terça-feira, 8 de abril de 2014

Paulinho Pedra Azul

Paulo Hugo Morais Sobrinho, nascido aos 4 de agosto de 1954 em Pedra Azul no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro. Além de músico, também é autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros. Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.
A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonte onde até hoje reside. Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estreia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi". Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 21 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra.
É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro. Apesar de não ser um constante frequentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento. A sua canção mais conhecida é "Jardim da Fantasia", que, segundo o próprio Paulinho, à apelidada de Bem-te-vi. A música teria sido feita para uma noiva falecida do compositor, mas ele nega isto.

Discografia

  • 1982 - Jardim da fantasia (RCA/BMG/Ariola) LP/CD
  • 1984 - Uma janela dentro dos meus olhos (Independente) LP
  • 1986 - Sonho de menino (Independente) LP
  • 1988 - Pintura (Independente) LP
  • 1989 - Papagaio de papel (Independente) LP
  • 1990 - Mais uma vez (Clave de Lua) LP
  • 1991 - Paulinho Pedra Azul-10 anos/Coletânea (Clave de Lua) LP/CD
  • 1992 - Uma história brasileira (Clave de Lua) LP/CD
  • 1994 - Quarenta (Velas/Clave de Lua) CD
  • 1995 - Vivo (Velas/Clave de Lua) CD
  • 1997 - 15 Anos (Clave de Lua) CD
  • 1997 - O Instrumental Encantado (Clave de Lua) CD
  • 1997 - As Estações Do Homem (Clave de Lua) CD
  • 1998 - Alma Expressa (Coletânea) (1998) (Clave de Lua) CD
  • 1999 - E Lá Vou Eu NEssa Estrada (Escola de Canto Babaia) (Independente) CD
  • 1999 - Samba Canção (Clave de Lua) CD
  • 2000 - As Canções de Godofredo Guedes - Paulinho Pedra Azul e Wagner Tiso (NS Produções) CD
  • 2002 - 20 Anos (Clave de Lua) CD
  • 2004 - Os 50 Anos de Paulinho Pedra Azul (Clave de Lua) CD
  • 2006 - 25 Anos (Clave de Lua) CD
  • 2008 - Lavando A Alma (Clave de Lua) CD
  • 2011 - Paulinho Pedra Azul - 30 Anos (Som Livre) CD

Livros publicados

  • 1978 - Pedaço de Gente – Independente.
  • 1984 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Infantil) – Independente.
  • 1989 - Uma Fada nos Meus Olhos (Infantil) – Editora Lê.
  • 1990 - Conta Gotas – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
  • 1990 - Soltando os Bichos (Infantil) – Editora Lê.
  • 1990 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Adulto) – Editora do Brasil.
  • 1991 - De Versos – Edições Giordano.
  • 1992 - A Canção do Circo (Infantil) – Editora Lê.
  • 1995 - A Menina da Janela (Infanto-Juvenil) – Editora Lê.
  • 1995 - Quando se Olha pra Dentro – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
  • 1998 - Do Bico do Passarinho Para o Bico da Caneta – Clave de Lua.
  • 1999 - Uma Pedra no Caminho – Clave de Lua.
  • 2000 - Dois Mundos – Clave de Lua.
  • 2002 - Delírio Habanero (Pequeno Diário em Cuba) – Clave de Lua.
  • 2004 - Poesia Noite e Dia – Clave de Lua.

Prêmios e homenagens

  • 1984 - Placa da Fundação Cultural do Alto Paranaíba - FUCAP - Patos de Minas.
  • 1989 - Placa de Prata da AMAZUL – 1º Encontro do Pedrazulense Ausente.
  • 1989 - Placa de Prata da Rádio Galáxia - Coronel Fabriciano.
  • 1990 - Placa de Prata "Recordista de Público no Teatro Atiaia" – Governador Valadares.
  • 1992 - Troféu Corpo Livre – Pedra Azul.
  • 1992 - Comenda Tiradentes – Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
  • 1992 - Mérito Artístico Godofredo Guedes – Montes Claros.
  • 1992 - Título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
  • 1993 - Placa de Prata do Jequitibar – Belo Horizonte.
  • 1994 - Placa de Prata do Colégio Imaculada Conceição – Belo Horizonte.
  • 1995 - Prêmio "Altamente Recomendável" – Fundação Nacional do Livro Infantil e Infanto-Juvenil.
  • 1995 - Placa de Prata do Colégio Delfim Moreira – Belo Horizonte.
  • 1995 - Troféu Pró-Música melhor cantor – Belo Horizonte.
  • 1995 - Troféu Faísca melhor cantor – Belo Horizonte.
  • 1996 - Troféu Onda melhor cantor “AMIRT” – Belo Horizonte.
  • 1996 - Mérito Artístico Rômulo Paes – Câmara Municipal de Belo Horizonte.
  • 1997 - Título de Cidadão Honorário de Uberaba.
  • 1998 - Convidado especial no 1º Encontro de Culturas Irmãs na cidade de Havana - Cuba.
  • 1999 - Troféu Aplauso – Governador Valadares.
  • 1999 - Placa de Prata Projeto Novas Ondas do Jequi – Belo Horizonte.
  • 2000 - Título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro.
  • 2000 - Placa de Prata do Colégio Pampulha – Belo Horizonte.
  • 2000 - Placa de Prata do Colégio Pitágoras Cidade Jardim – Belo Horizonte.
  • 2000 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "Soltando os bichos" - Parceria com Gilvan de Oliveira.
  • 2002 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Parceria com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga.
  • 2002 - Troféu Bonsucesso de Artes Cênicas – AMPARC – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga (2002).
  • 2004 - Troféu Carlos Drummond de Andrade "Noite dos Notáveis" – Itabira - MG.
  • 2006 - Comenda dos Inconfidentes (Maior Honraria do Estado de Minas Gerais) Governo Aécio Neves - Diamantina.
  • 2006 - Diploma de Honra ao Mérito da Ordem dos Músicos do Brasil.
  • 2007 - Troféu Pró-Música Músico do Ano – Belo Horizonte.
  • 2011 - Comenda da Paz Chico Xavier (100 anos)- Uberaba
  • 2012 - Tom da palavra BH News TV -o programa recebe músicos de Minas Gerais
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinho_Pedra_Azul

sábado, 15 de março de 2014

Dorival Caymmi

Dorival Caymmi, nascido em Salvador - BA, aos 30 de abril de 1914 e falecido no Rio de Janeiro - RJ, aos 16 de agosto de 2008, foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro. Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos. Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007.
Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena. Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos também são cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. Caymmi era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda e cujo nome era grafado Caymmi. Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Seu pai era funcionário público e músico amador, tocava, além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola, cresceu sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e começa a trabalhar em uma redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o fechamento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas.
Em 1930 escreveu sua primeira música: 'No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá. Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer. Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como calouro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O que é que a Baiana Tem?, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938. Sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da Bahia: O Mar, História de Pescadores, É Doce Morrer no Mar, A Jangada Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras. Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.

terça-feira, 4 de março de 2014

Lô Borges

Salomão Borges Filho, nascido aos 10 de janeiro de 1952 em Belo Horizonte - MG, é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É co-autor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira. Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, Paisagem da Janela, Para Lennon e McCartney, Clube da Esquina n.º 2 e O Trem Azul.1 É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini e até por ídolos do pop-rock, como Nenhum de Nós, Ira!, Skank e Nando Reis, entre outros. A canção "Paisagem da Janela" foi regravada em 1995 pela Elba Ramalho e em 2000 por Vanessa Rangel.
Discografia
  • 1972: Clube da Esquina
  • 1972: Lô Borges
  • 1979: A Via Lactea
  • 1980: Os Borges
  • 1981: Nuvem Cigana
  • 1984: Sonho Real
  • 1987: Solo - Ao Vivo
  • 1996: Meu Filme
  • 2001: Feira Moderna
  • 2003: Um Dia e Meio
  • 2006: BHanda
  • 2008: Intimidade
  • 2009: Harmonia
  • 2011: Horizonte Vertical
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B4_Borges

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Milton Nascimento


Milton Nascimento, nascido em 26 de outubro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro - RJ, apelidado "Bituca", é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira. Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.
Filho da empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento que tentou criar Milton, o registrou, mas veio a falecer de tuberculose antes de Milton criança completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó. Uma das duas filhas do casal para o qual sua mãe trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e propôs adotar Milton. A avó concordou. Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio, e mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Foi apelidado "Bituca" por fazer um bico quando contrariado.
Milton começou a gostar de música por influência da mãe. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner ao lado do amigo Wagner Tiso em um conjunto de baile de Três Pontas. Gravou a primeira canção, Barulho de trem, em 1962. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compôr com mais frequência; datam dessa época as composições Novena e Gira Girou (1964), ambas com Márcio Borges. Na pensão onde foi morar na capital, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio.
Dos encontros na esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis surgiram os acordes e letras de canções como Cravo e Canela, Alunar, Para Lennon e McCartney, Trem azul, Nada será como antes, Estrelas, São Vicente e Cais. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da esquina, que era duplo e apresentava um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética.
O Clube da esquina escreveu um dos mais importantes capítulos da história da MPB. Chamou a atenção dos músicos brasileiros e estrangeiros, dada a sua ousadia artística e criatividade inovadora. Quando do lançamento, a crítica especializada não teve a capacidade de entender o que estava acontecendo e fez comentários severos a respeito da obra. Pouco tempo depois o disco teve reconhecimento internacional e ganhou o prestígio merecido aqui no Brasil também. O álbum virou disco de cabeceira de músicos no mundo inteiro, tornando-se referência estilística e estética da música contemporânea, e levou Milton Nascimento a ser convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton de uma vez por todas no mercado norte-americano.
Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as músicas para a peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. EM 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno. No mesmo ano, a composição Canção do Sal foi gravada por Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), onde se destacam Catavento e uma versão de Travessia chamada Bridges. Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período Para Lennon e McCartney (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lo Borges) e Clube da Esquina. No disco Sentinela (1980), foi um grande sucesso a composição Canção da América. No ano seguinte, estourou a canção Caçador de Mim (uma composição de Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão). Também participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e Os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog). Entre outros sucessos, destacam-se Maria, Maria (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de Coração de Estudante (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a Canção da América, que versa sobre a Amizade, foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994). Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983.
Milton Nascimento integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma plateia de mais de 200 mil pessoas. Milton interpretou a canção Beatriz, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, participou em 1985 do Nordeste Já, versão brasileira do USA for Africa que criou as canções "Chega de mágoa" e "Seca d'água". Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha "A Voz Coral" feita especialmente para o homenageado. Além disso, neste mesmo ano, o cantor, e padrinho da banda Roupa Nova, Milton Nascimento foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa "Nos Bailes da Vida", de composição de Milton, como forma de agradecimento pelo que ele fez para o grupo durante os 30 anos de carreira, já que ambos vieram de 'bailes'.
O diretor Marcelo Flores está preparando um filme celebrando os 50 anos de carreira do cantor, Milton - A Voz. híbrido de documentário e ficção, o filme incluirá além de cenas atuais, recriações de passagens da vida de Milton com o músico interpretado por Fabrício Boliveira.


  • Travessia - Codil, 1967
  • Courage - A&M/CTI, 1968
  • Milton Nascimento - Odeon, 1969
  • Milton - Odeon, 1970
  • Clube da Esquina (com Lô Borges) - EMI Odeon, 1972
  • Milagre dos Peixes - EMI Odeon, 1973
  • Milagre dos Peixes (Ao Vivo) - EMI Odeon, 1974
  • Native Dancer com Wayne Shorter - Columbia, 1974
  • Minas - EMI Odeon, 1975
  • Geraes - EMI Odeon, 1976
  • Milton - A&M, 1976
  • Clube da Esquina 2 - EMI Odeon, 1978
  • Journey To Dawn - A&M, 1979
  • Sentinela - Barclay, 1980
  • Caçador de Mim - Ariola, 1981
  • Anima - Ariola, 1982
  • Missa dos Quilombos - Ariola, 1992
  • Ao Vivo - Barclay, 1983
  • Encontros e Despedidas - Barclay, 1985
  • Corazón Americano - 1986
  • A Barca dos Amantes - Barclay, 1986
  • Yauaratê - CBS, 1987
  • Miltons - CBS, 1989
  • Txaí - CBS, 1990
  • O Planeta Blue na Estrada do Sol - Columbia, 1992
  • Angelus - Warner, 1994
  • Amigo - Warner, 1995
  • Nascimento - Warner, 1997
  • Tambores de Minas - Warner, 1997
  • Milton Nascimento 'Crooner' - Warner, 1999
  • Gil & Milton (com Gilberto Gil) - Warner, 2000
  • Pietá - Warner, 2002
  • O Coronel e o Lobisomem, 2005
  • Novas Bossas, 2008
  • ...E a Gente Sonhando, 2010
  • Uma Travessia, 50 Anos de Carreira Ao Vivo, 2013