terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Benedito Lacerda


Benedicto Lacerda, nascudi em Macaé - RJ em 14 de março de 1903 e falecido na cidade do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro de 1958, foi um compositor, flautista e maestro brasileiro.

Filho da lavadeira Dona Lousada, Benedicto sempre foi muito ágil em suas questões. Criança ainda, vai com a mãe morar na cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro do Estácio. Benedicto cresceu num ambiente de muitos Chorões e Sambistas. Cresceu ao lado de Bide, Noel Rosa, Ismael… Mais tarde Benedito já em idade de servir se alista e passa a pertencer a banda da corporação tocando bumbo, uma vez que não conhecia Música na pauta. Nessa época estuda musica pra valer e logo passa a tocar flauta na banda. Em pouco tempo no posto de flautista da corporação passa numa prova em primeiro lugar para flautista de primeira classe ao tocar toda a parte de flauta do "Guarany" de Carlos Gomes.

Benedicto ficou cinco anos na carreira militar, e, em 1927 pediu baixa e mergulhou música popular. Em 1928 foi tocar com o grupo regional Boêmios da Cidade, acompanhando Josephine Baker, tocando em cinemas, orquestras de teatros, dancings, cabarets. Atuou também como saxofonista em algumas orquestras de jazz.

Ao findar os anos vinte e iniciar a década de 1930 Benedito Lacerda organizou um grupo com ritmos brasileiros, batizado de Gente do Morro. O "Gente do Morro" caracterizava-se pelos efeitos de percussão, convensões espertíssimas e solos de flauta. O grupo durou pouco e fez uma viagem á Campos acompanhando Noel Rosa. Como o "Gente do Morro" não vingou Benedito chamou o Horondino do violão (Dino Sete Cordas), que era do "Gente do Morro", e Canhoto do Cavaco e começaram a arregimentar mússicos para trabalhar com eles era o embrião do Conjunto Regional Benedito Lacerda. Com seu regional acompanhou nomes como Carmen Miranda, Luiz Barbosa, Mário Reis Francisco Alves, Sílvio Caldas, além de atuar com êxito como compositor.

Na década de 1940, tocou nos cassinos que agregavam a música nacional e perpetuou uma série de gravações antológicas em parceria de flauta e sax com Pixinguinha, privilegiando o repertório de choro. Por conta do trabalho que a dupla empreendeu em cerca de 40 gravações mais as edições de músicas e lançamentos de álbuns de partituras Benedito fez com que a hipoteca da casa de Pixinguinha fosse paga e salvou o mestre de ser despejado. Em sinal de gratidão e por motivos de contrato, São Pixinguinha transformou Bené em parceiro de pérolas como Sofres por que queres, Naquele tempo e Um a zero (esta feita muito antes por ocasião do gol de Friedenreich no Campeonato de Futebol Sul-Americano de 1919). Mas o que importa é destacar os arranjos e contrapontos executados pela dupla, que revolucionaram a instrumentação brasileira e influenciaram até hoje os novos talentos musicais.

Foi compositor de carnaval premiado e pela atuação como fundador da União Brasileira de Compositores (UBC) e dirigente da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM). Morreu no Rio de Janeiro, vítima de câncer de pulmão, antes de completar 55 anos.

Principais sucessos:

A jardineira, com Humberto Porto - Orlando Silva (1939)
A Lapa, com Herivelto Martins - Francisco Alves (1949)
Acerta o passo, com Pixinguinha (1949)
Acorda, escola de samba!, com Herivelto Martins - Sílvio Caldas (1937)
Acho-te uma graça, com Carvalhinho e Haroldo Lobo - César de Alencar & Heleninha Costa (1952)
Ainda me recordo, com Pixinguinha (1947)
Aliança partida, com Roberto Martins - Orlando Silva (1937)
Amigo infiel, com Aldo Cabral - Orlando Silva (1938)
Amigo leal, com Aldo Cabral - Orlando Silva (1937)
Boneca, com Aldo Cabral - Sílvio Caldas (1935)
Brasil, com Aldo Cabral - Francisco Alves & Dalva de Oliveira (1939)
Carnaval da minha vida, com Aldo Cabral - Francisco Alves (1942)
Cheguei, com Pixinguinha (1946)
Chorei, com Pixinguinha (1942)
Coitado do Edgar!, com Haroldo Lobo - Linda Batista (1945)
Despedida de Mangueira, com Aldo Cabral - Francisco Alves (1939)
Devagar e sempre, com Pixinguinha (1949)
Dinorá, com José Ferreira Ramos (1935)
Duvi-d-o-dó, com João Barcellos - Carmen Miranda (1936)
E o vento levou, com Herivelto Martins - Bando da Lua (1940)
Ele e eu, com Pixinguinha (1946)
Espanhola, com Haroldo Lobo - Aracy de Almeida (1946)
Espelho do destino, com Aldo Cabral - Orlando Silva (1939)
Eva querida, com Luiz Vassalo - Mário Reis (1935)
Falta um zero no meu ordenado, com Ary Barroso - Francisco Alves (1948)
Fica doido varrido, com Eratóstenes Frazão - Sílvio Caldas (1945)
Ingênuo, com Pixinguinha (1946)
Lero-lero, com Eratóstenes Frazão - Orlando Silva (1941)
Naquele tempo, com Pixinguinha (1946)
Normalista, com David Nasser - Nelson Gonçalves (1949)
Número um, com Mário Lago - Orlando Silva (1939)
O gato e o canário, com Pixinguinha (1949)
Os oito batutas, com Pixinguinha (1947)
Pedro, Antônio e João, com Oswaldo Santiago - Dalva de Oliveira (1940)
Pombo-correio, com Darcy de Oliveira - Gilberto Alves(1942)
Proezas de Solon, com Pixinguinha (1946)
Professora, com Jorge Faraj - Sílvio Caldas (1938)
Querido Adão, com Oswaldo Santiago - Carmen Miranda (1936)
Sabiá de Mangueira, com Eratóstenes Frazão - Nelson Gonçalves (1944)
Segura ele, com Pixinguinha (1946)
Seresteiro, com Pixinguinha (1946)
Seu Lourenço no vinho, com Pixinguinha (1948)
Sofres porque queres, com Pixinguinha (1946)
Soluços, com Pixinguinha (1949)
Um a zero, com Pixinguinha (1946)
Um caboclo abandonado (Rolinha triste), com Herivelto Martins - Sílvio Caldas (1936)
Urubatã, com Pixinguinha (1946)
Verão no Havaí, com Haroldo Lobo - Francisco Alves (1944)
Voltei pro morro, com Darcy de Oliveira - Ademilde Fonseca (1942)
Vou vivendo, com Pixinguinha (1946)

Fontes: Pesquisador Rúben Pereira - Rubinho / Macaé RJ
http://pt.wikipedia.org/wiki/Benedito_Lacerda

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Adoniran Barbosa



João Rubinato, nascido aos 06 de agosto de 1910 em Valinhos-SP, e falecido em São Paulo-SP, aos 23 de novembro de 1982. Foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais. No último dia 06 comemorou-se seu aniversário com várias homenagens por todo o Brasil, em todas as emissoras de TV.

Adoniran era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Aos dez anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de doze anos.

Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar, para ajudar a família numerosa, pois Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moram primeiro em Valinhos, depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.

Em Jundiaí, conheceu seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Adoniran teve um longo aprendizado, num arco que foi de marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Queria ser artista – escolheu a carreira de ator. Procurou de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tentou, antes do advento do rádio, o palco, mas foi sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso, nos teatros, como ator, foi para sempre abortado. O samba, no início da carreira, teve para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.

O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Tinham elas um poder e extensão pouco comuns para um país rural como o nosso. Inventavam a cidade, popularizavam o emprego industrial e acendiam os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social buscava outros caminhos e podi-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produziam. Três caminhos podiam ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.

Adoniran, aprendiz das ruas, percebeu as possibilidades que se abriam a seu talento. Queria ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o levou a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música foi a composição mas, nesse momento, o compositor era um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compravam a parceria e, com ela, faziam nome e dinheiro. Daí sua escolha ter recaido não sobre a composição, mas sobre a interpretação.

Entregou-se ao mundo da música. Buscou conquistar seu espaço como cantor – tinha boa voz e poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admirava – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o "Se você jurar". Foi gongado, mas insistiu e e voltou novamente ao mesmo programa; aí cantando o belo samba de Noel Rosa, "Filosofia", que lhe abriu as portas das rádios e ao mesmo tempo serviu como mote para suas composições futuras.

O mergulho que o sambista faria na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, iria na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, deram o testemunho da importância que a linguagem assumiu como veículo social.

Mas a escolha de Adoniran foi outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele eram o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determinavam o próprio discurso, os tipos humanos que surgiram deste discurso representaram um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revelou como a tragicômica cena de um país que subtraia de seus cidadãos a dignidade.

O seu primeiro sucesso como compositor virou canção obrigatória das rodas de samba, das casas de show: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcançou, então, o almejado sucesso que, entretanto, durou pouco e não lhe rendeu mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, foi regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto fosse paulista, a música aconteceu primeiramente no Rio de Janeiro. E aí sim, o sucesso foi retumbante.

Como acontecera com os programas escritos por Osvaldo Moles, que deram a Adoniran a medida exata da estética a ser seguida, o samba inspirou Osvaldo a criar um quadro para a rádio, que se chamava História das Malocas, com um personagem, que faz sucesso, o Charutinho. De novo ator, Adoniran, tendo provado o sucesso como compositor, não mais se afastou da composição.

Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalhou duro, casou-se duas vezes e frequentou, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira teve de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras foi pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encantou multidões, que fez de várias pessoas ídolos foi também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, seria apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levou vários cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.

Adoniran sabia disto, mas mesmo assim seu desejo calava mais fundo. O primeiro casamento não durou um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabia com quem convivia e não só prestigiou sua carreira como o incentivou a ser quem foi e como era, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalhou também fora e ajudou o sambista nos momentos difíceis, que foram constantes. Adoniran viveu para o rádio, para a boêmia e para Matilde.

Numa de suas noitadas, de fogo, perdeu a chave de casa e não houve outro jeito senão acordar Matilde, que se aborreceu. O dia seguinte foi repleto de discussão, mas Adoniran era compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba Joga a chave.

Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo... quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas... Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”

Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedicou-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Gravou algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitiam muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística e passou a compor pouco.

Inventou para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigante, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs... Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, criaram um mundo mágico.

Adoniran Barbosa morreu em 1982, aos 72 anos de idade.

Principais composições
Malvina, 1951
Saudosa maloca, 1951
Joga a chave, 1952
Samba do Arnesto, 1953
As mariposas, 1955
Iracema, Adoniran Barbosa, 1956
Apaga o fogo Mané, 1956
Bom-dia tristeza, 1958
Abrigo de vagabundo, 1959
No morro da Casa Verde, 1959
Prova de carinho, 1960
Tiro ao Álvaro, 1960
Luz da light, 1964
Trem das onze, 1964
Trem das Onze com Demônios da Garoa, 1964
Aguenta a mão, 1965
Samba italiano, 1965
Tocar na banda, 1965
Pafunça, 1965
O casamento do Moacir, 1967
Mulher, patrão e cachaça, 1968
Vila Esperança, 1968
Despejo na favela, 1969
Fica mais um pouco, amor, 1975
Acende o candeeiro, 1972

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Gilberto Gil



Gilberto Passos Gil Moreira, músico e compositor brasileiro, nascido aos 26 de junho de 1942 na cidade de Salvador - BA, bairro Tororó. Filho do médico José Gil Moreira e de Claudina que em busca de uma vida melhor, mudam-se do bairro pobre da capital baiana para o interior do Estado, em Ituaçu, à época um lugarejo com cerca de oitocentos habitantes. Ali Gil passou os primeiros oito anos de vida. Deste período o artista registra a influência das músicas ouvidas, sobretudo no rádio:

…os meus primeiros momentos de ouvir música, tudo se passou numa época em que Luiz Gonzaga, principalmente lá no Nordeste, onde eu vivia, lá na caatinga, era praticamente o canto mesmo da região…

Com oito anos volta para Salvador, onde estuda no Colégio Maristas, e frequenta uma academia de acordeon. Quando estava no secundário, recebeu da mãe um violão e conhece o trabalho de João Gilberto, que lhe influencia de imediato.

Nos tempos de faculdade de Administração, Gil conhece Caetano Veloso, sua irmã Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Realizam a primeira apresentação na inauguração do Teatro Vila Velha em junho de 1964 - com o show "Nós, Por Exemplo".

Formou-se em 1965 e muda-se com a esposa Belina para São Paulo.

Formado em administração de empresas, seu primeiro emprego em São Paulo foi na Gessy Lever. Nos anos 1970, Gil acrescentou elementos novos da música africana, norte-americana e jamaicana (reggae), ao já vasto repertório, e continuou lançando álbuns como Realce e Refazenda. João Gilberto gravou a canção "Eu Vim da Bahia", de Gil, no clássico LP João Gilberto.

Em fins de 1968, Gil e Caetano Veloso, cuja importância no Brasil era, e é, de certa forma comparável à de John Lennon e Paul McCartney no mundo anglófono, foram presos pelo regime militar brasileiro instaurado após 1964 devido a supostas atividades subversivas, de que foram taxados. Ambos exilaram-se por ocasião do AI-5 (Ato Institucional 5) do governo militar em vigência no Brasil a partir de 1969 em Londres.

Nos anos 1970 iniciou uma turnê pelos Estados Unidos e gravou um álbum em inglês. De volta ao Brasil, em 1975 Gil grava Refazenda, um dos mais importantes trabalhos que, ao lado de Refavela, gravado após uma viagem ao continente africano, e Realce, formariam uma trilogia RE. Refavela traria a canção "Sandra", onde, de forma metafórica, Gil falaria sobre a experiência de ter sido preso por porte de drogas durante um excursão ao sul do país e ter sido condenado à permanência em manicômio judiciário, ou conforme denominação eufemística, casa de custódia e tratamento, entretanto designada por Gil como hospício.

Fechamento da trilogia, Realce causaria certa polêmica quando alguns considerariam a canção título, inspirada na disco music, como uma ode ao uso de cocaína, isto talvez explicitado pelos versos: realce, quanto mais purpurina melhor.

Ao lado dos colegas Caetano Veloso e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado por Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros foi tema de filme, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994, com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e para a Rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970.

Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções "Esotérico", "Chuckberry Fields Forever", "São João Xangô Menino" e "O seu amor", todas gravações raras.

Trabalhou com Jimmy Cliff com quem fez, em 1980, uma excursão, pouco depois de ter feito uma versão em português de "No Woman, No Cry" (em português, "Não chores mais") sucesso de Bob Marley & The Wailers que foi um grande sucesso, trazendo a influência musical do reggae para o Brasil.

Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Gil integrou o grupo seleto de intérpretes que viajou o país durante dois anos com o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma plateia de mais de duzentas mil pessoas. Gil interpretou a canção "Sobre todas as coisas" composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e da saga da grande família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da versão brasileira de "We Are the World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d'Água"; é de Gil a autoria da composição de "Chega de Mágoa". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

Dentre as inúmeras composições consagradas pelo próprio Gil e na voz de outros intérpretes, estão: "Procissão", "Estrela", "Vamos Fugir", "Aquele Abraço", "A Paz", "Sítio do Pica-Pau Amarelo", "Esperando na Janela", "Domingo no Parque", "Drão", "No Woman, No Cry", "Só Chamei Porque Te Amo", "Não Chores Mais [Woman No Cry]", "Andar com Fé", "Se Eu Quiser Falar com Deus", "Divino Maravilhoso", "A Linha e o Linho", "Com Medo com Pedro", "Objeto Sim Objeto Não", "Three Little Birds", "Ela", "Pela Internet", "A Novidade", "Morena", "A Raça Humana", "Palco", "Realce", e outras.

Compôs para dezenas de artistas, como Elis Regina,Cazuza, Simone, Maria Bethânia, Gal Costa, Zizi Possi, Daniela Mercury, Carla Visi e Ivete Sangalo.

Discografia:

1963 - Salvador - 1962/1963
1967 - Louvação
1968 - Gilberto Gil
1968 - Tropicália - (com Os Mutantes, Caetano Veloso, Nara Leão e Gal Costa, etc)
1969 - Gilberto Gil
1970 - Copacabana Mon Amour
1971 - Gilberto Gil (Nega)
1972 - Barra 69 - Caetano e Gil Ao Vivo na Bahia
1972 - Expresso 2222
1974 - Gilberto Gil ao Vivo
1975 - Refazenda
1975 - Gil & Jorge - Ogum - Xangô
1977 - Refavela
1978 - Gilberto Gil ao Vivo em Montreux
1978 - Refestança
1979 - Nightingale
1979 - Realce
1981 - Brasil
1981 - Luar (A Gente Precisa Ver o Luar)
1981 - Um Banda Um
1983 - Extra [WEA Latina]
1984 - Quilombo (Trilha Sonora)
1984 - Raça Humana
1985 - Dia Dorim Noite Neon
1987 - Gilberto Gil em Concerto
1987 - Trem Para as Estrelas (Trilha Sonora)
1988 - Ao Vivo em Tóquio (Live in Tokyo)
1989 - O Eterno Deus Mu Dança
1991 - Parabolicamará
1994 - Acústico MTV (disco de platina)
1995 - Esoterico: Live in USA 1994
1995 - Oriente: Live in Tokyo
1996 - Em Concerto
1996 - Luar
1997 - Indigo Blue
1997 - Quanta (disco de ouro)
1998 - Ao Vivo em Tóquio (Live in Tokyo) [Braziloid]
1998 - O Sol de Oslo
1998 - O Viramundo (Ao Vivo)
1998 - Quanta Gente Veio Ver
1998 - Ensaio Geral (caixa com gravações de 1967 a 1977)
2000 - Me, You, Them [Brazil]
2001 - Milton e Gil (disco de ouro)
2001 - São João Vivo (disco de ouro)
2002 - Kaya N'Gan Daya (disco de ouro)
2002 - Quanta Live [Brazil]
2002 - Z: 300 Anos de Zumbi
2004 - Eletrácustico (disco de ouro)
2005 - Ao Vivo
2005 - As Canções de Eu, Tu, Eles (disco de platina)
2005 - Soul of Brazil
2006 - Gil Luminoso
2006 - Rhythms of Bahia
2008 - Banda Larga Cordel
2009 - BandaDois - Ao Vivo
2010 - Fé na festa

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Caetano Veloso



Caetano Emanuel Viana Teles Veloso, músico e escritor brasileiro, nascido aos 7 de agosto de 1942 em Santo Amaro da Purificação - BA. É o quinto dos oito filhos de José Teles Velloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Velloso (Dona Canô), nascida em 16 de setembro de 1907. Casaram-se em 7 de janeiro de 1931.
O nome da irmã, nascida em 18 de junho de 1946, foi por ele escolhido inspirado em uma canção famosa da época na voz do cantor Nélson Gonçalves, Maria Bethânia, do compositor Capiba. Na infância, foi fortemente influenciado por arte, música, desenho e pintura; as maiores influências musicais desta época foram alguns cantores que eram sucesso na época, como "o rei do baião" Luiz Gonzaga, e canções de maior apelo regional, como sambas de roda e pontos de candomblé. Em 1956 frequentou o auditório da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, que contava com apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros. Em 1960 mudou-se para Salvador, onde aprendeu a tocar violão. Apresentou-se em bares e casas noturnas de espetáculos. Nesta época, o interesse por música se intensificou. Cedo na carreira retirou um "l" de seu nome, optando por Caetano Veloso.


Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova, sob influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores deste movimento musical. Colaborou com os primórdios da MPB (Música Popular Brasileira), deslocando a melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 1960 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. A obra adquiriu um contorno pesadamente engajado e intelectualista e o artista firmava-se sendo respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.
Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de Ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertold Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.


Desde o início da carreira, Caetano sempre demonstrou uma posição política ativa e esquerdista, ganhando por isso a inimizade do regime militar instituído no Brasil em 1964 e cujos governos perduraram até 1985. Por esse motivo, as canções foram frequentemente censuradas neste período, e algumas até banidas. Em 27 de dezembro de 1968, Caetano e Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.
Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. O espetáculo, precariamente gravado, se transformou no disco Barra 69, de três anos mais tarde. Em janeiro de 1972 voltaram definitivamente para o Brasil, após terem visitado o país em agosto de 1971. Biografia completa em http://pt.wikipedia.org/wiki/Caetano_Veloso.


Discografia:

Cavaleiro/Samba em Paz (1965) Compacto Simples RCA Victor
Domingo (1967) - com Gal Costa - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1968) - LP/CD Philips
Tropicália (1969) - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1969) - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1971) - LP/CD Philips
Transa (1972) - LP/CD Philips
Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1972) - com Gilberto Gil - LP/CD Pirata/Phonogram
Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo (1972) - com Chico Buarque - LP/CD Philips/Phonogram
Araçá Azul (1972) - LP/CD Philips/Phonogram
Temporada de Verão - ao Vivo na Bahia (1974) - com Gilberto Gil e Gal Costa - LP/CD Philips/Phonogram
Jóia (1975) - LP/CD Philips/Phonogram
Qualquer Coisa (1975) - LP/CD Philips/Phonogram
Doces Bárbaros (1976) - ao vivo - com Gil, Bethânia e Gal - LP/CD Philips/Phonogram
Bicho (1977) - LP/CD Philips/Phonogram
Muitos Carnavais (1977) - LP/CD Philips/Phonogram
Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978) - LP/CD Philips/Polygram
Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978) - com Maria Bethânia - LP/CD Philips/Polygram
Cinema Transcendental (1979) - LP/CD Philips/Polygram
Outras Palavras (1981) - LP/CD Philips/Polygram
Cores, Nomes (1982) - LP/CD Philips/Polygram
Uns (1983) - LP/CD Philips/Polygram
Velô (1984) - LP/CD Philips/Polygram
Totalmente Demais (1986) - ao vivo - LP/CD Philips/Polygram
Caetano Veloso (1986) - lançado no BRASIL em 1990 - LP/CD WEA(EUA)/Polygram(Brasil)
Caetano Veloso (1987) - LP/CD Philips/Polygram
Estrangeiro (1989) - LP/CD Philips/Polygram
Circuladô (1991) - LP/CD Philips/Polygram
Circuladô ao Vivo (1992) - LP/CD Philips/Polygram
Tropicália 2 (1993) - com Gilberto Gil - LP/CD Philips/Polygram
Fina Estampa (1994) - CD Philips/Polygram
Fina Estampa ao Vivo (1995) - CD Polygram
Livro (1997) - CD Polygram (disco de ouro)
Prenda Minha - ao vivo (1998) - CD Polygram (disco de diamante)
Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999) - CD Universal Music
Noites do Norte (2000) - CD Universal Music (disco de ouro)
A Bossa de Caetano (2000) - CD Universal Music
Noites do Norte ao Vivo (2001) - CD/DVD Universal Music
Eu Não Peço Desculpa (2002) - CD Universal Music
A Foreign Sound (2004) - CD Universal Music (disco de ouro)
(2006) - CD Universal Music
Cê ao vivo (2007) - CD/DVD Universal Music
Roberto Carlos e Caetano Veloso e a Música de Tom Jobim (2008) - CD/DVD Amigo Records/Sony Music
Zii e Zie (2009) - CD Universal Music
Acústico MTV Caetano Veloso (previsto para Outubro) (2010) - CD/DVD/Blu-ray Universal Music


Coletâneas
Sem Lenço Sem Documento - O Melhor de Caetano Veloso (1989) - LP/CD Philips/Polygram
Minha História - Caetano Veloso (1993) - CD Philips/Polygram
Millennium - Caetano Veloso (1999) - CD Universal Music
Perfil - Caetano Veloso (2006) - CD Somlivre (disco de platina)


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ivan Lins



Ivan Monteiro de Barros Lins, nascido aos 16 de junho de 1945 na cidade do Rio de Janeiro - RJ, é um músico e compositor brasileiro.
Filho do militar Geraldo Lins, foi muito influenciado por diversos gêneros musicais como jazz, bossa nova e soul e tem como principal instrumento o piano, que toca desde os dezoito anos. Formou-se em engenharia química no final dos anos 60, quando iniciou a carreira musical em festivais. A canção O Amor É O Meu País, erroneamente taxada de ufanista, foi classificada em segundo lugar consecutivo no V Festival Internacional da Canção. O primeiro sucesso como compositor foi com Madalena, gravada por Elis Regina. No entanto, Simone é, de forma unânime, considerada a maior intérprete.

Contratado pela gravadora Forma/Philips (que posteriormente transformou-se em Polygram até chegar ao nome atual Universal Music) pelo então produtor, o compositor Paulinho Tapajós, grava três discos pelo selo: Agora, Deixa o trem seguir e Quem sou eu?. Nesse período, compôs músicas com Ronaldo Monteiro de Souza, mas depois teve em Vítor Martins o mais frequente parceiro. A primeira composição entre ambos se deu quando do lançamento do quarto LP, Modo livre, pela RCA (depois BMG, em seguida Sony BMG e hoje Sony Music), gravadora esta que lançaria também o álbum subsequente, Chama acesa. Nessa mesma década lançou alguns discos que o projetaram nacionalmente.

Teve inúmeros sucessos como cantor como Abre Alas, Somos todos iguais nesta noite e Começar de novo - todas em parceria com Vítor Martins. Começar de novo foi gravada por Simone no mesmo ano em que foi composta. Na voz de Simone, Começar de novo foi tocada como tema oficial de abertura do seriado Malu Mulher, tonando-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB.

Lançou inúmeros discos, muitos deles de inúmero sucesso, tendo trocado de gravadoras por diversas vezes. No decorrer dos anos 70, a obra ganha grande temática política. A partir da segunda metade dos anos 80, começa a enfatizar a carreira internacional, principalmente nos EUA, onde foi regravado por inúmeros astros da música internacional, como Quincy Jones, George Benson, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Carmen MacRae e Barbra Streisand.

Foi destacado compositor, tendo músicas gravadas por nomes consagrados como Elis Regina (Cartomante, Madalena, Aos Nossos Filhos), Simone (Começar de Novo), Quarteto Em Cy (Abre Alas), Gal Costa (Roda Baiana) e Emílio Santiago (Velas Içadas). Comandou um programa televisivo na Rede Globo ao lado de Gonzaguinha e Aldir Blanc, o Som Livre Exportação. Foi casado com a cantora e atriz Lucinha Lins, com quem teve um filho, o cantor e ator Cláudio Lins. Torce pelo Fluminense Football Club.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes o enquadramento de cada uma delas no coro.

Em 1991, com o amigo e parceiro Vítor Martins, fundou a gravadora Velas. Essa gravadora, totalmente nacional e independente, foi mais uma tentativa de que se desse espaço para cantores brasileiros já conhecidos esquecidos em gravadoras multinacionais e para o surgimento de novos valores no cancioneiro popular. Nomes como Chico César, Lenine, Guinga tiveram grande respaldo dessa gravadora para poderem iniciar as carreiras artísticas. Essa gravadora também lançou discos de nomes já consagrados na música, como Zizi Possi (o elogiadíssimo Valsa Brasileira), Fátima Guedes (Coração de Louca, um dos pioneiros do selo, além de Grande Tempo, Pra bom entendedor... e Muito intensa), trabalhos póstumos de Elis Regina (Elis Regina no Fino da Bossa, Elis Vive, Elis Regina ao vivo), e outros. Em 1995, grava a música Lembra de Mim, tema da novela História de Amor, de Manoel Carlos, que faz um enorme sucesso.

Ivan Lins é autor da trilha sonora dos filmes Dois Córregos e Bens Confiscados de Carlos Reichenbach e ganhou Prêmio de Melhor Trilha Sonora no terceiro Festival Luso-Brasileiro Santa Maria da Feira. Ele também é um dos compositores brasileiros mais gravados no exterior e já foi indicado ao prêmio Grammy. Lançou também um tributo ao Poeta da Vila, Noel Rosa (Viva Noel, 1997), que contou com muitas participações especiais e também lançou Um novo tempo (1999), somente com canções natalinas.

Cinco anos depois, veio o CD Cantando Histórias, que traz regravações dos antigos sucessos e contou com as participações especiais de Jorge Vercilo, Simone e Zizi Possi. Dois anos depois, veio Acariocando (2006), somente com canções inéditas. No fim no ano de 2007, Ivan Lins lançou o CD e DVD Saudades de Casa, com diversas colaborações, gravado em estúdio no Rio de Janeiro. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Lins)

Discografia:

2009- Ivan Lins e The Metropole Orchestra
2008- Saudades de Casa (CD e DVD) - Warner Music Brasil
2006- Acariocando - EMI
2004- Cantando Histórias (CD e DVD) - ao vivo - EMI
2003- Ensaio [TV Cultura]
2002- Rio Underground - Ivan Lins E Romero Lubambo
2002- Love Songs- A Quem Me Faz Feliz - Abril Music
2001- Jobiniando - Abril Music
2000- A Love Affair [The Music Of Ivan Lins]
2000- A Cor do Pôr do Sol - Abril Music
1999- Live At MCG - Jazz MCG/Heads Up
1999- Um Novo Tempo -Abril Music
1999- Dois Córregos - partes 1 e 2
1997- Os Sucessos De Novelas E Séries
1997- Viva Noel[Tributo A Noel Rosa]Vol 1 a 3 - Velas
1996- Ivan Lins e Chucho Valdés e Irakere - Ao Vivo - Velas
1995- The Heart Speaks - Ivan Lins e Terence Blanchard
1995- A Doce Presença de Ivan Lins - Velas
1995- Anjo de Mim - Velas
1994- Acervo Especial - BMG
1993- Awa Yiô - Velas
1991- 20 Anos Ao Vivo - Som Livre
1989- Amar Assim - Philips/ Polygram
1988- Two Brazilian Knights And A Lady
1988- Love Dance - WEA
1987- Mãos - Philips/ Polygram
1986- Harlequin - Ivan Lins Lee Ritenour and Dave Grusin
1986- 1986 - Philips/ Polygram
1984- Encuentro
1984- Juntos - Philips/ Polygram
1983- Depois dos Temporais - Philips/ Polygram
1981- Daquilo Que Eu Sei - Philips/ Polygram
1980- Novo Tempo - EMI
1979- A Noite - EMI
1978- Nos Dias de Hoje - EMI
1977- Somos Todos Iguais Nesta Noite - EMI
1975- Chama Acesa - Sony Music/ RCA Victor
1974- Modo Livre - Sony Music/ RCA Victor
1972- Quem Sou Eu? - Philips/Phonogram
1971- Deixa O Trem Seguir - Philips/Forma
1970- Agora - Philips/Forma

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Herivelto Martins



Herivelto de Oliveira Martins, compositor, cantor, músico e ator brasileiro, nascido aos 30 de janeiro de 1912 em Engenheiro Paulo de Frontin e falecido aos 17 de setembro de 1992 no Rio de Janeiro - RJ.
Filho do agente ferroviário Felix Bueno Martins e da costureira e doceira Dona Carlota, nascido no distrito de Rodeio, em Engenheiro Paulo de Frontin, Herivelto Martins, aos três anos de idade, já se apresentava de casaca, declamando versos em eventos organizados por seu pai.

Em 1916, a família mudou-se para Barra do Piraí, onde "seu" Félix fundou a Sociedade Dramática Dançante Carnavalesca Florescente de Barra do Piraí, que além de bailes, criava e dirigia espetáculos teatrais. Ele organizou, ainda, o grupo Pastorinhas de Barra do Piraí, que se apresentava no Natal, com Herivelto vestido de Papai Noel.

As atividades artísticas do pai motivaram o pequeno Herivelto a criar o seu próprio grupo teatral, com seus irmãos Hedelacy, Hedenir e Holdira e algumas meninos da vizinhança. Aos 9 anos de idade, compôs a paródia Quero Uma Mulher Bem Nua (Quiero una mujer desnuda) e o samba Nunca Mais, que não foi gravado.

Aos 10 anos, integrou a Euterpe Musical, uma banda de música onde aprendeu a tocar até piston, mas desistiu por não ter vocação para instrumentos de sopro, tendo preferência pelo violão e cavaquinho, que já "arranhava". Entre 1922 e 1929, integrou a Sociedade Musical União dos Artistas de Barra do Piraí.

Os problemas financeiros eram constantes, assim como as discussões domésticas. Herivelto e seus irmãos ajudavam, vendendo os doces que sua mãe fazia. A família acabou falindo e perdendo a casa, para pagamento de dívidas da Sociedade fundada por "Seu" Félix. Aos 12 anos de idade, Herivelto foi ser caxeiro em uma loja de móveis, emprego que o pai lhe arranjou.

Em 1925, com apenas 13 anos, Herivelto conheceu os artistas circenses Zeca Lima e Colosso, que passavam pela cidade, e com eles formou um trio e seguiu para Juparanã, onde apresentaram um grandioso espetáculo. Durante um ano, o trio apresentou-se pelo interior do Rio de Janeiro, até que, procurados pela Polícia, Colosso e Zeca Lima foram presos em Vassouras e o delegado mandou Herivelto para casa.

Em 1930, com a promoção de "Seu" Félix, a família foi morar no Brás, a Rua Saião Lobato, em São Paulo e se empregou em um botequim, onde ganhou o apelido de Carioca.

Após mais uma discussão com o pai, aos 18 anos de idade e com apenas 1 conto e 200 réis no bolso, Herivelto partiu para o Rio de Janeiro, com o desejo de tentar uma carreira artística. Ele passou a dividir o aluguel de um pequeno quarto com seu irmão, Hedelacy, e mais seis rapazes, quatro deles mortos na Revolução de 32. Para sobreviver, teve de vender o relógio Roskoff "Estrada de Ferro", presente de seu padrinho.

No Rio de Janeiro, Herivelto foi palhaço de circo, vendedor, ajudante de contabilidade e, aos sábados, fazia barbas na barbearia onde o irmão Hedelacy trabalhava. Com o dinheiro da gorjeta, garantia o "Feijão à Camões" (prato fundo com feijão preto e uma colher de arroz no meio), do Bar de "Seu" Machado", da semana.

Foi no Bar de "Seu" Machado que Herivelto recebeu o convite de "Seu" Licínio, para gerenciar sua barbearia no Morro de São Carlos. Era sua oportunidade de conhecer os grandes sambistas que ali moravam. Foi no São Carlos onde Herivelto conheceu o compositor José Luis da Costa - Príncipe Pretinho - que lhe apresentou a J.B. de Carvalho, do Conjunto Tupi, amigo do dono da gravadora RCA Victor.

Em 1932, Herivelto Martins, através de uma parceria com J.B. de Carvalho, conseguiu lançar, pela RCA Victor, sua composição Da Cor do Meu Violão, homenagem a uma namorada que teve no bairro do Carvão, em Barra do Piraí, que seu pai insistia em dizer que era escura demais para ele. A marchinha fez grande sucesso no carnaval daquele ano, o que levou Herivelto a integrar o coro do Conjunto Tupi como ritmista. Ele inovou ao fazer breques durante as gravações, quando isso não era permitido, e por essa e outras iniciativas, Mister Evans, diretor geral da RCA Victor, o promoveu a diretor do coro.

Em 1933, Herivelto teve mais duas músicas gravadas: O Terço do Zé Faustino, com Euclides J. Moreira, pelo Conjunto Tupi, e O Enterro da Filomena, pelo Conjunto RCA.

Em uma época em que o samba ainda não havia descido o morro e ganhado a cidade, Herivelto criou várias músicas para homenagear a Estação Primeira de Mangueira, entre elas: Saudosa Mangueira e Lá em Mangueira.

Em 1976, Teixeirinha grava a música: "Caminhemos".

Em 1986, Herivelto Martins foi homenageado pela escola de samba Unidos da Ponte, com o enredo Tá na hora do samba, que fala mais alto, que fala primeiro, o homenageado participou do desfile.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Herivelto_Martins )

Composições:

A Bahia te espera (Herivelto Martins / Chianca Garcia)
A baiana sambou (Herivelto Martins / Ciro Monteiro)
A dança do funiculi (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
A família do Aparício (Herivelto Martins / Roberto Roberti)
A guerra acaba amanhã (Herivelto Martins / Grande Otelo)
A Lapa (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
A Maria me controla (Herivelto Martins / Roberto Roberti)
A mesma história (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
A porta estandarte
A rua onde tu moras (Herivelto Martins / David Nasser)
A tristeza (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
A última homenagem (Herivelto Martins / Blecaute)
A vida é boa (Herivelto Martins / Assis Valente e Francisco Sena)
Acorda, escola de samba (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Acorde, Estela (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Adeus (Herivelto Martins / Jararaca)
Adeus (Herivelto Martins / Mário Rossi)
Adeus, Mangueira (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Adeus, mocidade (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Agüenta o galho (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Ai, morena (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Aladim (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Amarga confissão (Herivelto Martins / David Nasser)
Amélia na Praça Onze (Herivelto Martins / Cícero Nunes)
Amigo
Amor próprio
Amuleto (Herivelto Martins / Klécius Caldas)
Andorinha (Herivelto Martins / Haroldo Barbosa)
Anjo negro
Ao Deus dará (Herivelto Martins / José Messias)
Apita quem roda (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Apogeu (Herivelto Martins / Cícero Nunes)
Apoio moral (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Apoteose do samba
Aqui se faz, aqui se paga (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Às três da manhã
Até a volta (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Atiraste uma pedra (Herivelto Martins / David Nasser)
Aula de música (Herivelto Martins / Haroldo Barbosa)
Ave Maria no Morro
Bafo de boca (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Baiana falsificada
Barraco de tábua (Herivelto Martins / Vitor Simon)
Batuque no morro (Herivelto Martins / Humberto Porto e Ozon)
Beija-me a boca
Berço do rei
Boêmio (Herivelto Martins / Daiv Nasser)
Bom-dia (Herivelto Martins / Aldo Cabral)
Bom-dia, Avenida (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Bonita
Branca de neve (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Brasília
Brinquedo do destino (Herivelto Martins / Aldo Cabral)
Cabaré no morro
Cabelos brancos (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Cabrocha bamba
Cabrocha boa (Herivelto Martins / Ciro de Souza)
Cachopa (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Caixinha do Ademar (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Calado, venci (Herivelto Martins / Ataulfo Alves)
Caminhemos
Caminho certo (Herivelto Martins / David Nasser)
Camisola do dia (Herivelto Martins / David Nasser)
Canaviais (Herivelto Martins / Orestes Barbosa)
Canto livre
Capela de São José (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Carlos Gardel (Herivelto Martins / David Nasser)
Carmen (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Caroá (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
Céu é sempre céu
Chora, pierrô (Herivelto Martins / Ciro Monteiro)
Cicatrizes (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Cidade velha (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Claudionor se queimou (Herivelto Martins / José Messias)
Como a favela mudou (Herivelto Martins / Rogério Nascimento)
Como eu chorei (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Consciência (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Consulta seu travesseiro (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Controlando essa mulher (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Covarde (Herivelto Martins / Dunga)
Culpe-me
Da cor do meu violão (Herivelto Martins / J. B. de Carvalho)
Dança do coça-coça (Herivelto Martins / José Messias)
Depois da separação
Desculpa de ocasião (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
Desde de que o mundo é mundo (Herivelto Martins / David Nasser e Nelson Gonçalves)
Desperte, Dodô (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
Deus te abençoe, papai (Herivelto Martins / David Nasser)
Doce lar...
Dois corações (Herivelto Martins / Valdemar Gomes)
Duas lágrimas (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Duro nega
É de verdade (Herivelto Martins / Bonfíglio de Oliveira)
E o tempo passou (Herivelto Martins / David Nasser)
E o vento levou (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
É quase certo (Herivelto Martins / David Nasser)
É tarde (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
É triste a gente querer (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Edredom vermelho
Ela
Ela (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Ela foi embora (Herivelto Martins / Ciro Monteiro)
Ela me beijou (Herivelto Martins / Artur Costa)
Enfermeira (Herivelto Martins / David Nasser)
Enfrenta o trabalho (Herivelto Martins / Bob Silva)
Esperança do Brasil (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Estação da Luz (Herivelto Martins / David Nasser)
Estou triste com você (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
Estrela d'alva (Herivelto Martins / Castro Barbosa)
Estrelas na lama (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Eu dei bom-dia
Eu queri um adeus (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Fala, Claudionor (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Falso amigo (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Faz-se aqui, sabe-se lá (Herivelto Martins / Roberto Roberti)
Felicidade
Fidelidade
Fracassei (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Francisco Alves (Herivelto Martins / David Nasser)
Gaúcho velho (Herivelto Martins / Pedro de Almeida)
Goma de gomá
História cabocla (Herivelto Martins / José Messias)
História do pierrô (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
História infantil
Hoje quem paga sou eu (Herivelto Martins / David Nasser)
Incerteza (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Isaura (Herivelto Martins / Roberto Roberti)
Janela indiscreta
Japonesinha
João, João (Herivelto Martins / David Nasser)
Jurei (Herivelto Martins / José Messias)
Jurei, jurei (Herivelto Martins / Leduvi de Pina)
Lá em Magueira (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
Lágrima
Laurindo
Lençol de linho (Herivelto Martins / David Nasser)
Leviana (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Liberdade (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Linda romana (Herivelto Martins / Blecaute)
Linha reta
Louca (Herivelto Martins / José Messias)
Madrugada (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Madrugada (Herivelto Martins / Evaldo Rui)
Mais uma estrela (Herivelto Martins / Bonfíglio de Oliveira)
Mais uma história de amor (Herivelto Martins / Humberto Porto)
Mais uma lágrima (Herivelto Martins / Klécius Caldas)
Malaguenha (Herivelto Martins / Haroldo Barbosa)
Mamãe (Herivelto Martins / David Nasser)
Mangueira, não! (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Mania de malandro
Marcha do trouxa (Herivelto Martins / Adelino Moreira e Nelson Gonçalves)
Marginal (Herivelto Martins / Pedro de Almeida)
Maria do Socorro (Herivelto Martins / Blecaute)
Maria louca (Herivelto Martins / David Nasser)
Maria sapeca (Herivelto Martins / Sebastião Rodrigues)
Me deixa em paz (Herivelto Martins / Jovelino Marques da Costa)
Melhorou, hein? (Herivelto Martins / José Messias)
Meu mundo
Meu país verdadeiro (Herivelto Martins / Pinto Filho)
Meu rádio e meu mulato
Meu último reinado (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Mexicanita (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Mil mulheres (Herivelto Martins / Ciro Monteiro)
Minueto (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Momentos de tristeza (Herivelto Martins / Popeye do Pandeiro)
Morro de Santa Tereza
Morro de Santo Antônio (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Mulher parece bonde (Herivelto Martins / José Messias)
Na Bahia (Herivelto Martins / Humberto Porto)
Nada (Herivelto Martins / Mário Rossi)
Não é horário (Herivelto Martins / J. Costa)
Não era adeus (Herivelto Martins / Cícero Nunes)
Não fiquei louco (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Não matei
Não me conheço mais
Não, não (Herivelto Martins / Haroldo Barbosa)
Não posso nem comigo (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Não te esqueças (Herivelto Martins / David Nasser e Ari Elis)
Não tem mais jeito (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Não volto atrás
Natal (Herivelto Martins / Rogério Nascimento)
Nega fulô (Herivelto Martins / Chianca de Garcia)
Nega manhosa
Negro artilheiro (Herivelto Martins / Sinval Silva)
Negro telefone (Herivelto Martins / David Nasser)
Nem a Deus (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Nem no sétimo dia (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Nem o chope (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Hná Marema
Ninguém sofreu (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
No meu colchão (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
No picadeiro da vida (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Noite de fogueira
Noite de insônia (Herivelto Martins / David Nasser)
Noite enluarada (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres Filho)
Noite vazia
Nossa separação (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
Nossas vidas
Nova Copacabana (Herivelto Martins / David Nasser)
O enterro de Filomena
O fantasma dos apuros (Herivelto Martins / Aldo Cabral)
O maior samba do mundo (Herivelto Martins / David Nasser)
O preço da glória (Herivelto Martins / David Nasser)
O terço do Zé Faustino (Herivelto Martins / Euclides José Moreira)
Obê
Obrigado, excelência
Obrigado, general (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Obrigado, Maria (Herivelto Martins / Mário Rossi)
Odete (Herivelto Martins / Dunga)
Olhos verdes (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Olinda (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)
Opinião de mulher (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Ouro Preto (Herivelto Martins / David Nasser)
Outra vez (Herivelto Martins / David Nasser)
Palacete do Catete (Herivelto Martins / Ciro de Sousa)
Palhaço (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Palhaço (Herivelto Martins / David Nasser)
Palmeira triste
Papagaio candidato (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Papai e mamãe (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Papai Noel esqueceu (Herivelto Martins / David Nasser)
Pára de gritar
Partida precipitada (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Passado, presente, futuro (Herivelto Martins / Francisco Sena)
Passarinho (Herivelto Martins / David Nasser)
Pau-pereira
Pedindo a São João (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
Pensando em ti (Herivelto Martins / David Nasser)
Perdoar (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Piano velho (Herivelto Martins / David Nasser)
Pixaim (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Plac-plac
Por que você não vai? (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Porta afora (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Portugal perdoa sempe
Pra esquecer
Praça Onze (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Prece de paz (Herivelto Martins / David Nasser)
Preto e branco
Primeiro mal
Prometeu me ajudar (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Quando a idade chegar (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Quando amanhece (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Quando o tempo passar (Herivelto Martins / David Nasser)
Quarto vazio
Quase
Quase louco (Herivelto Martins / Dunga)
Quatro horas (Herivelto Martins / Francisco Sena)
Que fazer? (Herivelto Martins / Mário Rossi)
Que rei sou eu? (Herivelto Martins / Valdemar Assunção)
Quem dá cartaz? (Herivelto Martins / David Nasser)
Quem dera
Quem lava o morro (Herivelto Martins / Leduvi de Pina)
Quem manda na minha vida (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Quem vem descendo? (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Quero esquecer (Herivelto Martins / Evaldo Rui)
Rancho da serra (Herivelto Martins / Blecaute)
Recusa
Redoma de vidro (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Rei da vila
Rei sem coroa (Herivelto Martins / Valdemar Assunção)
Revanche (Herivelto Martins / Ari Elis)
Revanche
Ritmo do coração (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Salve a viúva (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Samaritana (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Samba manifesto
Santo Antônio, São Pedro, São João (Herivelto Martins / Bide)
São os olhos dela
Saudosa cachopa (Herivelto Martins / Raul Sampaio)
Saudosa Mangueira
Se a saudade falasse
Se a vida não melhorar (Herivelto Martins / Príncipe Pretinho)
Se adormeço (Herivelto Martins / David Nasser)
Se é pecado
Se é por falta de adeus
Se ela sente saudade (Herivelto Martins / Valdemar Gomes)
Se eu fosse como era antigamente
Se o morro não descer (Herivelto Martins / Darci de Oliveira)
Secretária (Herivelto Martins / David Nasser)
Segredo (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Sem ela
Senhor do Bonfim
Serenata à Virgem Maria (Herivelto Martins / David Nasser)
Sereno (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Seu condutor (Herivelto Martins / Alvarenga e Ranchinho)
Seu coração é seu mestre
Seu endereço
Tá faltando mulher (Herivelto Martins / Blecaute)
Tamborim (Herivelto Martins / J. Soares)
Tango do cretino
Tarde de setembro (Herivelto Martins / David Nasser)
Tecedeira (Herivelto Martins / David Nasser)
Telefone lá pra casa (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Teu erro (Herivelto Martins / Artur Costa)
Teu exemplo (Herivelto Martins / David Nasser)
Teu fracasso
Timoneiro (Herivelto Martins / Humberto Porto)
Tirolês
Todas iguais
Tormento (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Torna (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Toureiro valente (Herivelto Martins / Paulo Medeiros)
Trabalha, mulher (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Trabalhou, trabalhou (Herivelto Martins / José Messias)
Traje a rigor (Herivelto Martins / J. Costa)
Transformação
Três de julho (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Treze de ouro (Herivelto Martins / Marino Pinto)
Tua partida
Tudo é samba (Herivelto Martins / Fernando Lobo)
Última festa (Herivelto Martins / Zeca Ivo)
Um caboclo abandonado (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Uruguaia
Vai
Vaidosa (Herivelto Martins / Artur Morais)
Valsinha dos namorados (Herivelto Martins / David Nasser)
Vamos dançar, Maria
Vamos soltar balão (Herivelto Martins / Francisco Sena)
Vele por mim
Velho descarado
Vencida (Herivelto Martins / A. Bruni)
Venderam o morro
Verbo amar (Herivelto Martins / Nelson Gonçalves)
Vermelho vinte e sete (Herivelto Martins / David Nasser)
Vida vazia (Herivelto Martins / Grande Otelo)
Vinte anos depois (Herivelto Martins / David Nasser)
Vou guardar meu pandeiro
Vou votar em Madureira (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)
Vou-me embora pra Goiás (Herivelto Martins / Rubens Silva)
Zé do morro
Ingrid Mikaelly