domingo, 30 de março de 2008

Mário de Andrade

























Mário Raul de Morais Andrade, nascido aos 9 de outubro de 1893 em São Paulo-SP e falecido em 25 de fevereiro de 1945, também em São Paulo. Foi poeta modernista, romancista, crítico de arte, folclorista, musicólogo e ensaísta. Nasceu, estudou e iniciou sua carreira musical e literária na cidade de São Paulo e em 1917 publicou seu primeiro livro de versos: Há uma gota de sangue em cada poema. Com sua segunda obra, Paulicéia Desvairada, colocou-se entre os pioneiros do movimento modernista no Brasil, culminando em 1922, como uma das figuras mais proeminentes da histórica Semana de Arte Moderna. (Fontes: Wikipédia e www.releituras.com/marioandrade_bio.asp)

Obras

- Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992

Antologias:
- Obras completas, publicação iniciada em 1944, pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, compreendendo 20 volumes.
- Poesias completas, 1955
- Poesias completas, editora Martins - São Paulo, 1972

sexta-feira, 28 de março de 2008

Clarice Lispector





































Haia Lispector, nascida aos 10 de dezembro de 1920 em Tchechelink- Ucrânia e falecida aos 9 de dezembro de 1977 no Rio de Janeiro-RJ. De família judaica, terceira filha do casal Pinkouss e Mania Lispector, nasceu durante a viagem de emigração da família ao continente americano. Aportaram no Brasil quando tinha pouco mais de um ano de idade e chegaram a Maceió-AL em março de 1922. Por iniciativa do pai, todos da família mudaram de nome, surgindo aí "Clarice".
Clarice começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife-PE, onde passou parte da infância. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno familiar, o iídiche. 


Obra

Romance

Conto

Crônica

Entrevistas

Literatura infantil

Coletâneas de contos, crônicas ou entrevistas organizadas e publicadas postumamente
A bela e a fera (1979) – reunião de contos inéditos escritos em épocas diferentes
A descoberta do mundo (1984) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Como nasceram as estrelas (1987) – contos infantis
Cartas perto do coração (2001) – cartas trocadas com Fernando Sabino
Correspondências (2002)
Aprendendo a viver (2004) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Outros escritos (2005) – reunião de textos de natureza diversa
Correio feminino (2006) – reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960
Entrevistas (2007) – seleção de entrevistas realizadas nas décadas de 1960 e 1970
Minhas queridas (2007) – correspondências

terça-feira, 25 de março de 2008

Jorge Amado

























Jorge Amado de Faria, nascido aos 10 de agosto de 1912 na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Distrito de Itabuna-BA e falecido aos 06 de agosto de 2001 em Salvador-BA. Quando tinha apenas 10 meses, seu pai foi ferido em uma tocaia dentro de sua própria fazenda. Em 1914, após uma epidemia de varíola sua família deixa a fazenda e se estabelece em Ilhéus. Em 1917 a família muda-se para a Fazenda Taranga, em Itajuípe, onde seu pai volta à cultura de cacau.
Em 1918, já alfabetizado por sua mãe, Jorge Amado retorna a Ilhéus e passa a frequentar a escola de D. Guilhermina. No ano de 1922 cria um jornalzinho "A Luneta", distribuido para vizinhos e parentes, é quando vai para Salvador, estudar em regime de internato , no Colégio Antônio Vieira, de padres jesuitas. Em 1929, publica sua primeira obra, a novela "Lenita" sobre o pseudônimo de Y. Carl, escrita em parceria com Dias da Costa e Edson Carneiro. (Fonte: http://www.releituras.com/jorgeamado_bio.asp)

Obras

IndividuaisRomances:

- O País do Carnaval, 1931
- Cacau, 1933
- Suor, 1934
- Jubiabá, 1935
- Mar Morto, 1936
- Capitães da Areia, 1936
- Terras do Sem Fim, 1943
- São Jorge dos Ilhéus, 1944
- Seara Vermelha, 1946
- Os Subterrâneos da Liberdade (3v), 1954 (v. 1:Os Ásperos Tempos; v. 2: Agonia da Noite; v. 3: A Luz no Túnel)
- Gabriela, Cravo e Canela: crônica de uma cidade do interior, 1958
- Os Pastores da Noite, 1964
- Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966
- Tenda dos Milagres, 1969
- Teresa Batista Cansada da Guerra, 1972
- Tieta do Agreste, 1977
- Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979
- Tocaia Grande: a face obscura, 1984
- O Sumiço da Santa: uma história de feitiçaria, 1988
- A Descoberta da América pelos Turcos ou De como o árabe Jamil Bichara, desbravador de florestas, de visita à cidade de Itabuna, para dar abasto ao corpo, ali lhe ofereceram fortuna e casamento ou ainda Os esponsais de Adma, 1994
- O Compadre de Ogum, 1995

Novelas

- A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua, 1959
- A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (publicada juntamente com Os Velhos Marinheiros, 1961

Literatura Infanto-Juvenil

- O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor, 1976
- A Bola e o Goleiro, 1984
- O Capeta Carybé, 1986

Poesia:

- A Estrada do Mar, 1938

Teatro

- O Amor do Soldado, 1947 (ainda com o título O Amor de Castro Alves), 1958

Contos

- Sentimentalismo, 1931
- O homem da mulher e a mulher do homem, 1931
- História do carnaval, 1945
- As mortes e o triunfo de Rosalinda, 1965
- Do recente milagre dos pássaros acontecido em terras de Alagoas, nas ribanceiras do rio São Francisco, 1979
- O episódio de Siroca, 1982
- De como o mulato Porciúncula descarregou o seu defunto, 1989

Relatos autobiográficos

- O menino grapiúna, 1981
- Navegação de cabotagem: apontamentos para um livro de memórias que jamais escreverei, 1992

Textos autobiográficos

- ABC de Castro Alves, 1941
- O cavaleiro da esperança, 1945

Guia/Viagens

- Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e de mistérios, 1945
- O mundo da paz (viagens), 1951
- Bahia Boa Terra Bahia, 1967
- Bahia, 1970 - Terra Mágica da Bahia, 1984.

Documento político/Oratória

- Homens e coisas do Partido Comunista, 1946
- Discursos, 1993

Livro traduzido

- Dona Bárbara (Doña Barbara), romance do venezuelano Rómulo Gallegos, 1934

Em parceria

- Lenita (novela), com Edison Carneiro e Dias da Costa, 1929
- Descoberta do mundo (literatura infantil), com Matilde Garcia Rosa, 1933
- Brandão entre o mar e o amor, com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz, 1942
- O mistério de MMM, com Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Rachel de Queiroz, José Condé, Guimarães Rosa, Antônio Callado e Orígines Lessa, 1962

segunda-feira, 24 de março de 2008

José Lins do Rego



José Lins do Rego Cavalcanti, nascido em Pilar aos 3 de julho de 1901 e falecido no Rio de Janeiro-RJ, aos 12 de setembro de 1957. Escritor brasileiro, considerado um dos grandes nomes da literatura regionalista brasileira. Formou-se em Direito em 1923 e ingressou no Ministério Público em 1925 como promotor em Manhuaçu-MG. O mundo rural do Nordeste, serviu de inspiração para sua obra de autor. (Fonte: Wikipédia)

Obras

Menino de engenho (1932)
Doidinho (1933)
Bangüê (1934)
O moleque Ricardo (1935)
Usina (1936)
Pureza (1937)
Pedra bonita (1938)
Riacho doce (1939)
Água-mãe (1941)
Fogo morto (1943)
Eurídice (1947)
Cangaceiros (1953)
Meus verdes anos (1953)
Histórias da velha Totonha (1936)
Gordos e magros (1942)
Poesia e vida (1945)
Homens, seres e coisas (1952)
A casa e o homem (1954)
Presença do Nordeste na literatura brasileira (1957)
O vulcão e a fonte (1958)
Dias idos e vividos (1981)

sábado, 22 de março de 2008

José de Alencar

























José Martiniano de Alencar, nascido em Messejana-CE à 1 de maio de 1829 e falecido no Rio de Janeiro-RJ aos 12 de dezembro de 1877. Foi jornalista, político, orador, romancista, crítico, cronista, polemista e dramaturgo brasileiro. Formou-se em Direito e iniciou sua atividade literária nos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. É o grande nome da prosa romântica brasileira, tendo escrito obras representativas para todos os tipos de ficção românticos: passadista e colonial, indianista e sertaneja. (Fonte: Wikipédia)

Obras:

Romances

Teatro

O crédito, 1857
Verso e reverso, 1857
Demônio familiar, 1857
As asas de um anjo, 1858
Mãe, 1860
A expiação, 1867
O jesuíta, 1875

Crônica
Ao correr da pena, 1874

Livro

Til

Autobiografia

Como e por que sou romancista, 1873

Crítica e polêmica

Cartas sobre a confederação dos tamoios, 1856
Ao imperador:cartas políticas de Erasmo e Novas cartas políticas de Erasmo, 1865
Ao povo:cartas políticas de Erasmo, 1866
O sistema representativo, 1866

quarta-feira, 19 de março de 2008

Cassimiro de Abreu

























Cassimiro José Marques de Abreu, nascido aos 4 de janeiro de 1839 em Barra de São João e falecido aos 18 de outubro de 1860, poeta brasileiro da segunda geração romântica. Autor de um único livro, Primaveras, publicado em 1859, morreu aos 21 anos vitimado pela tuberculose. Tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil, pela sua espontaneidade, ingenuidade e linguagem simples. Os temas de sua obra, falavam sobre a casa paterna, a saudade de sua terra natal e o amor. (Fontes: Wikipédia e http://www.brasilescola.com/)

"Meus Oito Anos"

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência! -
Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância
Oh! meu céu de primavera!
Que doce à vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
- Pés descalços, braços nus -.
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores -,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

terça-feira, 18 de março de 2008

Machado de Assis

























Joaquim Maria Machado de Assis, nascido aos 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro-RJ e falecido aos 29 de setembro de 1908, também no Rio de Janeiro-RJ. Escritor brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura no Brasil e identificado como o maior escritor negro de todos os tempos. Sua obra é completa, e inclui romance, conto, poesias, peças de teatro e crítica literária, sendo considerado um dos criadores da crônica no país. Foi ainda, importante tradutor de obras literárias como Os Trabalhadores do Mar de Victor Hugo.
Em 1887, considerado à época o maior nome vivo da literatura no Brasil, juntamente com Lúcio de Mendonça e mais um grupo de jovens escritores, fundou a Academia Brasileira de Letras (A.B.L.). (Fonte: Wikipédia)

Sua obra:

Romance

Poesia

Crisálidas, 1864
Falenas, 1870
Americanas, 1875
Ocidentais, 1880
Poesias completas, 1901

Livros de contos


Alguns contos

A Carteira (conto do livro Contos Fluminenses)
Miss Dollar (conto do livro Contos Fluminenses)
O Alienista (conto do livro Papéis Avulsos)
Noite de Almirante (conto do livro Histórias sem Data)
O Homem Célebre (conto do livro Várias Histórias)
Conto da Escola (conto do livro Várias Histórias)
Uns Braços (conto do livro Várias Histórias)
A Cartomante (conto do livro Várias Histórias)
O Enfermeiro (conto do livro Várias Histórias)
Trio em Lá Menor ((conto do livro Várias Histórias)
O Caso da Vara (conto do livro Páginas Recolhidas)
Missa do Galo (conto do livro Páginas Recolhidas)
Almas Agradecidas

Teatro

Hoje avental, amanhã luva, 1860
Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
O caminho da porta, 1863
O protocolo, 1863]]
Quase ministro, 1864]]
Os deuses de casaca, 1866
Tu, só tu, puro amor, [[1880
Não consultes médico, [[1896
Lição de botânica, 1906

segunda-feira, 17 de março de 2008

Tomás Antônio Gonzaga

























Tomás Antônio Gonzaga, nascido aos 11 de agosto de 1744 em Miragaia e falecido em 1810 na Ilha de Moçambique. Poeta do Arcadismo (escola literária surgida na Europa no século XVIII, e cuja principal característica é a exaltação da natureza e de tudo que lhe diz respeito) cujo nome arcádico era Dirceu, foi jurista, poeta e ativista luso-brasileiro. Sua grande obra foi "Marilia de Dirceu", versos árcades feitos para sua amada. (Fonte: Wikipédia)

Poema Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder do meu cajado:
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que teu afeto me segura,
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil
Pastora, Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Leve-me a sementeira muito embora
O rio sobre os campos levantado:
Acabe, acabe a peste matadora,
Sem deixar uma rês, o nédio gado.
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta;
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Ali descansarei a quente sesta,
Dormindo um leve sono em teu regaço:
Enquanto a luta jogam os Pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Depois de nos ferir a mão da morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os Pastores:
“Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos, que nos deram estes.”
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

domingo, 16 de março de 2008

Cora Coralina
























Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida em Goiás-GO aos 20 de agosto de 1889 e falecida em Goiânia-GO aos 10 de abril de 1985. Doceira de profissão, Cora Coralina (pseudônimo), produziu obra rica em motivos do cotidiano do interior do Brasil, mais particularmente dos becos e ruas históricas de Goiás. Carlos Drumond de Andrade foi grande admirador de sua poesia, e a partir daí em todo o Brasil passou a ter o seu merecido reconhecimento. (Fonte: Wikipédia)

Livros e outras obras:

- Estórias da casa velha da ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais
- Meninos verdes (Infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha
- A moeda de ouro que o pato engoliu (Infantil)
- Vintém de cobre

"Saber Viver"

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe, Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

sábado, 15 de março de 2008

Monteiro Lobato

























José Bento Renato Monteiro Lobato, nascido em Taubaté-SP aos 18 de abril de 1882 e falecido em São Paulo-SP em 4 de julho de 1948. Em 1904 diplomou-se Bacharel em Direito, no entanto, foi como escritor, e um dos mais influentes do séxulo XX, que ficou popularmente conhecido, principalmente pelo conjunto educativo de sua produção literária infantil. (Fonte: Wikipédia)

Coleção Sítio do Picapau Amarelo:

Outros livros infantis:

1920 - A menina do narizinho arrebitado
1921 - Fábulas de Narizinho
1921 - Narizinho arrebitado (incluído em Reinações de Narizinho)
1922 - O marquês de Rabicó (incluído em Reinações de Narizinho)
1924 - A caçada da onça
1924 - Jeca Tatuzinho
1924 - O noivado de Narizinho (incluído em Reinações de Narizinho, com o nome de O casamento de Narizinho)
1928 - Aventuras do príncipe (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - O Gato Félix (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - A cara de coruja (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O irmão de Pinóquio (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O circo de escavalinho (incluído em "Reinações de Narizinho, com o nome O circo de cavalinhos)
1930 - A pena de papagaio (incluído em Reinações de Narizinho)
1931 - O pó de pirlimpimpim (incluído em Reinações de Narizinho)
1933 - Novas reinações de Narizinho
1938 - O museu da Emília (peça de teatro, incluída no livro Histórias diversas)

Livros para adultos:

O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918)
Urupês (1918)
Problema vital (1918)
Cidades mortas (1919)
Idéias de Jeca Tatu (1919)
Negrinha (1920)
A onda verde (1921)
O macaco que se fez homem (1923)
Mundo da lua (1923)
Contos escolhidos (1923)
O garimpeiro do Rio das Garças (1924)
O choque (1926)
Mr. Slang e o Brasil (1927)
Ferro (1931)
América (1932)
Na antevéspera (1933)
Contos leves (1935)
O escândalo do petróleo (1936)
Contos pesados (1940)
O espanto das gentes (1941)
Urupês, outros contos e coisas (1943)
A barca de Gleyre (1944)
Zé Brasil (1947)
Prefácios e entrevistas (1947)
Literatura do minarete (1948)
Conferências, artigos e crônicas (1948)
Cartas escolhidas (1948)
Críticas e outras notas (1948)
Cartas de amor (1948)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Olavo Bilac

























Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, nascido no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865 e falecido, também no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 1918. Jornalista e Poeta, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira 15 cujo patrono é Gonçalves Dias. Publicou inúmeras crônicas e colaborou com vários jornais, mas imortalizou-se como poeta, sendo eleito em 1907 pela revista Fon-Fon do Rio de Janeiro como Príncipe dos Poetas Brasileiros. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia fo a maior liderança e expressão do Parnasianismo (movimento de origem francesa, surgido no século XIX, que representou na poesia o espírito positivista e científico da época) no Brasil. Foi, ainda, o autor da letra do Hino à Bandeira nacional brasileira. (Fonte: Wikipédia)



Suas Obras:
Poesias (1888)
Crônicas e novelas (1894)
Crítica e fantasia (1904)
Conferências literárias (1906)
Dicionário de rimas (1913)
Tratado de versificação (1910)
Ironia e piedade, crônicas (1916)
Tarde (1919); Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957), e obras didáticas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Saudação ao Juazeiro do Norte (Patativa do Assaré)

























Saudação ao Juazeiro do Norte

Mesmo sem eu ter estudo
sem ter do colégio o bafejo,
Juazeiro, eu te saúdo
com o meu verso sertanejo
Cidade de grande sorte,
de Juazeiro do Norte
tens a denominação,
mas teu nome verdadeiro
será sempre Juazeiro
do Padre Cícero Romão.

O Padre Cícero Romão
que, vocação celeste
foi, com direito e razão
o Apóstolo do Nordeste.
Foi ele o teu protetor
trabalhou com grande amor,
lutando sempre de pé
quando vigário daqui,
ele semeou em ti
a sementeira da fé.

E com milagre estupendo
a sementeira nasceu,
foi crescendo, foi crescendo
Muito ao longe se estendeu
com a virtude regada
foi mais tarde transformada
em árvore frondosa e rica.
E com luz medianeira
inda hoje a sementeira
cresce, flora e frutifica.

Juazeiro, Juazeiro
jamais a adversidade
extinguirá o luzeiro
da tua comunidade.
morreu o teu protetor,
porém a crença e o amor
vive em cada coração
e é com razão que me expresso
tu deves o teu progresso
ao Padre Cícero Romão.

Aquele ministro amado
que tanto favor nos fez,
conselheiro consagrado
e o doutor do camponês,
contradizer não podemos
E jamais descobriremos
O prodígio que ele tinha:
Segundo a popular crença,
curava qualquer doença,
com malva branca e jarrinha.

Juazeiro, Juazeiro
tua vida e tua história
para o teu povo romeiro
merece um padrão de glória.
De alegria tu palpitas,
ao receber as visitas
de longe, de muito além,
Grande glória tu viveste!
Do nosso caro Nordeste
tu és a Jerusalém.

Sempre me lembro e relembro,
não hei de me deslembrar:
O dia 2 de Novembro,
tua festa espetacular
pois vem de muitos Estados
os carros superlotados
conduzindo os passageiros
e jamais será feliz
aquele que contradiz
a devoção dos romeiros.

No lugar onde se achar
um fervoroso romeiro,
ai daquele que falar,
contra ou mal, do Juazeiro.
Pois entre os devotos crentes,
velhos, moços e inocentes,
a piedade é comum,
porque o santo reverendo
se encontra ainda vivendo
no peito de cada um.

Tu, Juazeiro, és o abrigo
da devoção e da piedade.
Eu te louvo e te bendigo
por tua felicidade,
me sinto bem, quando vejo
que tu és do sertanejo
a cidade predileta.
Por tudo quanto tu tens
recebe estes parabéns
do coração de um poeta.

(Fonte: Academia Brasileira de Literatura de Cordel) http://www.ablc.com.br/historia/hist_cordelistas.htm

Castro Alves

























Antônio Frederico de Castro Alves, poeta brasileiro nascido em Muritiba aos 14 de março de 1847 e falecido em Salvador aos 6 de julho de 1871, com apenas 24 anos, vitimado pela tuberculose. Seus poemas eram líricos e heróicos e muito recitados em festas literárias, e sua marca principal era a crítica à escravidão, por isso ficou conhecido como "Poeta dos Escravos". (Fonte: Wikipédia)

Suas obras (Poesia e Teatro):
- Espumas Flutuantes (1870)
- A Cachoeira de Paulo Afonso (1876) - Póstuma
- Os Escravos (1883) - Póstuma
- Hinos do Equador (em Obras Completas 1921) - Póstuma
- Navio Negreiro (1869)
- Gonzaga ou a Revolução de Minas (1875) - Póstuma

quarta-feira, 12 de março de 2008

Dante Alighieri
























Nascido em Florença - Itália em maio de 1265, este escritor, poeta e político foi um ícone em sua nação. Foi também militar, médico, farmacêutico e escreveu A Divina Comédia, obra que praticamente se tornou a base da língua italiana moderna.
A obra divide-se em três livros:

terça-feira, 11 de março de 2008

Paulo Coelho


Amor É Fogo Que Arde Sem Se Ver (Luis de Camões)


























Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Minh´alma de Sonhar-te Anda Perdida (Florbela Espanca)



Minh'alma, de sonhar-te anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver.
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler.
No misterioso livro do teu ser,
A mesma história tantas vezes lida!...

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça,
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!...
"Minh'alma, de sonhar-te anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!

(Poema musicado por Raimundo Fagner)

domingo, 9 de março de 2008

Fyodor Dostoevsky

























Nascido em Moscow - Russia, em 11 de novembro de 1821, este impressionante escritor, teve 4 de seus livros escritos, eleitos entre os 100 melhores livros de todos os tempos, cujo destaque é a obra "Os Irmãos Karamazov".
(Fonte: Wikipedia)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Inesperado Encontro (André Amui)

Da luz do teu olhar,
Naquele dia em que eu nada esperava,
Um clarão de vida mudou a minha vida.
Nosso inesperado encontro,
Onde menos se pudesse imaginar,
Acendeu a chama de minha esperança tão apagada.

Meu violão nunca tocou tão suave,
Minha voz nunca teve tanto sentimento e objetivo.
Num instante, diante daquela linda visão,
Meu coração bateu mais forte e meu corpo tremeu.

O que fazer?
Como lidar com aquele sentimento?
Fantasia, desejo, curiosidade, encantamento?
Não! Era amor mesmo.
O meu grande amor tão sonhado.

Aquele amor que veio como que por encanto,
Mudou meu caminho e me deu outra direção.
A mulher dos meus sonhos,
Aquela que tanto busquei,
Finalmente havia chegado, e era pra ficar.

Meu amor, meu grande amor,
Minha namorada, minha mulher,
Meu amanhecer, minha noite e meu dia.
Minha amiga, minha amada, meus olhos,
Minha voz, meu sorriso, minhas lágrimas,
Meu grande sonho e minha doce realidade.
Assim é você pra mim,
Assim sou eu com você!

(Dedicado à minha esposa com todo o meu amor)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dom Quixote de La Mancha


Escrito em 1605, por Miguel de Cervantes, foi eleito em 2002 o melhor livro de todos os tempos. Nesta obra, considerada sua grande criação, Cervantes narra sua história, como Dom Quixote, que ao lado de Sancho Pança e de sua eleita Dulcinea, em 126 capítulos de pura sensibilidade, sabedoria, loucuras, paixão e amizade, fascinam qualquer leitor. (Fonte: Wikipedia)

Os 100 Melhores Livros de Todos os Tempos

1 Dom Quixote Miguel Cervantes (1547-1616) Espanha
2 Things fall Apart Vhinua Achebe (1930) Nigéria
3 Os Mais Belos Contos Hans Christian Andersen (1805-1875) Dinamarca
4 Orgulho e Preconceito Jane Austen (1775-1817) Inglaterra
5 Pai Goriot Honoré de Balzac (1799-1850) França
6 Trilogia: Molloy, Malone está a morrer, O Inominável, Samuel Beckett (1906-1989) Irlanda
7 Decameron Giovanni Boccaccio (1313-1375) Itália
8 Ficções Jorge Luis Borges (1899-1986) Argentina
9 O Monte dos Vendavais Emily Bronte (1818-1848) Inglaterra
10 O Estrangeiro Albert Camus (1913-1960) França
11 Poemas Paul Celan (1920-1970) Roménia
12 Viagem ao Fim da Noite Ferdinand Celine (1894-1961) França
13 Contos da Cantuária Geoffrey Chaucer (1340-1400) Inglaterra
14 Nostromo Joseph Conrad (1857-1924) Inglaterra
15 A Divina Comédia Dante Alighieri (1265-1321) Itália
16 Grandes Esperanças Charles Dickens (1812-1870) Inglaterra
17 Jacques, o Fatalista Denis Diderot (1713-1784) França
18 Berlin Alexanderplatz Alfred Doblin (1878-1957) Alemanha
19 Crime e Castigo Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
20 O Idiota Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
21 Os Possessos Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
22 Os Irmãos Karámazov Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
23 Middlemarch George Eliot (1819-1880) Inglaterra
24 O Homem Invisível Ralph Ellison (1914-1994) U.S.A
25 Medea Euripides (480-406 A.C.) Grécia
26 Absalão, Absalão William Faulkner (1897-1962) U.S.A
27 O Som e a Fúria William Faulkner (1897-1962) U.S.A
28 Madame Bovary Gustave Flaubert (1821-1880) França
29 Educação Sentimental Gustave Flaubert (1821-1880) França
30 Baladas Ciganas Garcia Lorca (1898-1936) Espanha
31 Cem Anos de Solidão Garcia Marquez (1928) Colômbia
32 Amor em Tempos de Cólera Garcia Marquez (1928) Colômbia
33 A Epopeia de Gilgamesh ---- Mesopotâmia
34 Fausto Goethe (1749-1832) Alemanha
35 Almas Mortas Nikolai Gogol (1809-1852) Rússia
36 The Tin Drum Günter Grass (1927) Alemanha
37 The Devil to Pay in the Backlands Guimarães Rosa (1880-1967) Brasil
38 Fome Knut Hamsun (1859-1952) Noruega
39 O Velho e o Mar Ernest Hemingway (1899-1961) U.S.A.
40 A Íliada Homero (700 D.C) Grécia
41 A Odisseia Homero (700 D.C) Grécia
42 Casa das Bonecas Henrik Ibsen (1828-1906) Noruega
43 O Livro de Job Anon (entre 600 - 400 A.C.) Israel
44 Ulisses James Joyce (1882-1941) Irlanda
45 História Completas Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
46 A Metamorfose Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
47 O Castelo Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
48 The Recognition of Sakuntala Kalidasa (400 A.C.) Índia
49 O Som da Montanha Yasunari Kawabata (1899-1972) Japão
50 Zorba, o Grego Nikos Kazantzakis (1883-1957) Grêcia
51 Filhos e Amantes D.H. Lawrence (1885-1930) Inglaterra
52 Independent People Halidor Laxness (1902-1998) Islândia
53 Poemas Completos Giacomo Leopardi (1798-1837) Itália
54 The Golden Notebook Doris Lessing (1919) Inglaterra
55 Pipi das Meias Altas Astrid Lindgren (1907-2002) Suécia
56 Diário da Loucura e Outras Histórias Lu Xun (1881-1936) China
57 Mahabharata Anon (500 A.C.) Indía
58 Filhos de Gebelawi Naguib Mahfouz (1911) Egipto
59 Os Buddenbrooks Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
60 A Montanha Mágica Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
61 Moby Dick Herman Melville (1819-1891) U.S.A.
62 Três Ensaios Michel de Montaigne (1532-1592) França
63 História Elsa Morante (1918-1985) Itália
64 Amada Toni Morrison (1931) U.S.A.
65 A História de Genji Murasaki Shikibu Japão
66 Homem sem Qualidades Robert Musil (1880-1942) Austria
67 Lolita Nabokov (1899-1977) Rússia
68 A Saga de Njal (1300) Islândia
69 1984 George Orwell (1903-1950) Inglaterra
70 Metamorfoses Ovid (43 A.C.) Itália
71 O Livro do Desassossego Fernando Pessoa (1888-1935) Portugal
72 Histórias Extraordinárias Edgar Allan Poe (1809-1849) U.S.A.
73 Em Busca do Tempo Perdido Marcel Proust (1871-1922) França
74 Gargantua e Pantagruel François Rabelais (1495-1553) França
75 Pedro Paramo Juan Rulfo (1918-1986) México
76 The Mathnawi Jalalu'I-Din Rumi (1207-1273) Irão
77 Os Filhos da Meia-Noite Salman Rushdie (1947) Indía
78 The Boston of Saadi (The Orchardi) Sheikh Saadi of Shiraz (1200-1292) Irão
79 A Season of Migration to the North Tayeb Salih (1929) Sudão
80 Memorial do Convento José Saramago (1922) Portugal
81 Hamlet William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
82 Rei Lear William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
83 Othello William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
84 Rei Édipo Sophocles (496-406 A.C.) Grécia
85 Vermelho e o Negro Stendhal (1783-1842) França
86 Vida e Opiniões de Tristam Shandy Laurence Sterne (1713-1768) Irlanda
87 A Consciência de Zeno Italo Svevo (1861-1928) Itália
88 As Viagens de Gulliver Jonathan Swift (1667-1745) Irlanda
89 Guerra e Paz Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
90 Anna Karenina Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
91 A Morte de Ivan Ilich Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
92 Contos Escolhidos Anton Chekhov (1860-1904) Rússia
93 As Mil e Uma Noites (700-1500)
94 As Aventuras de Huckleberry Finn Mark Twain (1835-1910) U.S.A.
95 Ramayana Valmiki (300 A.C.) India
96 A Eneida Virgílio (70-19 A.C.) Itália
97 Folhas de Erva Walt Whitman (1819-1892) U.S.A.
98 Mrs. Dalloway Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra
99 A Casa Assombrada Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra
100 Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar (1903-1987) Bélgica

(Eleitos por 100 escritores de 54 países, relacionados por ordem de votação)

Motivo (Cecília Meireles)

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugídias
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
-não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

(Poema musicado por Raimundo Fagner)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Homem e Mulher (Victor Hugo)

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressucita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anho indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força;
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão;
A mulher invencível pelas lágrimas.
A razão convenve; e a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublimam.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário, ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal: a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia; a esperança salva.
Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Absoluto (André Amui)

Roubando minha atenção
Quando não esperava,
Desnudou-me com a complexidade
Da Paixão que, por mim,
Juravas ter.

Por um momento senti-me absoluto,
Completamente "ser",
Em meu "eu" tão só.

Correndo para teus braços
Desejei ser parte do teu corpo,
Mente e espírito;
E de repente percebi que já era tudo isso.

Na corrente do desejo que me dividia,
Notei que a minha vida era tua;
E me percebi morto,
Pelo amor que me consumia.