sexta-feira, 3 de abril de 2020

Ana Maria Machado


Ana Maria Machado, nascida aos 24 de dezembro de 1941 na cidade do Rio de Janeiro - RJ, é uma jornalista, professora, pintora e escritora brasileira. Formada em Letras pela Universidade do Brasil, lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de las Américas com o livro De Olho nas penas. O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil. No mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978. Em 19 de julho de 2011 em entrevista no Programa do Jô declarou que já vendeu, em todas traduções, algo em torno de 19 milhões de exemplares de suas publicações. Atua intensivamente na promoção da leitura e fomento do livro. É a sexta ocupante da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras (ABL), cujo patrono é o poeta Adelino Fontoura. Foi eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha. Em 8 de dezembro de 2011 foi eleita para a presidência da Academia Brasileira de Letras para o biênio 2012/2013. 

Alguns livros de sua autoria:

Literatura infanto juvenil 

- Raul da Ferrugem Azul 
- Uma Vontade Louca 
- Amigo É Comigo 
- Isso Ninguém Me Tira 
- Bento que Bento é o Frade 
- Bisa Bia, Bisa Bel (Novela), 1981 
- De olho nas penas 
- Do outro mundo 
- O canto da praça 
- Bem do seu tamanho 
- Tudo ao mesmo tempo agora 
- O Que É? 
- Dandinha Danda 
- Abrindo Caminho 
- Alguns Medos e Seus Segredos 
- Era Uma Vez Três 
- O Gato do Mato e o Cachorro do Morro 
- Menina Bonita do Laço de Fita 
- Conto de Fadas 
- O mistério da ilha 
- Amigos Secretos 
- De carta em carta 
- Quem manda na minha boca sou eu!! 
- O domador de monstros 
- História Meio ao Contrário 

Literatura adulta 

- Alice e Ulisses, (romance), 1984 
- Aos Quatro Ventos, (romance), 1993 
- A Audácia dessa Mulher, (romance), 1999 
- Canteiros de Saturno, (romance), 1991 
- Como e Por Que Ler os Clássicos Universais desde Cedo, (livro teórico), 2002 
- Contra Corrente, (coletanea de artigos), 1999 
- Democracia, (coletanea de artigos), 1983 
- Esta Força Estranha, (biografia), 1998 
- O Mar Nunca Transborda, (romance), 1995 
- Para Sempre, (romance), 2001 
- Recado do Nome, (tese de doutorado), 1976 
- Texturas - sobre Leituras e Escritos, (coletanea de artigos), 2001 
- Tropical Sol da Liberdade, (romance), 1988 
- Um Mapa Todo Seu, 2015

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Ruth Rocha


Ruth Machado Lousada Rocha, nascida em São Paulo - SP, aos 2 de março de 1931, é uma escritora brasileira de livros infantis. Filha do médico Álvaro de Faria Machado e Esther de Sampaio Machado, tem quatro irmãos: Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre. É membro da Academia Paulista de Letras desde 25 de outubro de 2007, ocupando a cadeira 38. Formou-se em sociologia política e começou a trabalhar como orientadora educacional no Colégio Rio Branco. Em 1967, começou a escrever artigos na Revista Cláudia, com matérias sobre o tema da Educação, e em 1976, publicou o seu primeiro livro: Palavras Muitas Palavras. Sua obra mais conhecida é Marcelo, Marmelo, Martelo, que já vendeu mais de um milhão de livros. Hoje, tem mais de 130 títulos publicados, com traduções de 25 idiomas. Lançou livros no parlamento brasileiro e na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Em 2000 gravou para o Canal Futura a série "Quem Conta um Conto", uma série de animação que reproduz o poema épico de Homero, comentando as viagens e aventuras de Odisseu após a tomada de Troia até seu regresso à Ítaca na Grécia Antiga. Em 1998 foi condecorada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, além disso, ganhou outros prêmios. Em 2002 foi escolhida como membro do PEN CLUB, Associação Mundial de Escritores, localizada no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, o seu livro Escrever e Criar recebeu o prêmio Jabuti. 

Principais obras infantis: 

- Marcelo, Marmelo, Martelo 
- Ninguém gosta de mim 
- O Reizinho Mandão 
- Sapo Vira Rei Vira Sapo 
- O pic nic de catapimba 
- Meus Lápis de Cor são só Meus 
- Meu Irmãozinho me Atrapalha 
- A Menina que não Era Maluquinha 
- O Menino que Quase Virou Cachorro 
- Borba, o Gato 
- Escolinha do Mar 
- Faz Muito Tempo 
- O Que os Olhos Não Vêm 
- Procurando Firme 
- Gabriela e a Titia 
- Pra Vencer Certas Pessoas 
- Historinhas Malcriadas 
- A Arca de Noé 
- As Coisas que a Gente Fala 
- Bom Dia, Todas as Cores! 
- Como se Fosse Dinheiro 
- Davi Ataca Outra Vez 
- Este Admirável Mundo Louco 
- Faca Sem Ponta Galinha Sem Pé 
- Romeu e Julieta 
- Lindas Crianças 
- O amigo do rei 
- O menino que aprendeu a ver

terça-feira, 31 de março de 2020

Ziraldo


Ziraldo Alves Pinto, nascido em Caratinga - MG, aos 24 de outubro de 1932, é um cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhista, humorista, colunista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil. É pai da cineasta Daniela Thomas e do compositor Antonio Pinto. Ziraldo passou toda a infância em Caratinga. É irmão do também desenhista, cartunista, jornalista e escritor Zélio Alves Pinto e também de Ziralzi Alves Pinto. Estudou dois anos no Rio de Janeiro e voltou a Caratinga, tendo concluído o módulo científico (atual ensino médio). Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1957. Seu talento no desenho já se manifestava desde essa época, tendo publicado um desenho no jornal Folha de Minas com apenas 6 anos de idade. Começou a trabalhar no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo), em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista O Cruzeiro em 1957 e posteriormente no Jornal do Brasil, em 1963. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores. Em 1960 lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial. Em 1960 recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina. Foi fundador e posteriormente diretor do periódico O Pasquim, tabloide de oposição ao regime militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5. Em 1980, lançou o livro "O Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, o qual foi mais tarde adaptado na televisão e no cinema. Incansável, Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em novas iniciativas. Uma das mais recentes foi a "Revista Bundas", uma publicação de humor sobre o cotidiano que faz uma brincadeira com a revista "Caras", esta, voltada para o dia a dia de festas e ostentação da elite brasileira. Ziraldo foi também o fundador da revista "A Palavra" em 1999. Ilustrações de Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas "Private Eye" da Inglaterra, "Plexus" da França e "Mad", dos Estados Unidos. Desde o ano de 2000 participa da "Oficina do Texto", maior iniciativa de coautoria de livros do Mundo, Criada por Samuel Ferrari Lago então diretor do Portal Educacional, onde já ilustrou histórias que ganharam textos de alunos de escolas do Brasil todo, totalizando aproximadamente 1 milhão de diferentes obras editadas em coautoria com igual número de crianças. No dia 3 de outubro de 2016 recebeu a Medalha de Honra da Universidade Federal de Minas Gerais em cerimônia presidia pelo reitor Jaime Arturo Ramírez no auditório da reitoria da universidade.
Obras e criações: 

- O Menino do Rio Doce Prêmio Galo de Ouro - troféu desenhado por Ziraldo para o Festival Internacional da Canção - 1966 
- A supermãe 
- Flicts 
- O Aspite 
- Turma do Pererê 
- O Menino Maluquinho 
- O Bichinho da Maçã 
- Tia Nota Dez 
- A Fábula das Três Cores 
- O Joelho Juvenal 
- O Menino da Lua 
- Menina das Estrelas 
- O Planeta Lilás 
- Uma Professora Muito Maluquinha 
- Vito Grandam 
- O Menino e seu Amigo 
- Jeremias, o Bom 
- Queremos Paz (em parceria com crianças de todo Brasil por meio do Portal Educacional) 
- O Menino Quadradinho 
- Almanaque Maluquinho - Esportes Radicais 
- Os dez amigos 
- Rolim 
- O Olho do Consumidor 
- Menina Nina 
- Lili no Mundo da Lua 
- Noções de Coisas 
- "Pra Boi Dormir" (Ilustrador)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Cely Vilhena


Cely Maria Vilhena de Moura Falabella, nascida em Conquista - MG, aos 16/02/1930 e falecida em Belo Horizonte - MG, aos 30/07/2017. Filha de Thomaz Vilhena de Moura e Páschoa Queiroga. Seu pai chegou em Conquista em 1920, enviado pela Secretaria de Agricultura. Jovem empreendedor, fez muito pela cidade e assumiu interinamente a Prefeitura em 1931. Em 1933 foi nomeado Prefeito efetivo pelo Presidente do Estado Olegário Maciel e, em 1947, voltou à Prefeitura pelo voto direto, na chapa em que foi eleito o Governador Milton Campos. Cely casou-se com Francisco Pérsio Falabella, notável escritor e poeta. Era também funcionário Público. Tiveram 5 filhos. Cely Vilhena formou-se em Letras Neolatinas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria de Belo Horizonte, fez Licenciatura na Universidade Federal de Minas Gerais e Psicologia na Fundação Mineira de Educação e Cultura. Cursou Pós-Graduação na Faculdade de Educação da UFMG. Exerceu atividades na área de Recursos Humanos da Previdência Social, foi professora de Psicologia da Indústria e Psicologia Escolar na Faculdade de Ciências Humanas – FUMEC e psicóloga na Clínica “Mens Sana”. Além da AFEMIL, onde foi Presidente, Cely pertenceu também à Academia Municipalista de Minas Gerais, à União Brasileira dos Trovadores, seção de Belo Horizonte, ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e ao Elos Internacional, do qual foi Vice-Presidente. Recebeu vários prêmios, títulos e honrarias: Foi condecorada com a Medalha de Prata Santos Dumont e recebeu Diploma de Mérito Artístico Rômulo Paes, da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Recebeu também, da Câmara Municipal, o Diploma de Cidadã Honorária de Belo Horizonte, em homenagem que lhe foi prestada pelo vereador Márcio Cunha. Recebeu a Medalha comemorativa dos 47 anos da Academia Mineira de Trovas e a Medalha “Mulher de Minas de 2010”, do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais, por sua relevante atuação e destaque no campo cultural e literário. Cely Vilhena publicou 8 obras poéticas: Seu primeiro livro, Tempo Espera, (coletânea de poemas – 1986) foi muito bem recebido pela crítica, obteve Menção Especial no prêmio Guararapes, em concurso de âmbito nacional organizado pela União Brasileira de Escritores (Seção Rio de Janeiro em convênio com a Prefeitura de Jaboatão, Pernambuco). Nas palavras do escritor e crítico José Carlos Lisboa, nesse livro “Cely Vilhena restaura o verso, o ritmo, a medida, a semântica. Sua poesia flui como um fio de água transparente e sonora, modulada em meios expressivos, depurados, que dão aos seus poemas sob o valor descritivo, a autêntica força poética”. Com o livro Clara e Francisco – de Assis e de Deus, Romanceiro, publicado em 1994, recebeu o Prêmio Especial da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro. Ao ingressar no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, sob o patronato de Bárbara Heliodora, a autora fez uma homenagem aos ilustres consócios publicando Romance de Bárbara Eleodora, em 1999. Com este livro recebeu o Prêmio Jorge de Lima para romanceiro, da Academia Carioca de Letras e União Brasileira dos Escritores do Rio de Janeiro. Em 2002 lançou o livro Na Esteira do Tempo – Lírica, uma coletânea de poemas escritos de 1950 a 1999, divididos em nove livros. Com esta publicação, recebeu o Prêmio Centenário Emílio Moura, da Academia Mineira de Letras. Em Conquista de Meus Amores – Romanceiro, publicado em 1987, a autora pesquisa, reconstitui uma época e louva em versos a sua terra natal, Conquista. Nas palavras do conceituado historiador, Waldemar de Almeida Barbosa, “todo o livro é de um lirismo encantador e procura seguir os passos da história com fidelidade.” No livro Os Olhos de Aarão – História Poética de Belo Horizonte, Romanceiro publicado em 1988, faz uma pesquisa histórica (uma epopéia poética) sobre a fundação da capital e seu desenvolvimento. Em 2006 lançou A Casa do Menino, destinado a prestar reverência à memória de Vivaldi Moreira, um dos mais ilustres e cultos mineiros do século XX. Ao prefaciar esta obra, o então Presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró, coloca em evidência o talento da escritora, dizendo: “A personalidade intelectual de Cely Vilhena é de tal exuberância que dificulta seu enquadramento em padrões muito convencionais. Não é muito fácil identificar qual a mais empolgante, se a poeta, a cronista, a ensaísta ou a conferencista, tudo conjugado numa alma carregada de inspiração para produzir belas coisas”. Em 2007 publicou ainda um libreto Os Mistérios do Terço de Nossa Senhora, Sonetos, em homenagem à sua neta Isabel Falabella Ricaldoni, por ocasião de sua primeira comunhão.