Gregório de Matos e Guerra, nascido aos 7 de abril de 1623 em Salvador-BA e falecido aos 26 de novembro de 1696 em Recife-PE. Chamado de Boca do Inferno ou Boca da Brasa, foi um advogado e poeta brasileiro da época colonial. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e um dos maiores poetas de Portugal.
Obra
Em 1850, o historiador Francisco Adolfo Varnhagen publicou 39 dos seus poemas na colectânea Florilégio da Poesia Brasileira (em Lisboa).
Afrânio Peixoto editou a restante obra, de 1923 a 1933, em seis volumes a cargo da Academia Brasileira de Letras, exceto a parte pornográfica que aparecerá publicada, por fim, em 1968, por James Amado.
A sua obra tinha um cunho bastante satírico e moderno para a época, além de chocar pelo teor erótico, de alguns de seus versos.
Entre seus grandes poemas está o "A cada canto um grande conselheiro", na qual critica os governantes da "cidade da Bahia" de sua época. Esta crítica é, no entanto, atemporal e universal - os "grandes conselheiros" não são mais que os indivíduos (políticos ou não) que "nos quer(em) governar cabana e vinha, não sabem governar sua cozinha, mas podem governar o mundo inteiro". A figura do "grande conselheiro" é a figura do hipócrita que aponta os pecados dos outros, sem olhar aos seus. Em resumo, é aquele que aconselha mas não segue os seus preceitos. (Fonte: Wikipédia)