sábado, 7 de março de 2009

Ataulfo Alves



Ataulfo Alves de Souza, nascido aos 2 de maio de 1909 em Miraí-MG e falecido aos 20 de abril de 1969 no Rio de Janeiro-RJ, foi um compositor e cantor de samba brasileiro, e um dos sete filhos de um violeiro, acordeonista e repentista da Zona da Mata, chamado "Capitão" Severino.

Aos oito anos de idade, já escrevia versos. Foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas, menino de recados, engraxate, marceneiro e lavrador, ao mesmo tempo que frequentava a escola. Aos dez anos, perde o pai e sua mãe vai morar com os filhos no centro de Miraí.

Aos dezoito anos, fixou residência no Rio de Janeiro acompanhando um médico para o qual trabalhava dia e noite como ajudante de farmácia. Aos dezenove anos tocava violão, cavaquinho e bandolim. Casou-se com Judite com quem teve cinco filhos.

Aos vinte começou a compor e tornou-se diretor de harmonia de Fale Quem Quiser, bloco organizado pelo pessoal do bairro.

Em 1933, Almirante gravou o samba Sexta-feira, sua primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmem Miranda, gravou Tempo Perdido, garantindo sua entrada no mundo artístico.

Sua musicografia ultrapassa 32o canções, sendo uma das maiores da MPB, tendo como intérpretes importantes que fizeram versões de suas músicas, Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy e MPB-4.

Faleceu em decorrência do agravamento de uma Úlcera, após intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro, poucos dias antes de completar 60 anos de idade. (Fonte: Wikipédia)

Maiores Sucessos:

Ai, que saudades da Amélia (com Mário Lago)
Atire a primeira pedra (com Mário Lago)
Bom crioulo
Errei, erramos (com Artur Vargas Jr)
Errei, sim
Faz como eu
Gente bem também samba
Jubileu
Laranja madura
Leva meu samba
Meus tempos de criança
Marcha pró-oriente
Mulata assanhada
Na cadência do samba (com Paulo Gesta)
Nem que chova canivete
O bonde de São Januário (com Wilson Batista)
O homem e o cão
Oh! Seu Oscar (com Wilson Batista)
Pois é
Requebro da mulata
Sei que é covardia (com Claudionor Cruz)
Vai, mas vai mesmo
Vida da minha vida
Vassalo do samba

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Henriqueta Lisboa



Henriqueta Lisboa, escritora brasileira, nascida aos 15 de julho de 1901 em Lambari - MG e falecida aos 9 de outubro de 1985 em Belo Horizonte - MG. Filha de Maria Rita Vilhena Lisboa e do Conselheiro João de Almeida Lisboa. Diplomou-se normalista pelo Colégio Sion de Campanha. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro em 1926, onde seu pai ocupou o cargo de Deputado Federal.
Sua trajetória poética teve início em 1925, com a publicação do livro de poemas, Fogo Fátuo, de forte tendência simbolista, traço significativo de sua obra que se estenderá até a década de 1940. Em 1931, com o livro Enternecimento, recebeu o prêmio de poesia Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras.
Em 1935 mudou-se para Belo Horizonte, onde se notabilizou como poetisa, tradutora e ensaísta. Considerada pela crítica especializada da época como uma das grandes expressões da lírica moderna, Henriqueta Lisboa teve, a partir de 1940 até 1945, o acompanhamento profissional de Mario de Andrade, grande leitor de seu texto e conselheiro para lições de poesia. A vasta correspondência mantida entre os dois escritores demonstra o grau de cumplicidade aí instaurado, em que ela se revelava, ao mesmo tempo, a interlocutora e a amiga na discussão de temas pessoais e literários.
Sua produção intelectual se caracterizou pelo exercício da tradução, da publicação de ensaios literários, da organização de antologias e da participação em obras coletivas. Exerceu ainda várias atividades profissionais, como a de Inspetora Federal de Ensino Secundário; a de Professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira da Universidade Católica de Minas Gerais; a de Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e a de Professora de Literatura Geral da Escola de Biblioteconomia da UFMG. Em 1963 é eleita a primeira mulher da Academia Mineira de Letras, conquista profissional seguida da outorga de vários títulos honoríficos. (Fonte: http://www.letras.ufmg.br/henriquetalisboa/ )

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lamartine Babo



Lamartine Babo, nascido aos 10 de janeiro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro - RJ e falecido aos 16 de junho de 1963, também no Rio de Janeiro, foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Era tio de Oswaldo Sargentelli. Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, Lamartine criou melodias maravilhosas, resultantes de seu espírito inventivo e altamente versátil. Começou a compor aos catorze anos - a valsa "Torturas do Amor" e, aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se a músicas religiosas.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega[1], Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo, que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência. Como poucos, Lamartine alcançou os dois extremos da alma brasileira: a gozação e o sentimento.

Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou discos de vinil de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro - sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.

Lamartine Babo, o Lalá, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um... Uns desejam ir ao céu... já que atuam no éter... Outros ‘evaporam-se’ nesse mesmo éter... Os pensamentos da classe são éter... ó... gênios..." - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941.
E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama, o telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista".

Sua primeira marchinha gravada, foi a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.

Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, em junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine". (Fonte: Wikipédia)

sábado, 18 de outubro de 2008

Ary Barroso



Ary de Resende Barroso, nascido aos 7 de novembro de 1903 em Ubá - MG e falecido aos 9 de fevereiro de 1964 na cidade do Rio de Janeiro - RJ. Compositor brasileiro de música popular. Filho do deputado estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary foi adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende. Estudou na Escola Pública Guido Solero, Externado Mineiro Prof. Cícero Galindo, Ginásio São José, Ginásio Rio Branco, de Viçosa, Leopoldina e Cataguases. Estudou teoria, solfejo e piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja “A Brasileira” e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe". Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto. Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. A Faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e posteriormente ministro do STF), João Lira Filho (jurista e professor), Gastão Soares de Moura Filho (dirigente esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de Azevedo (ator), Taques Horta, Anésio Frota Aguiar (jurista, político e escritor). Adepto da boemia, é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras.
Em 1926 retoma os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos depois é contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e "Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na Faculdade de Direito. Em 1929 obtém, finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de Faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e "Vamos deixar de intimidades", que se tornou o primeiro sucesso popular. Nos anos 1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. Aquarela do Brasil teve a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada diversas vezes no Brasil e no exterior. A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos inusitados ao sair para comemorar os gols do seu time o CR Flamengo). Autor de centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha, foxtrote e samba. Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937) e Os Quindins de Yayá (1941), Boneca de piche, etc. Durante os a década de 40 e a década de 50 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmen Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero samba-exaltação. (Fonte: Wikipédia)