domingo, 16 de março de 2008

Cora Coralina
























Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida em Goiás-GO aos 20 de agosto de 1889 e falecida em Goiânia-GO aos 10 de abril de 1985. Doceira de profissão, Cora Coralina (pseudônimo), produziu obra rica em motivos do cotidiano do interior do Brasil, mais particularmente dos becos e ruas históricas de Goiás. Carlos Drumond de Andrade foi grande admirador de sua poesia, e a partir daí em todo o Brasil passou a ter o seu merecido reconhecimento. (Fonte: Wikipédia)

Livros e outras obras:

- Estórias da casa velha da ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais
- Meninos verdes (Infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha
- A moeda de ouro que o pato engoliu (Infantil)
- Vintém de cobre

"Saber Viver"

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe, Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

sábado, 15 de março de 2008

Monteiro Lobato

























José Bento Renato Monteiro Lobato, nascido em Taubaté-SP aos 18 de abril de 1882 e falecido em São Paulo-SP em 4 de julho de 1948. Em 1904 diplomou-se Bacharel em Direito, no entanto, foi como escritor, e um dos mais influentes do séxulo XX, que ficou popularmente conhecido, principalmente pelo conjunto educativo de sua produção literária infantil. (Fonte: Wikipédia)

Coleção Sítio do Picapau Amarelo:

Outros livros infantis:

1920 - A menina do narizinho arrebitado
1921 - Fábulas de Narizinho
1921 - Narizinho arrebitado (incluído em Reinações de Narizinho)
1922 - O marquês de Rabicó (incluído em Reinações de Narizinho)
1924 - A caçada da onça
1924 - Jeca Tatuzinho
1924 - O noivado de Narizinho (incluído em Reinações de Narizinho, com o nome de O casamento de Narizinho)
1928 - Aventuras do príncipe (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - O Gato Félix (incluído em Reinações de Narizinho)
1928 - A cara de coruja (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O irmão de Pinóquio (incluído em Reinações de Narizinho)
1929 - O circo de escavalinho (incluído em "Reinações de Narizinho, com o nome O circo de cavalinhos)
1930 - A pena de papagaio (incluído em Reinações de Narizinho)
1931 - O pó de pirlimpimpim (incluído em Reinações de Narizinho)
1933 - Novas reinações de Narizinho
1938 - O museu da Emília (peça de teatro, incluída no livro Histórias diversas)

Livros para adultos:

O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918)
Urupês (1918)
Problema vital (1918)
Cidades mortas (1919)
Idéias de Jeca Tatu (1919)
Negrinha (1920)
A onda verde (1921)
O macaco que se fez homem (1923)
Mundo da lua (1923)
Contos escolhidos (1923)
O garimpeiro do Rio das Garças (1924)
O choque (1926)
Mr. Slang e o Brasil (1927)
Ferro (1931)
América (1932)
Na antevéspera (1933)
Contos leves (1935)
O escândalo do petróleo (1936)
Contos pesados (1940)
O espanto das gentes (1941)
Urupês, outros contos e coisas (1943)
A barca de Gleyre (1944)
Zé Brasil (1947)
Prefácios e entrevistas (1947)
Literatura do minarete (1948)
Conferências, artigos e crônicas (1948)
Cartas escolhidas (1948)
Críticas e outras notas (1948)
Cartas de amor (1948)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Olavo Bilac

























Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, nascido no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865 e falecido, também no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 1918. Jornalista e Poeta, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira 15 cujo patrono é Gonçalves Dias. Publicou inúmeras crônicas e colaborou com vários jornais, mas imortalizou-se como poeta, sendo eleito em 1907 pela revista Fon-Fon do Rio de Janeiro como Príncipe dos Poetas Brasileiros. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia fo a maior liderança e expressão do Parnasianismo (movimento de origem francesa, surgido no século XIX, que representou na poesia o espírito positivista e científico da época) no Brasil. Foi, ainda, o autor da letra do Hino à Bandeira nacional brasileira. (Fonte: Wikipédia)



Suas Obras:
Poesias (1888)
Crônicas e novelas (1894)
Crítica e fantasia (1904)
Conferências literárias (1906)
Dicionário de rimas (1913)
Tratado de versificação (1910)
Ironia e piedade, crônicas (1916)
Tarde (1919); Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957), e obras didáticas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Saudação ao Juazeiro do Norte (Patativa do Assaré)

























Saudação ao Juazeiro do Norte

Mesmo sem eu ter estudo
sem ter do colégio o bafejo,
Juazeiro, eu te saúdo
com o meu verso sertanejo
Cidade de grande sorte,
de Juazeiro do Norte
tens a denominação,
mas teu nome verdadeiro
será sempre Juazeiro
do Padre Cícero Romão.

O Padre Cícero Romão
que, vocação celeste
foi, com direito e razão
o Apóstolo do Nordeste.
Foi ele o teu protetor
trabalhou com grande amor,
lutando sempre de pé
quando vigário daqui,
ele semeou em ti
a sementeira da fé.

E com milagre estupendo
a sementeira nasceu,
foi crescendo, foi crescendo
Muito ao longe se estendeu
com a virtude regada
foi mais tarde transformada
em árvore frondosa e rica.
E com luz medianeira
inda hoje a sementeira
cresce, flora e frutifica.

Juazeiro, Juazeiro
jamais a adversidade
extinguirá o luzeiro
da tua comunidade.
morreu o teu protetor,
porém a crença e o amor
vive em cada coração
e é com razão que me expresso
tu deves o teu progresso
ao Padre Cícero Romão.

Aquele ministro amado
que tanto favor nos fez,
conselheiro consagrado
e o doutor do camponês,
contradizer não podemos
E jamais descobriremos
O prodígio que ele tinha:
Segundo a popular crença,
curava qualquer doença,
com malva branca e jarrinha.

Juazeiro, Juazeiro
tua vida e tua história
para o teu povo romeiro
merece um padrão de glória.
De alegria tu palpitas,
ao receber as visitas
de longe, de muito além,
Grande glória tu viveste!
Do nosso caro Nordeste
tu és a Jerusalém.

Sempre me lembro e relembro,
não hei de me deslembrar:
O dia 2 de Novembro,
tua festa espetacular
pois vem de muitos Estados
os carros superlotados
conduzindo os passageiros
e jamais será feliz
aquele que contradiz
a devoção dos romeiros.

No lugar onde se achar
um fervoroso romeiro,
ai daquele que falar,
contra ou mal, do Juazeiro.
Pois entre os devotos crentes,
velhos, moços e inocentes,
a piedade é comum,
porque o santo reverendo
se encontra ainda vivendo
no peito de cada um.

Tu, Juazeiro, és o abrigo
da devoção e da piedade.
Eu te louvo e te bendigo
por tua felicidade,
me sinto bem, quando vejo
que tu és do sertanejo
a cidade predileta.
Por tudo quanto tu tens
recebe estes parabéns
do coração de um poeta.

(Fonte: Academia Brasileira de Literatura de Cordel) http://www.ablc.com.br/historia/hist_cordelistas.htm