sábado, 16 de novembro de 2013

Edu Lobo


Eduardo de Góes Lobo, nascido aos 29 de agosto de 1943 na cidade do Rio de Janeiro é um cantor, compositor, arranjador e instrumentista brasileiro. Filho do compositor Fernando Lobo, começou na música tocando acordeon, mas acabou se interessando pelo violão, contra a vontade do pai. Iniciou a carreira nos anos 60 fortemente influenciado pela bossa nova, quando então numa parceria com Vinicius de Moraes, compôs Só Me Fez Bem. Porém, com o decorrer do tempo adotou uma postura mais político-social, refletindo os anseios da geração reprimida pela ditadura militar brasileira. Nesta fase surgiu uma parceria com Ruy Guerra e as composições engajadas Reza e Aleluia. Ao mesmo tempo em que participava de vários festivais de música popular, obtendo o primeiro prêmio em 1965 como Arrastão (com Vinicius de Moraes) e em 1967 com Ponteio (com Capinam), e que venceu o Terceiro Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, Edu dedica-se a compor trilhas para espetáculos teatrais, entre eles o histórico Arena Conta Zumbi, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri. 

Depois de uma temporada nos Estados Unidos, Edu volta ao Brasil e retoma várias parcerias, entre elas a com Chico Buarque, e compõem a música de novas peças e balés. Pensado originalmente para o ballet teatro do Balé Teatro Guaíra, e inspirado no poema homônimo do parnasianista/ modernista Jorge de Lima (da obra A Túnica Inconsútil, 1938), o espetáculo estreou em 17 de março de 19831 , mesclando música, balé, ópera, circo, teatro e poesia. Tamanho o sucesso, originou uma turnê de dois anos pelo país, assistida por mais de duzentas mil pessoas, em quase duzentas apresentações. Consagrou umas das mais completas obras já apresentadas no país, lotando o Maracanãzinho e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa. As canções foram interpretadas por Milton Nascimento,Jane Duboc, Gal Costa, Simone, Gilberto Gil, Zizi Possi, entre outros. O disco coletivo foi lançado pela Som Livre. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da uma versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. 

O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. O disco Meia-noite recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco de música popular brasileira do ano de 1995. O disco Cambaio, gravado com Chico Buarque, recebeu o Grammy Latino de melhor álbum de MPB (2002).

Discografia:

  1. Eduardo Lobo - Compacto Duplo - 1962 Gravadora: Copacabana
  2. A música de Edu Lobo Por Edu Lobo - 1964 - Arranjos: Edu Lobo / Luis Eça Gravadora: Elenco
  3. Edu canta Zumbi - 1965 - Arranjos: Guerra Peixe
  4. Edu e Bethânia - Edu Lobo / Maria Bethania - 1966 Gravadora: Elenco
  5. Reencontro - Sylvia Telles / Edu Lobo / Trio Tamba / Quinteto Villa-Lobos - 1966
  6. Edu - Edu Lobo - 1967 Gravadora: Philips
  7. From the hot afternoon - Paul Desmond - 1969 - Arranjos: Don Sebesky
  8. Sérgio Mendes presents Lobo - Edu Lobo - 1970 - Arranjos: Edu Lobo / Sérgio Mendes
  9. Cantiga de longe - Edu Lobo - 1970 - Arranjos: Hermeto Paschoal / Edu Lobo Gravadora: Elenco
  10. Missa Breve - Edu Lobo / Milton Nascimento - 1972 - Arranjos: Edu Lobo Gravadora: EMI Odeon
  11. Deus lhe pague - Varios / Several - 1976 - Arranjos: Lindolfo Gaya Gravadora: EMI ODEON
  12. Limite das águas - Edu Lobo - 1976 - Arranjos: Edu Lobo / Mauricio Maestro Gravadora: Continental
  13. Camaleão - Edu Lobo - 1978 - Arranjos: Edu Lobo / Mauricio Maestro / Dori Caymmi Gravadora: Philips}}
  14. Tempo presente - Edu Lobo - 1980 - Arranjos: Edu Lobo / Dori Caymmi Gravadora: Polygram
  15. Edu & Tom - Edu Lobo / Tom Jobim - 1981 - Arranjos: Edu Lobo / Tom Jobim Gravadora: Polygram
  16. Jogos de Dança - 1981 - Arranjos: Edu Lobo
  17. O Grande Circo Místico - Milton Nascimento / Jane Duboc / Gal Costa / Simone / Gilberto Gil / Tim Maia / Zizi Possi / Chico Buarque / Edu Lobo - 1983 - Arranjos: Chiquinho de Moraes / Edu Lobo Gravadora: Som Livre
  18. Dança da Meia Lua - Edu Lobo - 1985 Gravadora: Sigla
  19. O Corsário do Rei - Fagner / Edu Lobo / ChicoBuarque / Blitz / Gal Costa / MPB4 / Nana Caymmi / Lucinha Lins / Tom Jobim / Zé Renato / Claudio Nucci / Ivan Lins / Marco N - 1985 - Arranjos: Chico de Moraes / Eduardo Souto Neto - arranjos vocais: Mauricio Maestro Gravadora: Som Livre
  20. Rá-Tim-Bum - Boca Livre, Caetano Veloso, Joyce, Maíra, Quarteto Quatro por Quatro, Ze Renato, Edu Lobo, Jane Duboc, Rosa Maria - 1989 - Arranjos: Cristóvão Bastos / Chico de Moraes
  21. Corrupião - Edu Lobo - 1993 - Arranjos: Edu Lobo Gravadora: Velas
  22. Meia Noite - Edu Lobo, Dori Caymmi - 1995 - Arranjos: Cristovão Bastos Gravadora: Velas
  23. Songbook Edu Lobo - Varios / Various - 1995 Gravadora: Lumiar Discos
  24. Álbum de Teatro - 1997 - Arranjos: Chico de Moraes, Cristovão Bastos, Eduardo Souto Neto, Nelson Ayres, Paulo Bellinati Gravadora: BMG
  25. Cambaio - Edu Lobo / Chico Buarque / Gal Costa / Lenine / Zizi Possi - 2002
  26. Tantas Marés - Edu Lobo - 2010 - Gravadora Biscoito Fino
  27. Edu Lobo e The Metropole Orkest - 2013 - Gravadora Biscoito Fino

sábado, 24 de agosto de 2013

Anastácia


Lucinete Ferreira, nascida aos 30 de maio de 1941 em Recife - PE, é uma cantora e compositora brasileira. Seu interesse pela música surgiu muito cedo, aos sete anos de idade. Nessa época, acompanhava um cantador de cocos no bairro Macaxeira, onde ela vivia. Iniciou a carreira no ano de 1954, cantando na Rádio Jornal do Comércio no Recife. Interpretava canções do sul do país, principalmente sucessos de Celly Campello. Em 1960, transferiu-se para São Paulo, onde passou a cantar gêneros nordestinos. Fez shows pelo interior paulista, participando da "Caravana do peru que fala", com Sílvio Santos. Em seguida apresentou-se com a dupla nordestina Venâncio e Corumba. Ganhou nessa época o nome artístico de Anastácia, dado pelo produtor, cantor e compositor Palmeira, então diretor da gravadora Chantecler. Gravou em 1960 seu primeiro disco, um compacto com as músicas Noivado longo, de Max Nunes, Chuleado, A Dica do Deca e Forró fiá, todas de Venâncio e Corumbá. Em 1961 gravou o primeiro LP pela Chantecler. Em 1963, o cantor Noite Ilustrada gravou a primeira composição de Anastácia, Conselho de amigo, feita em parceria com Italúcia. Passou, em seguida, para a gravadora Continental onde gravou quatro LPs, que obtiveram sucesso especialmente no Nordeste. Em meados da década de 60, conheceu o cantor Dominguinhos num programa de Luiz Gonzaga na extinta TV Continental no Rio de Janeiro, com quem se casou e fez parceria musical. Com Dominguinhos participou de uma caravana artística com o "Rei do baião". Em 1969, participou com Dominguinhos do Festival de Música Regional Nordestina, promovido pela TV Bandeirantes, com as composições Um mundo de amor, que não foi classificada e De amor eu morrerei, que chegou em segundo lugar, as duas defendidas pela cantora nordestina Marinês. Com Dominguinhos compôs mais de 50 músicas. Em 1969, lançou pela RCA Victor o disco Caminho da roça, com a participação de Luiz Gonzaga nas faixas Minha gente, eu vou me embora, de Antônio Barros e Feira do pobre, de Onildo Almeida. Em 1970, lançou o LP Canto do sabiá, apenas com composições próprias. No mesmo ano, gravou duas composições, De amor eu morrerei e Um mundo de amor, no LP Festival nordestino, ambas de sua autoria e Dominguinhos. Em 1971, lançou o LP Torrão de ouro. Em 1973, Gilberto Gil gravou sua composição Eu só quero um xodó, parceria com Dominguinhos, em gravação clássica. Essa música recebeu mais de 20 regravações. O mesmo Gilberto Gil gravou com sucesso a canção Tenho sede, regravando-a em 1994 no disco Unplugged. Em 1974, teve duas de suas músicas gravadas por duas das maiores cantoras brasileiras, Gal Costa, que regravou De amor eu morrerei e Ângela Maria que gravou Amor que não presta não serve pra mim. Anastácia gravou cerca de 30 discos, constituindo-se numa das maiores nomes do forró. Outros intérpretes que gravaram composições suas foram Nana Caymmi, Cláudia Barroso, Jane Duboc, Doris Monteiro, José Augusto, Ângela Maria e outros, além dos internacionais Paul Murriat, Timy Thomas e Ornela Vanoni.

Em 1989, participou, juntamente com o grupo Bendegó e Cézar do Acordeom, do LP "Forró bom! - É do ABC!!!", da gravadora Musicolor/Continental, disco no qual interpretou "Forró bom é do Abc", "Quando me lembro de tu", e "Eu tô doida pra te ver", de sua autoria, e "Nó no pescoço", parceria com Marcos Rozilla. Em 1994, a composição "Tenho sede" foi regravada por Gilberto Gil, no disco "Unplugged". Gravou cerca de 30 discos, constituindo-se numa das maiores artistas do forró.
Em 2009, lançou o CD "Amor entre quatro paredes", do qual foi responsável pela produção musical, junto com Deca, e pela produção executiva. Das 18 faixas, 17 contaram com a sua assinatura, em parcerias com compositores como Messias Lima, Liane, e Chico Macambira, além de seu ex-marido, Dominguinhos. Em 30 de maio de 2011, data em que completou setenta anos, lançou em Recife o livro "Eu sou Anastácia - histórias de uma rainha", escrito em parceria com a cantora e historiadora Lêda Dias. O livro contou com o patrocínio do Funcultura, do FUNDARPE e da Secretaria de Educação do Governo de Pernambuco. O lançamento reuniu amigos da cantora e diversos artistas representativos da música regional de Pernambuco. Nesse mesmo ano, somando 210 composições com Dominguinhos, que vão do samba ao baião e forró, entre outros ritmos, e comemorando 56 anos de carreira, foi atração no programa "Sr. Brasil", apresentado por Rolando Boldrin, na TV SESC. Na oportunidade, deu entrevista e interpretou vários sucessos, como "Amor de zabelê", "Saudade matadeira", e "Doidinho doidinho", as duas últimas, parcerias suas com Dominguinhos.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dominguinhos - Despedida aos 72 anos


José Domingos de Morais, nascido aos 12 de fevereiro de 1941 em Garanhuns - PE, e falecido aos 23 de julho de 2013 em São Paulo - SP, conhecido como Dominguinhos, foi um instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Teve em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Oriundo de família humilde, seu pai, mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas. Dominguinhos interessou-se por música desde cedo, começando a aprender sanfona com seis anos de idade, quando ganhou um pequeno acordeão de oito baixos e chegou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro junto com seus dois irmãos, com quem formava o trio Os Três Pinguins. 

Praticava o instrumento por horas a fio, e logo tornou-se proficiente nas sanfonas de 48, 80 e 120 baixos, e acabou por tornar-se músico profissional ainda garoto. Em 1950, aos nove anos de idade, conheceu Luiz Gonzaga quando tocava na porta do hotel em que este estava hospedado. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro. Dominguinhos o fez em 1954, então com treze anos de idade, acompanhado do pai e dos dois irmãos, indo morar em Nilópolis. Ao encontrar-se com Luiz Gonzaga no Rio, este deu-lhe de presente uma sanfona e o integrou à sua equipe de músicos, e Dominguinhos passou a fazer shows pelo Brasil e participar de gravações. Em uma dessas viagens, em 1967, conhece a cantora de forró Anastácia (nome artístico de Lucinete Ferreira), com quem se casa e forma uma parceria artística que duraria onze anos. Dominguinhos já tinha um filho, Mauro, nascido em 1960 de seu primeiro casamento. Em 1976, Dominguinhos se casa com a também cantora Guadalupe Mendonça, com quem teve uma filha, Liv. Mesmo já estando separados, os dois mantiveram a amizade até a morte do cantor. 

Sua reputação como músico e arranjador cresceu e ele aproximou-se de músicos do movimento bossa nova. Fez trabalhos junto a inúmeros músicos de renome, como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba Ramalho e Toquinho, e eventualmente acabou por consolidar uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop. No fim de 2012, Dominguinhos teve problemas relacionados à arritmia cardíaca e infecção respiratória e foi internado no Recife, sendo posteriormente transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Os médicos informaram que o cantor não deveria mais retornar do coma em que se encontrava. Apesar das declarações feitas por seu filho, Dominguinhos estava minimamente consciente e apresentava leve quadro de melhora. Em 13 de julho, o cantor deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro considerado estável. Dominguinhos estava internado no hospital Sírio Libanês em São Paulo e morreu às 17:50h do dia 23 de julho de 2013 após sofrer complicações infecciosas e cardíacas. O músico faleceu após perder uma batalha que durou 6 anos contra um câncer de pulmão.

Discografia:
  • 1964 – Fim de Festa
  • 1965 – Cheinho de Molho
  • 1966 – 13 de Dezembro
  • 1973 – Lamento de Caboclo
  • 1973 – Tudo Azul
  • 1973 – Festa no Sertão
  • 1974 – Dominguinhos e Seu Acordeon
  • 1975 – Forró de Dominguinhos
  • 1976 – Domingo, Menino Dominguinhos
  • 1977 – Oi, Lá Vou Eu
  • 1978 – Oxente Dominguinhos
  • 1979 – Após Tá Certo
  • 1980 – Quem me Levará Sou Eu
  • 1981 – Querubim
  • 1982 – A Maravilhosa Música Brasileira
  • 1982 – Simplicidade
  • 1982 – Dominguinhos e Sua Sanfona
  • 1983 – Festejo e Alegria
  • 1985 – Isso Aqui Tá Bom Demais
  • 1986 – Gostoso Demais
  • 1987 – Seu Domingos
  • 1988 – É Isso Aí! Simples Como a Vida
  • 1989 – Veredas Nordestinas
  • 1990 – Aqui Tá Ficando Bom
  • 1991 – Dominguinhos É Brasil
  • 1992 – Garanhuns
  • 1993 – O Trinado do Trovão
  • 1994 – Choro Chorado
  • 1994 – Nas Quebradas do Sertão
  • 1995 – Dominguinhos É Tradição
  • 1996 – Pé de Poeira
  • 1997 – Dominguinhos & Convidados Cantam Luiz Gonzaga
  • 1998 – Nas Costas do Brasil
  • 1999 – Você Vai Ver o Que É Bom
  • 2001 – Dominguinhos Ao Vivo
  • 2001 – Lembrando de Você
  • 2002 – Chegando de Mansinho
  • 2004 – Cada um Belisca um Pouco (com Sivuca e Oswaldinho do Acordeon, Biscoito Fino)
  • 2005 – Elba Ramalho & Dominguinhos
  • 2006 – Conterrâneos
  • 2007 – Canteiro (participação especial no CD de Margareth Darezzo)
  • 2008 – Yamandu + Dominguinhos

domingo, 21 de julho de 2013

Roberto Menescal


Roberto Batalha Menescal, nascido em Vitória - ES aos 25 de outubro de 1937 é um músico e compositor brasileiro e foi um dos fundadores do movimento bossa nova. Participava das reuniões no apartamento da cantora Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde o movimento começou. Menescal é um dos mais importantes compositores, ao lado de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Criou canções que hoje são consideradas hinos do movimento e da própria música popular, como O barquinho, Você, Nós e o mar, Ah se eu pudesse, Rio, entre outras. Ronaldo Bôscoli é um dos seus parceiros mais constantes. As canções quase sempre apresentam o mar como temática. 

Como músico, acompanhou em apresentações e gravações, Nara Leão, Wanda Sá, Sylvia Telles, Lúcio Alves, Maysa, Aracy de Almeida, Dorival Caymmi, Elis Regina, entre outros, sendo dele o arranjo para a canção "bala com bala" de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado por Elis em 1972. A cantora Zizi Possi deve a Menescal a oportunidade de gravar o primeiro disco da carreira, em 1978. Tocou ao lados dos músicos Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito, Eumir Deodato, Ugo Marotta, Sergio Barrozo, Oscar Castro Neves, João Palma, Edison Machado, Wilson das Neves, Antônio Adolfo, Hermes Contesini, José Roberto Bertrami, João Donato e tantos outros. 

Além de músico, é produtor musical, tendo iniciado esse trabalho em 1964, com o LP Vagamente, disco de estréia da cantora Wanda Sá. Tempos depois, passou a produzir discos para a gravadora Polygram (atualmente Universal Music), onde também foi diretor artístico entre 1970 e 1986. Compôs a trilha sonora dos filmes Joana Francesa e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues, e em parceria com Chico Buarque. Atualmente, além de tocar violão e guitarra, dirige um selo musical e gerencia novos grupos e projetos musicais, como o Bossacucanova. O último trabalho foi produzir um documentário sobre bossa nova, intitulado Coisa mais linda, em 2005, com o velho amigo Carlos Lyra. Produziu discos de artistas como Elis Regina, Nara Leão, Chico Buarque, Maysa, MPB-4, Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Cauby Peixoto, Os Cariocas, Leny Andrade, Danilo Caymmi, Wanda Sá, entre outros.