sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Ernest Hemingway


Ernest Miller Hemingway, nascido em Oak Park aos 21 de Julho de 1899 e falecido em Ketchum aos 2 de Julho de 1961, foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961. Ainda muito jovem, quando a Grande Guerra (1914-1918) assombrava o mundo, decidiu ir à Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City Star. Tentou alistar-se no exército, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália, tornara-se monótona demais para ele. Voltou então à Europa (Paris) em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885 – 1972), Scott Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrude Stein (1874 – 1946). Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein. A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela tauromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se Levanta (1926). O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra. Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho). Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor. Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro". Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento. Ao cobrir a Guerra Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo, o que viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima. Quando a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha. Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha. Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo. Em 1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção (1953). Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954 devido ao seu ""domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo".

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Hemingway

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