sexta-feira, 5 de julho de 2019

Khalil Gibran


Gibran Khalil Gibran, também conhecido como Khalil Gibran, nascido em Bsharri - Líbano aos 6 de janeiro de 1883 e falecido em Nova Iorque - EUA aos 10 de abril de 1931, foi um ensaísta, filósofo liberal, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa. Seus livros e escritos, de simples beleza e espiritualidade, são reconhecidos e admirados para além do mundo árabe. Seu nome completo, transliterado para línguas ocidentais (de base alfabética predominantemente neo-latina), é Gibran Khalil Gibran, assim assinando em árabe. No colégio dos Estados Unidos, onde viveu e trabalhou a maior parte de sua vida, um erro de registro reduziu o seu nome para Khalil Gibran. Em sua relativamente curta, porém prolífica existência (viveu apenas 48 anos), Khalil Gibran produziu obra literária acentuada e artisticamente marcada pelo misticismo oriental. Sua obra, acentuadamente romântica e influenciada por fontes de aparente contraste como a Bíblia, Nietzsche e William Blake, trata de temas como o amor, a amizade, a morte e a natureza, entre outros. Escrita em inglês e árabe, expressa as inclinações religiosas e místicas do autor. Sua obra mais conhecida é o livro O Profeta, originalmente publicado em inglês e traduzido para cerca de vinte idiomas. Outro livro de destaque é o Asas Partidas, em que o autor fala de sua primeira história de amor. Gibran Khalil Gibran faleceu em 10 de abril de 1931 (Nova Iorque, Estados Unidos), causa mortis dita ser cirrose e tuberculose.

Gibran Kahlil Gibran era filho de Khalil ben Gibran, fazendeiro, e de Kamilah Rahmeh, filha do pároco do povoado de Bsherri, onde nasceu. Os pais de Gibran eram maronitas – cristãos de uma seita oriental que, embora devendo obediência ao Papa, difere da Igreja Romana, pela liturgia síria e pelo não celibato do clero. Aos sete anos de idade, Gibran gostava de isolar-se na gruta do Mosteiro de Mar Sarkis, mais tarde transformado em seu museu, para dedicar-se aos desenhos a fusain, ou à lápis. Seu pai, homem enérgico e de pouca instrução, o surrava por isso. Em 1894, quando Gibran completava 11 anos, sua mãe, decidida a tentar uma vida melhor para os filhos, mudou-se para Nova York. Na ocasião, o pai de Gibran cumpria prisão por acusação de fraude no recolhimento de impostos. Três anos depois, foi condenado e teve os bens da família confiscados. De Nova York, com a mãe e seus três irmãos, Gibran foi para Boston e fixou residência em uma comunidade libanesa, próximo a um bairro chinês. Pouco tempo depois, aos 15 anos de idade, voltou para o Líbano e ingressou na escola Al-Hikmat, em Beirute, instituição dirigida pelo clero maronita. Na ocasião, Gibran dedicou-se aos idiomas árabe e francês. Gibran decide ficar com o pai em Bsherri, durante o verão de 1899. No outono, ao retornar para Boston, onde sua mãe e suas duas irmãs trabalhavam como costureiras, e seu irmão como empregado em uma loja, Gibran não retomou a escola, nem procurou emprego, decidiu concentrar-se na pintura e na literatura. Em abril de 1902, uma das irmãs de Gibran, Sultana, morreu vítima de tuberculose. Do mesmo modo, perdeu o irmão, Pedro, em março de 1903. Três meses depois, a mãe de Gibran morreu de câncer. Gibran e sua irmã, Mariana, continuam morando em Bostonː ela, sustentando a ambos com a costura; ele, permaneceu escrevendo, desenhando e pintando. Um ano depois, aos 21 anos, Gibran possuía quadros suficientes para realizar uma exposição e, para tanto, contou com a ajuda de um fotógrafo conhecido em Boston, Fred Holland Day, amigo de Mary Haskell. 

Obras escritas em árabe:
- Música (al-Musiqah) - 1905
- Ninfas do Vale (Ara'is al-Muruj) - 1906
- Asas Quebradas (al.Ajnib al-Mutakassirah) - 1908
- Espíritos Rebeldes (al-Arwah al-Mutamarridah) - 1908
- Para Além da Imaginação (1910)
- Lágrimas e Risos (Dam a wa Ibtisamah) - 1914
- A Procissão (al Mawakib) - 1919
- A Tempestade (al-'Awasif) - 1920
- Em Direcção a Deus (Nawa Allah) - 1920
- Irão, Cidade de Imponentes Pilares (Iram Dhat al-Imad) - 1921
- Entre a Noite e a Manhã (al-Badayi' waal-Tara'if) - 1923

Obras originalmente escritas em inglês:
- O Louco (The Madman) - 1918
- Vinte Desenhos (Twenty Drawings) - 1919
- O Mensageiro (The Forerunner) - 1920
- O Profeta (The Prophet) - 1923
- Areia e Espuma (Sand and Foam) - 1926
- O Reino da Imaginação (Kingdom of the Imagination) - 1927
- Jesus, o Filho do Homem (Jesus, the Son of Man) - 1928
- Os Deuses da Terra (The Earth Gods) - 1931

Algumas obras póstumas:
- O Vagabundo (The Wanderer) - 1932
- O Jardim do Profeta (The Garden of the Prophet) - 1933
- O Discípulo de Lázaro (Lazarus and his Beloved) - 1933
- A Morte do Profeta (The Death of the Prophet) - 1933
- A Voz do Mestre (The Voice of the Master) - 1963
- Segredo do Coração (Secrets of the Heart) - 1947

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Khalil_Gibran

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

João Bosco


João Bosco de Freitas Mucci, nascido em 13 de julho de 1946 na cidade de Ponte Nova - MG, é um cantor, violonista e compositor brasileiro. Filho de pai libanês, João Bosco começou a tocar violão aos doze anos, incentivado por uma família repleta de músicos. Alguns anos depois, iniciou na Escola de Minas em Ouro Preto cursando Engenharia Civil. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo. Foi em Ouro Preto, em 1967, na casa do pintor Carlos Scliar, que conheceu Vinícius de Moraes, com o qual compôs as seguintes canções: Rosa-dos-ventos, Samba do Pouso e O mergulhador - dentre outras. Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais frequente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc, O mestre sala dos mares, O bêbado e a equilibrista, Bala com bala, Kid cavaquinho, Caça à raposa, Falso brilhante, O rancho da goiabada, De frente pro crime, Fantasia, Bodas de prata, Latin Lover, O ronco da cuíca, Corsário, dentre muitas outras. A primeira gravação saiu no disco de bolso do jornal O Pasquim: Agnus Sei (1972). No ano seguinte, selou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome. Em 1972 conheceu Elis Regina, que gravou uma parceria sua com Blanc: Bala com Bala; a carreira deslanchou quando da interpretação da cantora para o bolero Dois pra lá, dois pra cá. 

Discografia

RCA / Sony Music 
1973 - João Bosco 
1975 - Caça à raposa 
1976 - Galos de briga 
1977 - Tiro de misericórdia 
1979 - Linha de passe 
1980 - Bandalhismo 
1981 - Essa é a sua vida 

Ariola 
1982 - Comissão de Frente 
1983 - Centésima apresentação - ao vivo 

Barclay 
1984 - Gagabirô 
1986 - Cabeça de nego 

CBS/ Sony Music 
1987 - Ai ai ai de mim 
1989 - Bosco 
1991 - Zona de fronteira 
1992 - Acústico MTV - ao vivo 
1994 - Na onda que balança 
1995 - Dá licença meu senhor 
1997 - As mil e uma aldeias 
1998 - Benguelê (trilha sonora do Grupo Corpo) 
2000 - Na esquina 
2001 - Na esquina - ao vivo (CD duplo) 
2003 - Malabaristas do sinal vermelho Universal Music 
2006 - Obrigado, gente! - ao vivo (CD e DVD) 
2008 - Senhoras do Amazonas - João Bosco & NDR BIG BAND (CD) 
2009 - Não vou pro céu, mas já não vivo no chão (CD) 
2012 - 40 Anos Depois (CD e DVD)

sábado, 26 de julho de 2014

Sem data de publicação, novo livro de Ariano reforça estilo do escritor


"É Ariano no seu melhor estilo". Assim a editora Maria Amélia de Mello, responsável por revisar e publicar as obras de Ariano Suassuna desde 2002, define o livro póstumo do escritor, “O Jumento Sedutor”. Suassuna deixou a obra pronta, entretanto faltou juntar as ilustrações feitas à mão com as partes do texto, segundo Alexandre Nóbrega, genro e braço direito do autor na finalização do trabalho. Após 30 anos de produção, ainda não se sabe quando a publicação será lançada. A ideia de Ariano era publicá-la ainda este ano, conforme divulgou a editora José Olympio. Perfeccionista, o dramaturgo tinha seu próprio tempo: lia, relia, mudava palavras, redesenhava as ilustrações. Em 2006, o autor já afirmava que a obra, que começou a ser produzida nos anos 1980, estava pronta, como informou a própria assessoria de imprensa de Suassuna. “A obra estava concluída, mas ele continuava mexendo em algumas coisas. Ele pediu para a gente parar, em junho, para ele dar uma lida, mexer um pouquinho ali, como sempre fazia. Isso não é exclusivo, é comum acontecer entre os escritores. Cada um tem seu tempo, e o dele era esse. Ainda mais que ele convivia tantos anos com esse livro; o envolvimento emocional com o projeto era visceral. E, como ele dizia, esse processo de criação era melhor parte. Ele criava a mão, recortava, desenhava, colava. Era algo muito complexo. Mas a gente já havia definido o papel, o formato”, informou Maria Amélia, da editora José Olympio. Pouco se tem informações sobre o enredo de “O Jumento Sedutor”, que só deve ser revelado de fato quando for publicado. O que se sabe é que envolve teatro, poesia, romance, em um formato não convencional. O número de páginas também é desconhecido, porque precisa de uma diagramação e edição delicadas. “A ideia de Ariano era lançar ainda este ano, mas só se me entregasse em tempo hábil. Se ele demorasse mais, não teria como fazer para esse ano, porque não teríamos recursos disponíveis. Talvez a gente conseguisse para esse ano, ou começo de 2015. Mas a edição não é fácil, porque é uma obra muito complexa. Não consigo nem determinar a quantidade de páginas, mas é um livro grande, complexo”, comentou Amélia. O livro também conta com um número muito grande de personagens e uma série de histórias e ações. De acordo com Alexandre Nóbrega, ainda falta unir as ilustrações aos textos do artista. Como Ariano não usava computador, o trabalho manual exigia muito tempo e dedicação. “Ele cortava parte de textos, as ilustrações e tinha que unir uma coisa na outra. A gente não juntou esse material”, disse. Devido à recente partida do escritor, ainda não se sabe com irá acontecer os trabalhos para dar andamento à obra daqui para frente. Como pretendia lançar o livro antes do fim de 2014, Suassuna já tinha pedido para a editora Maria Amélia para fazer uma agenda de lançamento. A ideia era visitar diversas capitais do Brasil, apesar do medo de avião e da idade avançada do escritor. Agora, o público deve ainda esperar um tempo ainda não estimado para poder ter mais uma obra de Ariano em mãos.

sábado, 19 de julho de 2014

Rubem Alves


Rubem Alves, nascido em Boa Esperança, Minas Gerais em 15 de setembro de 1933 e falecido em Campinas em 19 de julho de 2014, foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, Mestre em Teologia e Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, Minas Gerais, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito. Tem um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno. Com formação eclética, transitou pelas áreas de teologia, psicanálise, sociologia, filosofia e educação. Após ter lecionado em universidades, tinha um restaurante (a culinária era uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos), e vivia em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que encontrava-se semanalmente para leitura de poesias.
Sua mensagem era direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de "homo globalizadus" que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades. "Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. "Ridendo dicere severum": rindo, dizer coisas sérias. Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer. Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas. No site A Casa de Rubem Alves encontram-se releituras e discussões de suas obras.
Foi cidadão honorário de Campinas onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura. Autor do livro Da Esperança (Teologia da Esperança Humana), Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro; o fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação.3 Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia. Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas. Foi dessa experiência que surgiu o livro Protestantismo e Repressão, que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em inglês que falava do futuro da humanidade, Filhos do Amanhã, onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado. Lançou ainda um livro chamado Variações sobre a vida e a morte, onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real. Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 2003, por ocasião das comemorações pela Reforma Protestante. Rubem Alves faleceu em 19 de julho de 2014, em Campinas, por falência múltipla de órgãos.