil Cavalcanti (1962)
Obrigado, João Paulo, Luiz Gonzaga e Padre Gothardo (1981)
O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valença (1973)
Óia eu aqui de novo, Antônio Barros (1967)
Olha pro céu, Luiz Gonzaga e Peterpan (1951)
Ou casa, ou morre, Elias Soares (1967)
Ovo azul, Miguel Lima e Paraguaçu (1946)
Padroeira do Brasil, Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro (1955)
Pão-duro, Assis Valente e Luiz Gonzaga (1946)
Pássaro carão, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1962)
Pau-de-arara, Guio de Morais e Luiz Gonzaga (1952)
Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
Pé de serra, Luiz Gonzaga (1942)
Penerô xerém, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
Perpétua, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1946)
Piauí, Sylvio Moacyr de Araújo (1952)
Piriri, Albuquerque e João Silva (1965)
Quase maluco, Luiz Gonzaga e Victor Simon (1950)
Quer ir mais eu?, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
Quero chá, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
Padre sertanejo, Helena Gonzaga e Pantaleão (1964)
Respeita Januário, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
Retrato de Um Forró,Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga (1974)
Riacho do Navio, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
Sabiá, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1951)
Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimarães (1964)
Sanfoneiro Zé Tatu, Onildo Almeida (1962)
São-joão na roça, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1956)
Vem, morena, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
Vira-e-mexe, Luiz Gonzaga (1941)
Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Goiá



Gerson Coutinho da Silva, filho de Celso Coutinho da Silva e de Margarida Rosa de Jesus, nascido aos 11 de janeiro de 1935, Coromandel - MG, na rua Raul Soares, em uma casa que muitos anos depois ficou conhecida por "Casa do Períque" e falecido aos 20 de janeiro de 1981 em Uberaba - MG.
Desde bem pequeno gostava de falar também em versos e incentivado pelo pai que, lhe deu o primeiro instrumento musical, uma gaita, logo passou para o cavaquinho e em seguida o violão. Cantou em dupla com vários parceiros da cidade, dentre eles, Anterino Coutinho, o irmão Nelson, Geraldo Telles (Geraldinho do Vigilato), outro irmão José (Zé do Vigilato) animando muitas festas.
Começou a estudar música com o mestre José Ferreira e enquanto não terminava o curso, passou a ser o tocador de bumbo e também em dupla com Miguelinho (filho do “Miguel do Batalhão), cantou em arraiais como Chapadão, Alegre, Mateiro e Santa Rosa, nas primeiras incursões fora de Coromandel. Após uma temporada em Lagamar, foram para Patos de Minas, onde por alguns meses participaram do programa de rádio “Compadre Formiga, porém sempre retornava a Coromandel para matar a imensa saudade de sua terra natal, saudade esta que, futuramente inspiraria a letra de uma música que, é considera um hino do povo brasileiro “Saudade de Minha Terra, gravada e regravada na voz de vários artistas.
Em 1953 partiu para Goiânia, então com dezoito anos de idade, juntamente com o seu pai permanecendo por 2 anos, aprendendo muito, também em todos os sentidos. Formou o "Trio da Amizade", cujo primeiro nome foi “Rouxinol, com vários programas na Rádio Brasil Central. O trio foi o primeiro do estado a gravar disco, também, em São Paulo, foram 2 discos com 78 RPM na antiga Columbia, que depois se tornou CBS.
Após algum tempo morando em Goiás, cultivou imenso carinho especialmente pela cidade de Goiânia, onde deixou grandes amigos como como: Valdomiro (do Bazar Paulistinha ), o popular "Cidão Barbosa", também parceiro de músicas, Marrequinho e tantos outros , terra esta que, originou o apelido “Goiá, que, segundo ele, uma homenagem de agradecimento ao estado de Goiás. Partiu no último dia do ano de 1955, com lágrima nos olhos, mas com a grande meta de conquistar seu sucesso também em São Paulo, o grande eixo do mundo artístico. Antes passou na sua querida Coromandel como forma de tomar um fôlego e de alimentar-se do ar puro da praça da velha igreja de Sant'ana, rever o lindo Poço Verde, pescar no Rio Paranaíba, rever os amigos de infância. Os amigos o esperaram na placa de 5 km e foram também em carreata até Coromandel, onde foi recebido com foguetórios, faixas, festas e muitas cantorias. Era o início de uma nova fase em sua carreira, pois morar em São Paulo já estava definido, Coromandel foi mesmo o oxigênio para enfrentar a nova etapa.
Gravou alguns discos com o "Trio Mineiro" e após uma temporada na Rádio Nacional, nos programas do amigo "Nhô Zé", transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, onde foi contratado como apresentador de programas, inicialmente no "Maiador da Fazenda", do amigo e parceiro Zacarias Mourão, e posteriormente lançou o "Choupana do Goiá", além de ser substituto eventual também dos saudosos Capitão Balduino e do Comendador Biguá, em seus tradicionais programas "Brasil Caboclo" e "Serra da Mantiqueira".
Casou-se em 23 de Fevereiro de 1957, às 17:00 horas, com Hilda Alves da Silva, na igreja São Rafael, na Moca, em São Paulo. Hilda é filha de Mariano José da Cunha (Mariano Theodoro) e de Maria Luíza de Jesus, coromandelenses, da família de garimpeiros do Douradinho, "os Theodoro".
Durante toda sua trajetória, de Coromandel a Patos, Goiânia e São Paulo, jamais deixou de compor suas músicas, e através delas, chorava a grande saudade de sua terra, mas, tinha em mente um ideal, e todo ideal exige sacrifícios, de todos, o maior era a ausência prolongada de sua cidade, de sua gente. Ficou por longos 10 anos sem voltar a sua terra natal, Coromandel, pois como todo ser humano que tem seu orgulho próprio, Goiá queria voltar a Coromandel, já consagrado na música sertaneja.
Permaneceu na Rádio Bandeirantes até meados de 1961, durante o período em que a quase totalidade do "cast" sertanejo daquela emissora havia gravado músicas de sua autoria como Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léo, as Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Souza e Monteiro, Primas Miranda e outros tantos na atualidade como Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, Belmonte e Amaraí, Sergio Reis, Clayton Aguiar, João Renes e Reni.
Foi para a Rádio 9 de Julho (ainda como apresentador) a convite do Geraldo Meirelles e Zé Claudino, lá ficando por 2 anos, durante o período em que se despediu, e depois de uma curta temporada com Zacarias Mourão na Rádio Excelsior, decidiu dedicar-se inteiramente às composições. Com exceção de alguns meses como "free-lancer" na Rádio Nacional, no programa "Biá e seus Batutas", nunca mais voltou a apresentar programas, tendo se dedicado, de corpo e alma, aos seus versos.
Um dia, para a alegria do povo de Coromandel, a dupla, Goiá e Biá, grava o seu primeiro LP, com todas as composições de Goiá, e muitas falando de Coromandel e do Estado de Goiás, sendo que nesta época o seu parceiro e "cunhado" era bem conhecido na música sertaneja, através da dupla "Palmeira e Biá", assim concretizando de vez os seus sonhos no âmago de sua alma. Assim, Goiá mostrou a sua familiaridade com o violão, pois tinha uma impressionante capacidade de musicar, não somente suas letras como também de muitos parceiros seus, vestindo a cada dia uma roupagem nova na "Música-Política-Sertaneja". E, sempre acompanhado de grandes personalidades da época, Goiá viveu dias intensos de viagens e shows por todo Brasil.
Mas nem tudo foi um "mar de rosas". Além das dificuldades que, todos enfrentam neste País, ele tinha também o seu lado de esposo e pai, sempre mostrando um carinho muito grande pela sua família, já composta de três filhos: Róbson, Myre e Hilger; e aí passou a ver o lado financeiro de suas músicas, pois até então, de direitos autorais, pouco recebia, devido a não regulamentação desse direito no Brasil. Como exemplo, Goiá compôs a Trilha Sonora do filme "A Vingança de Chico Mineiro", onde quase nada recebeu por um grande trabalho de uma qualidade indiscutível.
Por volta do ano de 1971, começa um tempo negro em sua vida; Goiá passou a ser portador de Diabetes, e como ele mesmo dizia, abusava de sua saúde, não se alimentando corretamente, passando longos períodos de viagens e cantorias, ficando até três anos sem fazer um exame de sangue sequer.
Foi em Dezembro do ano de 1979, nos exames realizados Uberlândia - MG, que, ficou comprovado: além do açúcar no sangue, Goiá era portador de "Cirrose Hepática", já bem acentuada, "Ascite", água no Piritônio. De volta a São Paulo, começou a corrida aos hospitais na tentativa de estacionar a cirrose, e com isso ele perdia peso assustadoramente. Foi durante o período também que em Novembro de 1980, já vivendo praticamente só de cama, transferiu-se para Uberaba, ficando mais perto de Coromandel, podendo ser visitado freqüentemente pelos seus conterrâneos, trazendo para si, forças para continuar, mesmo acamado, a escrever suas canções.
Nos últimos anos de sua vida, Goiá já escrevia para o estilo sertanejo moderno e de igual era gravado por Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, César e Paulinho, Milionário e José Rico, Duduca e Dalvã, Chico Rey e Paraná e muitos outros.
No dia 20 de Janeiro de 1981, às 8:00 horas da manhã, morre em Uberaba - MG, aos 46 anos de idade, e seu corpo foi levado para Coromandel e esperado por uma multidão de pessoas, exatamente na Placa de 5 km, onde outrora fora sempre esperado pelo seu povo. Seu corpo foi velado na igreja de Sant'ana e sepultado no Cemitério Municipal de Coromandel, no dia 21 de Janeiro. No seu túmulo, ficou escrito o que humildemente pediu em uma de suas canções, mostrando mais uma vez a sua natureza humana: "A humildade era o meu gesto maior".
Algumas músicas de Goiá: Saudade de Minha Terra, Canção do Meu Regresso, Coromandel, Saudade de Coromandel, Última Esperança.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fernando Pessoa



Fernando Antônio Nogueira Pessoa, nascido em Lisboa - Portugal aos 13 de junho de 1888 e falecido também em Lisboa aos 30 de novembro de 1935, poeta e escritor português. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, e seu valor é comparado ao de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por ter vivido a maior parte de sua adolescência na África do Sul, a língua inglesa também possui destaque em sua vida, com traduções, escritos, trabalhos e estudos no idioma.
Teve uma vida discreta, em que atuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e principalmente na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos (autores fictícios que possuem personalidade). A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre as suas vida e obra, além do fato de ser o irradiador de heteronímia, auto-denominado o autor um "drama de gente". Morreu de cólica hepática aos 47 anos. Sua biografia completa, bem como suas obras, poderão ser encontradas em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa .

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mário Lago



Mário Lago, nascido aos 26 de novembro de 1911 no Rio de Janeiro-RJ e falecido aos 30 de maio de 2002, também na cidade do Rio de Janeiro-RJ, foi advogado, poeta, radialista, letrista e ator brasileiro.

Filho do maestro Antônio Lago e de Maria Vicencia Croccia Lago e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas idéias comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões, 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.

Foi casado com Zeli, filha de militante comunista que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.

Carreira artística:

Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, onde iniciou sua militância política no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista Brasileiro. Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.

Depois de formado, já como advogado, envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estréia como letrista de música popular foi com "Menina, eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.

Suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que "Amélia" tornou-se sinônimo de mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.

Na Rádio Nacional, Lago foi ator e roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas o grande público só ficou o conhecendo pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo como "O Casarão", "Nina", "Brilhante", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.

Autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: "Mário Lago: boêmia e política". A escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz homenageou Lago no carnaval de 2001.

Em dezembro de 2001, ganhou uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Trófeu Domingão do Faustão. No ano seguinte, essa homenagem pela carreira ganharia o nome de Troféu Mário Lago, se tornando anual e sendo entregue à grandes nomes da teledramaturgia.
Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. (Fonte: Sua carreira na teledramaturgia e no cinema é parte de sua biografia completa na enciclopédia Wikipédia)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Janete Clair



Jenete Stocco Dias Gomes, nascida aos 25 de abril de 1925 na cidade de Conquista-MG e falecida aos 16 de novembro de 1983 no Rio de Janeiro-RJ, foi uma escritora brasileira, autora de folhetins para rádio e televisão.

Sua carreira teve início em 1943 como radioatriz, na Rádio Tupi. Adotou o sobrenome artístico Clair em homenagem ao compositor francês Debussy e a obra Clair de Lune. Nos anos 1950, incentivada pelo marido, o também dramaturgo Dias Gomes, passou a escrever radionovela e teve grande sucesso com Perdão, Meu Filho (Rádio Nacional, 1956). Com Dias, Janete teve quatro filhos: Guilherme, Alfredo, Denise e Marcos Plínio, falecido ainda criança com dois anos e meio.

Na década de 1960 iniciou a produção para a televisão, com as telenovelas O Acusador e Paixão Proibida, ambas pela TV Tupi. Em 1967, recebeu a incumbência de alterar a trama da telenovela Anastácia, a Mulher Sem Destino, da Rede Globo, para reduzir drasticamente as despesas de produção. Ela, então, inseriu na história um terremoto que matou a metade das personagens e destruiu a maior parte dos cenários (Em 1969, um incêndio na Rede Excelsior de São Paulo destruiu cenários e grande parte do acervo). Depois disso, ficou em definitivo na Rede Globo, onde escreveu algumas telenovelas como Sangue e Areia, Passo dos Ventos, Rosa Rebelde e Véu de Noiva.

Nos anos 1970 escreveu algumas das telenovelas de maior sucesso, como Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972) e Pecado Capital (1975), período este em que passou a ser chamada de "a maga das oito", por garantir grandes índices de audiência nas telenovelas exibidas neste horário. Em 1978, parou o Brasil com a telenovela O Astro, em torno do mistério de "quem matou Salomão Hayala?" , interpretado por Dionísio Azevedo. Janete Clair se tornou a maior autora popular da história do Brasil, a única a alcançar 100 pontos de audiência.

Ao morrer, vitimada por um câncer no intestino, escrevia a telenovela Eu Prometo, que deixou inacabada, sendo concluída pela colaboradora Glória Perez, que viria a tornar-se novelista, e pelo seu viúvo Dias Gomes.

Carreira no Rádio:

1944 - Teatrinho das Cinco Horas - Rádio Difusora de S. Paulo
1948 - Rumos Opostos - Rádio América de São Paulo
1950 - Pausa para Meditação - Rádio América de São Paulo
1952 - Ana Karenina - Rádio Clube do Rio de Janeiro
1956 à 1969 - Perdão Meu Filho, Alba Valéria, Amar Até Morrer, A Canção do Fugitivo, A Canção do Rio, O Canto do Cisne, Concerto de Outono, A Deusa do Rio, Ela se chamava Esperança, Uma Escada para o Céu, A Estrada do Pecado, Um Estranho na Terra de Ninguém, A Família Borges, A Imagem de Rosana, Inocente Pecadora, Uma Mulher contra o mundo Intreiro, A Mulher Marcada, Noite Sem Fim, A Noiva das Trevas, Nuvem de Fogo, O Orgulho de Mara, Pérolas de Fogo, Poema de um Homem Só, Rosa Malena, O Sorriso da Imagem de Pedra, Sublime Pecadora, A Sultana do Grande Lago, A Taça do Pecado, Vende-se um Véu de Noiva (todas na Rádio Nacional (RJ).)

Carreira na Televisão:

TV Tupi
1963 Vesperal Troll
1967 Paixão proibida
1966 Vesperal Troll
1964 O Acusador

TV Rio
1963 Nuvem de Fogo (baseada em radionovela da Rádio Nacional)
1966 O Porto dos Sete Destinos (segundo informações veiculadas no orkut)
1966 Show sem Limites (esquetes)
1969 Acorrentados

TV Itacolomi (Belo Horizonte)
1965 Estrada do Pecado

Rede Globo
Pecado Capital - 1998 (remake escrito por Glória Perez)
Irmãos Coragem - 1995 (remake escrito por Dias Gomes e Marcílio Moraes)
Direito de Amar - 1987 (radionovela A Noiva das Trevas, adaptada por Walter Negrão)
Selva de Pedra - 1986 (remake escrito por Eloy Araújo e Regina Braga)
Eu Prometo (terminada por Glória Perez) - 1983/1984
Sétimo Sentido - 1982
Jogo da Vida - 1981 (argumento desenvolvido por Sílvio de Abreu)
Coração Alado - 1980/1981
Pai Herói - 1979
Dancin' Days - 1978 (baseada no argumento de A Prisioneira)
O Astro - 1977/1978
Duas Vidas - 1976/1977
Caso Especial - 1975
Pecado Capital - 1975/1976
Bravo! - 1975/1976
Corrida do Ouro - 1974 (supervisão)
Fogo sobre Terra - 1974
O Semideus - 1973/1974
Meu Primeiro Baile - 1972 (Caso Especial)
Selva de Pedra - 1972/1973
O Homem que Deve Morrer - 1971/1972
Irmãos Coragem - 1970/1971
Véu de Noiva - 1969/1970
Rosa Rebelde - 1969
Passo dos Ventos - 1968/1969
Sangue e Areia - 1967/1968
Anastácia, a Mulher sem Destino (inicialmente escrita por Emiliano Queiroz) - 1967

sábado, 7 de março de 2009

Ataulfo Alves



Ataulfo Alves de Souza, nascido aos 2 de maio de 1909 em Miraí-MG e falecido aos 20 de abril de 1969 no Rio de Janeiro-RJ, foi um compositor e cantor de samba brasileiro, e um dos sete filhos de um violeiro, acordeonista e repentista da Zona da Mata, chamado "Capitão" Severino.

Aos oito anos de idade, já escrevia versos. Foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas, menino de recados, engraxate, marceneiro e lavrador, ao mesmo tempo que frequentava a escola. Aos dez anos, perde o pai e sua mãe vai morar com os filhos no centro de Miraí.

Aos dezoito anos, fixou residência no Rio de Janeiro acompanhando um médico para o qual trabalhava dia e noite como ajudante de farmácia. Aos dezenove anos tocava violão, cavaquinho e bandolim. Casou-se com Judite com quem teve cinco filhos.

Aos vinte começou a compor e tornou-se diretor de harmonia de Fale Quem Quiser, bloco organizado pelo pessoal do bairro.

Em 1933, Almirante gravou o samba Sexta-feira, sua primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmem Miranda, gravou Tempo Perdido, garantindo sua entrada no mundo artístico.

Sua musicografia ultrapassa 32o canções, sendo uma das maiores da MPB, tendo como intérpretes importantes que fizeram versões de suas músicas, Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy e MPB-4.

Faleceu em decorrência do agravamento de uma Úlcera, após intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro, poucos dias antes de completar 60 anos de idade. (Fonte: Wikipédia)

Maiores Sucessos:

Ai, que saudades da Amélia (com Mário Lago)
Atire a primeira pedra (com Mário Lago)
Bom crioulo
Errei, erramos (com Artur Vargas Jr)
Errei, sim
Faz como eu
Gente bem também samba
Jubileu
Laranja madura
Leva meu samba
Meus tempos de criança
Marcha pró-oriente
Mulata assanhada
Na cadência do samba (com Paulo Gesta)
Nem que chova canivete
O bonde de São Januário (com Wilson Batista)
O homem e o cão
Oh! Seu Oscar (com Wilson Batista)
Pois é
Requebro da mulata
Sei que é covardia (com Claudionor Cruz)
Vai, mas vai mesmo
Vida da minha vida
Vassalo do samba

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Henriqueta Lisboa



Henriqueta Lisboa, escritora brasileira, nascida aos 15 de julho de 1901 em Lambari - MG e falecida aos 9 de outubro de 1985 em Belo Horizonte - MG. Filha de Maria Rita Vilhena Lisboa e do Conselheiro João de Almeida Lisboa. Diplomou-se normalista pelo Colégio Sion de Campanha. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro em 1926, onde seu pai ocupou o cargo de Deputado Federal.
Sua trajetória poética teve início em 1925, com a publicação do livro de poemas, Fogo Fátuo, de forte tendência simbolista, traço significativo de sua obra que se estenderá até a década de 1940. Em 1931, com o livro Enternecimento, recebeu o prêmio de poesia Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras.
Em 1935 mudou-se para Belo Horizonte, onde se notabilizou como poetisa, tradutora e ensaísta. Considerada pela crítica especializada da época como uma das grandes expressões da lírica moderna, Henriqueta Lisboa teve, a partir de 1940 até 1945, o acompanhamento profissional de Mario de Andrade, grande leitor de seu texto e conselheiro para lições de poesia. A vasta correspondência mantida entre os dois escritores demonstra o grau de cumplicidade aí instaurado, em que ela se revelava, ao mesmo tempo, a interlocutora e a amiga na discussão de temas pessoais e literários.
Sua produção intelectual se caracterizou pelo exercício da tradução, da publicação de ensaios literários, da organização de antologias e da participação em obras coletivas. Exerceu ainda várias atividades profissionais, como a de Inspetora Federal de Ensino Secundário; a de Professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira da Universidade Católica de Minas Gerais; a de Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e a de Professora de Literatura Geral da Escola de Biblioteconomia da UFMG. Em 1963 é eleita a primeira mulher da Academia Mineira de Letras, conquista profissional seguida da outorga de vários títulos honoríficos. (Fonte: http://www.letras.ufmg.br/henriquetalisboa/ )