sábado, 7 de junho de 2014

Aldir Blanc



Aldir Blanc Mendes, nascido aos 2 de setembro de 1946 na cidade do Rio de Janeiro - RJ,  é um compositor e escritor brasileiro. Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala (sucesso na voz de Elis Regina), O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa. Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho, o qual na época tinha um irmão, o sociólogo Betinho, em exílio político no exterior.
Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior "A noite, a maré e o amor", música classificada no "III Festival Internacional da Canção" (TV Globo). No ano seguinte, classificou mais três músicas no "II Festival Universitário da Música Popular Brasileira": "De esquina em esquina" (c/ César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; "Nada sei de eterno" (c/ Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e "Mirante" (c/ César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza. Em 1970, no "V Festival Internacional da Canção" classificou-se com a composição "Diva" (com César Costa Filho). Neste mesmo ano, despontou seu primeiro grande sucesso, "Amigo é pra essas coisas" em parceria com Sílvio da Silva Júnior, interpretado pelo grupo MPB-4, com o qual participou do "III Festival Universitário de Música Popular Brasileira". Sua canção "Nação" (c/ João Bosco e Paulo Emílio), gravada em 1982 no disco de mesmo nome. foi grande sucesso na voz de Clara Nunes.
Em 1996 foi gravado o disco comemorativo Aldir Blanc - 50 Anos, com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em O Bêbado e a Equilibrista no disco comemorativo. Esse disco apresenta diversas outras participações especiais, como Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. O álbum demonstra, também, a variedade de parceiros nas composições de Aldir, ao unir suas letras às melodias de Guinga, Moacyr Luz, Cristóvão Bastos, Ivan Lins e outros. Outro parceiro notável é o compositor Guinga, com quem fez, dentre muitas outras, "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan". Também em 1996, Leila Pinheiro lançou o disco Catavento e Girassol, exclusivamente com canções da parceria de Aldir Blanc com Guinga. No disco há uma homenagem a Hermeto Pascoal, com a música Chá de Panela, que diz que "foi Hermeto Pascoal que, magistral, me deu o dom de entender que, do riso ao avião, em tudo há som". Em 2000, participou como convidado especial do disco do compositor Casquinha da Portela, interpretando a faixa "Tantos recados" (Casquinha e Candeia). Publicou, em 2006 o livro "Rua dos Artistas e transversais" (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas "Rua dos Artistas e arredores" (1978) e "Porta de tinturaria" (1981), e ainda traz outras 14 crônicas escritas para a revista "Bundas" e para o "Jornal do Brasil".

sábado, 17 de maio de 2014

Wagner Tiso

Wagner Tiso Veiga, nascido em 12 de dezembro de 1945 na cidade de Três Pontas-MG, é um músico, arranjador, regente, pianista e compositor brasileiro de formação erudita. Tiso aprendeu teoria musical com Paulo Moura e especializou-se em teclados. Participou do conjunto Sambacana em 1964 e dois anos depois foi trabalhar com o antigo mestre. Acompanhou diversos artistas, como Cauby Peixoto, Ivon Cury, Maysa e Marcos Valle. Em 1970 entrou para a banda Som Imaginário, que acompanhava as apresentações de Milton Nascimento. Integrante do Clube da Esquina, logo começou a fazer sucesso no exterior, apresentando-se em Atenas e Montreux, e também acompanhando não só Milton, como também de Flora Purim, Ron Carter e Airto Moreira. Nos anos 70, foram dele os arranjos para Gonzaguinha, Paulo Moura, Johnny Alf, MPB-4, Dominguinhos, o próprio Milton e outros.
Ascendência: Wagner é filho de Francisco Ribeiro Veiga e de Walda Tiso, de ascendência cigana1 ; neto materno de Sério (Severino) Tiso e de Isaura Cândida Correia; neto paterno de Clara Costa Ribeiro (Pimenta da Veiga) e de Francisco Correia de Figueiredo e, por este, bisneto de Francisco Correia de Carvalho e de Ana Eufrosina de Figueiredo. Ana Eufrosina era filha do Capitão Francisco Garcia de Figueiredo e de sua prima Maria Teresa de Figueiredo, neta paterna do Capitão Diogo Garcia da Cruz e de Inocência Constância de Figueiredo; neta materna de João Rodrigues de Figueiredo e de Felícia Cândida de Figueiredo. Inocência Constância e Felícia Cândida eram irmãs, filhas do Capitão-Mor José Álvares de Figueiredo - o fundador de Boa Esperança - e de Maria Vilela do Espírito Santo, esta neta da Ilhoa Júlia Maria da Caridade. Descendência: Wagner Tiso Veiga casou-se, a primeira vez, com Sílvia Costa, com quem teve a filha Índia Indira Tiso da Costa Veiga; a segunda vez, com Gisele Goldoni, com quem teve a filha Joana Goldoni Tiso. Desde 2007 está casado com Fernanda Farina. Colaterais: É primo de diversas personalidades, como: Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, Danton Mello, Eduardo Carlos Figueiredo Ferraz, Ester de Figueiredo Ferraz, José Carlos de Figueiredo Ferraz, Fátima Freire, Geraldo Freire da Silva, Morvan Aloísio Acaiaba de Resende, Nelson Freire, Newton Freire Maia, Ricardo Gumbleton Daunt, e Selton Mello, dentre outros.
Trilhas sonoras:


  • 1969 Os deuses e os mortos, filme de Ruy Guerra.
  • 1977 A lira do delírio, filme de Walter Lima Júnior.
  • 1980 Poema sujo, peça de Ferreira Gullar.
  • 1981 Inocência, filme de Walter Lima Júnior.
  • 1984 Chico Rei, filme de Walter Lima Júnior.
  • 1986 Besame mucho, filme de Francisco Ramalho Jr. e Dona Beija, telenovela da TV Manchete.
  • 1987 Tanga - Deu no New York Times, filme de Henfil.
  • 1988 O grande mentecapto, filme de Oswaldo Caldeira e O primo Basílio, minissérie da TV Globo.
  • 1989 Seis documentários para um projeto educacional do governo de Portugal e diversos documentários de Silvio Tendler, como Memórias do aço e Olhar do fotógrafo.
  • 1993 Regência de orquestra em 5 faixas do primeiro disco em formato acústico no Brasil com a banda gaúcha Engenheiros do Hawaii, no disco, "filmes de Guerra, canções de Amor".
  • 1994 O sorriso do lagarto, minissérie da Globo.
  • 1995 O guarani, filme de Norma Bengell.
  • 1997 A ostra e o vento, filme de Walter Lima Júnior.
  • 1999 Tiradentes , filme de Oswaldo Caldeira
  • Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wagner_Tiso

    terça-feira, 8 de abril de 2014

    Paulinho Pedra Azul

    Paulo Hugo Morais Sobrinho, nascido aos 4 de agosto de 1954 em Pedra Azul no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro. Além de músico, também é autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros. Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.
    A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonte onde até hoje reside. Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estreia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi". Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 21 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra.
    É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro. Apesar de não ser um constante frequentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento. A sua canção mais conhecida é "Jardim da Fantasia", que, segundo o próprio Paulinho, à apelidada de Bem-te-vi. A música teria sido feita para uma noiva falecida do compositor, mas ele nega isto.

    Discografia

    • 1982 - Jardim da fantasia (RCA/BMG/Ariola) LP/CD
    • 1984 - Uma janela dentro dos meus olhos (Independente) LP
    • 1986 - Sonho de menino (Independente) LP
    • 1988 - Pintura (Independente) LP
    • 1989 - Papagaio de papel (Independente) LP
    • 1990 - Mais uma vez (Clave de Lua) LP
    • 1991 - Paulinho Pedra Azul-10 anos/Coletânea (Clave de Lua) LP/CD
    • 1992 - Uma história brasileira (Clave de Lua) LP/CD
    • 1994 - Quarenta (Velas/Clave de Lua) CD
    • 1995 - Vivo (Velas/Clave de Lua) CD
    • 1997 - 15 Anos (Clave de Lua) CD
    • 1997 - O Instrumental Encantado (Clave de Lua) CD
    • 1997 - As Estações Do Homem (Clave de Lua) CD
    • 1998 - Alma Expressa (Coletânea) (1998) (Clave de Lua) CD
    • 1999 - E Lá Vou Eu NEssa Estrada (Escola de Canto Babaia) (Independente) CD
    • 1999 - Samba Canção (Clave de Lua) CD
    • 2000 - As Canções de Godofredo Guedes - Paulinho Pedra Azul e Wagner Tiso (NS Produções) CD
    • 2002 - 20 Anos (Clave de Lua) CD
    • 2004 - Os 50 Anos de Paulinho Pedra Azul (Clave de Lua) CD
    • 2006 - 25 Anos (Clave de Lua) CD
    • 2008 - Lavando A Alma (Clave de Lua) CD
    • 2011 - Paulinho Pedra Azul - 30 Anos (Som Livre) CD

    Livros publicados

    • 1978 - Pedaço de Gente – Independente.
    • 1984 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Infantil) – Independente.
    • 1989 - Uma Fada nos Meus Olhos (Infantil) – Editora Lê.
    • 1990 - Conta Gotas – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
    • 1990 - Soltando os Bichos (Infantil) – Editora Lê.
    • 1990 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Adulto) – Editora do Brasil.
    • 1991 - De Versos – Edições Giordano.
    • 1992 - A Canção do Circo (Infantil) – Editora Lê.
    • 1995 - A Menina da Janela (Infanto-Juvenil) – Editora Lê.
    • 1995 - Quando se Olha pra Dentro – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
    • 1998 - Do Bico do Passarinho Para o Bico da Caneta – Clave de Lua.
    • 1999 - Uma Pedra no Caminho – Clave de Lua.
    • 2000 - Dois Mundos – Clave de Lua.
    • 2002 - Delírio Habanero (Pequeno Diário em Cuba) – Clave de Lua.
    • 2004 - Poesia Noite e Dia – Clave de Lua.

    Prêmios e homenagens

    • 1984 - Placa da Fundação Cultural do Alto Paranaíba - FUCAP - Patos de Minas.
    • 1989 - Placa de Prata da AMAZUL – 1º Encontro do Pedrazulense Ausente.
    • 1989 - Placa de Prata da Rádio Galáxia - Coronel Fabriciano.
    • 1990 - Placa de Prata "Recordista de Público no Teatro Atiaia" – Governador Valadares.
    • 1992 - Troféu Corpo Livre – Pedra Azul.
    • 1992 - Comenda Tiradentes – Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
    • 1992 - Mérito Artístico Godofredo Guedes – Montes Claros.
    • 1992 - Título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
    • 1993 - Placa de Prata do Jequitibar – Belo Horizonte.
    • 1994 - Placa de Prata do Colégio Imaculada Conceição – Belo Horizonte.
    • 1995 - Prêmio "Altamente Recomendável" – Fundação Nacional do Livro Infantil e Infanto-Juvenil.
    • 1995 - Placa de Prata do Colégio Delfim Moreira – Belo Horizonte.
    • 1995 - Troféu Pró-Música melhor cantor – Belo Horizonte.
    • 1995 - Troféu Faísca melhor cantor – Belo Horizonte.
    • 1996 - Troféu Onda melhor cantor “AMIRT” – Belo Horizonte.
    • 1996 - Mérito Artístico Rômulo Paes – Câmara Municipal de Belo Horizonte.
    • 1997 - Título de Cidadão Honorário de Uberaba.
    • 1998 - Convidado especial no 1º Encontro de Culturas Irmãs na cidade de Havana - Cuba.
    • 1999 - Troféu Aplauso – Governador Valadares.
    • 1999 - Placa de Prata Projeto Novas Ondas do Jequi – Belo Horizonte.
    • 2000 - Título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro.
    • 2000 - Placa de Prata do Colégio Pampulha – Belo Horizonte.
    • 2000 - Placa de Prata do Colégio Pitágoras Cidade Jardim – Belo Horizonte.
    • 2000 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "Soltando os bichos" - Parceria com Gilvan de Oliveira.
    • 2002 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Parceria com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga.
    • 2002 - Troféu Bonsucesso de Artes Cênicas – AMPARC – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga (2002).
    • 2004 - Troféu Carlos Drummond de Andrade "Noite dos Notáveis" – Itabira - MG.
    • 2006 - Comenda dos Inconfidentes (Maior Honraria do Estado de Minas Gerais) Governo Aécio Neves - Diamantina.
    • 2006 - Diploma de Honra ao Mérito da Ordem dos Músicos do Brasil.
    • 2007 - Troféu Pró-Música Músico do Ano – Belo Horizonte.
    • 2011 - Comenda da Paz Chico Xavier (100 anos)- Uberaba
    • 2012 - Tom da palavra BH News TV -o programa recebe músicos de Minas Gerais
    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinho_Pedra_Azul

    sábado, 15 de março de 2014

    Dorival Caymmi

    Dorival Caymmi, nascido em Salvador - BA, aos 30 de abril de 1914 e falecido no Rio de Janeiro - RJ, aos 16 de agosto de 2008, foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro. Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos. Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007.
    Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena. Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos também são cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. Caymmi era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda e cujo nome era grafado Caymmi. Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Seu pai era funcionário público e músico amador, tocava, além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola, cresceu sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e começa a trabalhar em uma redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o fechamento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas.
    Em 1930 escreveu sua primeira música: 'No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá. Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer. Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como calouro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O que é que a Baiana Tem?, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938. Sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da Bahia: O Mar, História de Pescadores, É Doce Morrer no Mar, A Jangada Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras. Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.