sábado, 28 de agosto de 2021

Francis Scott Fitzgerald


Francis Scott Key Fitzgerald, mais conhecido como F. Scott Fitzgerald, nascido em Saint Paul aos 24 de setembro de 1896 e falecido em Hollywood aos 21 de dezembro de 1940, foi um escritor, romancista, contista, roteirista e poeta norte-americano. Fitzgerald é considerado um dos maiores escritores americanos do século XX. Suas histórias, reunidas sob o título Contos da Era do Jazz, refletiam o estado de espírito da época. Foi um dos escritores da chamada "geração perdida" da literatura americana. Oriundo de família católica irlandesa, Francis ingressou na Universidade de Princeton, mas não chegou a se formar. Durante a primeira guerra mundial, alistou-se como voluntário. Começou a carreira literária em 1920, com This Side of Paradise (Este Lado do Paraíso), romance que lhe deu grande popularidade e lhe abriu espaço em publicações de grande prestígio, como a Scribner's e o The Saturday Evening Post. Seu segundo romance, The Beautiful and Damned (Belos e Malditos), foi publicado em 1922. Com a esposa, Zelda Sayre, que introduziria um componente trágico na vida do escritor (em 1930 foi internada num hospício), Fitzgerald mudou-se para a França, onde concluiu o terceiro e o mais célebre de seus romances, The Great Gatsby (1925; O Grande Gatsby). Essa obra, uma das mais representativas do romance americano, descreve a vida em alta sociedade com uma aguda reflexão crítica. Em 1934 publicou Tender is the Night (Brasil: Suave é a noite /Portugal: Terna é a noite), romance pungente que o autor considerava sua melhor obra. Com a saúde já abalada pelo alcoolismo, Fitzgerald mudou-se então para Hollywood, onde trabalhou como roteirista cinematográfico. Em 1939 começou a escrever seu último romance, The Love of the Last Tycoon (O Último Magnata), publicado postumamente em 1941. A obra era sua última tentativa de retratar a personalidade de um grande artífice do sonho americano. Fitzgerald tinha sido um alcoólatra desde os tempos de faculdade, e tornou-se famoso na década de 1920 pela a bebedeira extraordinariamente pesada, deixando-o em problemas de saúde no final dos anos 1930. De acordo com o biógrafo de Zelda, Nancy Milford, Fitzgerald afirmou que ele havia contraído tuberculose, mas Milford descarta-lo como pretexto para encobrir seus problemas com a bebida. No entanto, o estudioso Matthew J. Bruccoli afirma que Fitzgerald tinha, de fato, a tuberculose recorrente e o biógrafo Arthur Mizener disse que Fitzgerald sofreu um ataque leve de tuberculose em 1919, e em 1929 ele tinha "o que provou ser um hemorragia tuberculosa". Tem-se dito que a hemorragia foi causada por hemorragias a partir de varizes esofágicas. Fitzgerald sofreu dois ataques cardíacos no final de 1930. Após a primeira, em Drug Store da Schwab, ele foi ordenado pelo seu médico para evitar esforço extenuante. Ele foi morar com Sheilah Graham, que morava em Hollywood na Norte Hayworth Avenue, um bloco leste do apartamento de Fitzgerald na Norte Laurel Avenue. Fitzgerald teve dois lances de escadas para subir ao seu apartamento; Graham estava no piso térreo. Na noite de 20 de dezembro de 1940, Fitzgerald e Sheilah Graham participaram da estreia de This Thing Called Love, estrelado por Rosalind Russell e Melvyn Douglas. Como os dois estavam saindo do Teatro Pantages, Fitzgerald sofreu um desmaio e teve dificuldade de sair do teatro, chateado, disse a Graham: "Eles acham que eu estou bêbado, não é?" No dia seguinte, 21 de dezembro de 1940, como Fitzgerald comeu uma barra de chocolate e fez anotações em seu recém-chegado Princeton Alumni Weekly, Graham o viu saltar da poltrona, perto da lareira, suspirar e cair no chão. Ela correu para o gerente do prédio, Harry Culver, fundador da Culver City. Ao entrar no apartamento para ajudar Fitzgerald, ele declarou: "Tenho medo que ele esteja morto." Fitzgerald tinha morrido de um ataque cardíaco aos 44 anos de idade. Seu corpo foi levado para o necrotério Pierce Brothers. Encontra-se sepultado em Old Saint Mary's Catholic Church Cemetery, Rockville, Maryland no Estados Unidos.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/F._Scott_Fitzgerald

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Gustave Flaubert


Gustave Flaubert, nascido em Rouen aos 12 de dezembro de 1821, e falecido em Croisset aos 8 de maio de 1880, foi um escritor francês. Prosador importante, Flaubert marcou a literatura francesa pela profundidade de suas análises psicológicas, pelo seu senso de realidade, pela sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força de seu estilo em grandes romances, tais como Madame Bovary (1857), A Educação Sentimental (1869), Salammbô (1862), mais os seus contos, nomeadamente os Trois contes (1877). Gustave Flaubert foi o segundo dos seis filhos do médico Achille Cléophas Flaubert (1784-1846), cirurgião-chefe do Hospital de Ruão, e sua esposa Anne Justine, nascida Fleuriot (1793-1872). Passa a infância ao lado dos irmãos no Hospital onde o pai trabalha. Estuda no Colégio Real, onde faz amigos para a vida inteira, tais como Louis Boulhiet (1829-1869), poeta; Maxime Du Camp (1822-1894), futuro editor e jornalista, e Alfred Le Poittevin, morto prematuramente. Interessado em literatura, dirige o semanário escolar, “Arte e Progresso”. Aos quinze anos, interessa-se por teatro, e compõe um drama em cinco atos, em prosa, “Luís XI”. Em 1837, escreve seu primeiro romance, “Rêve d'enfer”, uma obra ainda imatura e juvenil, mas que já vislumbra os traços que caracterizariam suas futuras heroínas. Também aos 15 anos se apaixona, por uma mulher casada e onze anos mais velha do que ele, Elisa Schlesinger, a qual amará, talvez, pela vida toda; só declara, porém, o seu amor trinta anos mais tarde, através de uma carta. Embora viúva, Elisa já não quis desposá-lo. Elisa terminou sua vida em um asilo para doentes mentais. O amor impossível, em especial por Elisa Schlesinger, inspira vários de seus livros: “Mémoires d'un fou”, em 1838, “Novembre”, em 1842, e as duas versões de A Educação Sentimental, esboçado em 1845 e concluído em 1869. Em 1851, tem início Madame Bovary, obra realista que o tornaria célebre e que levaria 5 anos para concluir. Em 1866, recebe a Legião de Honra do governo francês. Medalha com a efígie de Flaubert, Gaston Bigard, bronze 50mm, Revers di la Medalha, "Pavillon-musée à Croisset" (1921) Entre 1870-1871, os prussianos ocupam uma parte da França, e Flaubert se refugia com sua sobrinha, Caroline, em Ruão; sua mãe morre em 6 de abril de 1872 e, nessa época, passa por dificuldades financeiras. Em 1874, termina e publica a terceira versão de La tentation de Saint Antoine (A tentação de Santo Antão - 1874), inspirada num quadro de mesmo nome de Bruegel. Em 1877, aos 55 anos, publica “Trois Contes” ("Três Contos"), volume contendo três novelas: sua obra-prima, “Un cœur simple” ("Um coração simples"), a história de uma criada bondosa e ingênua, Félicité, inspirada em Julie, empregada que servira Flaubert e sua família até morrer; La Légende de saint Julien l'Hospitalier (A Lenda de São Julião, o Hospitaleiro), conto hagiográfico da época medieval escrito em cinco meses em 1875; e Hérodias (Herodíade), em torno da figura de São João Batista, escrito no inverno de 1875-76. O volume foi bem recebido pela crítica. Sua obra Bouvard e Pécuchet fica inacabada e foi publicada posteriormente. Pouco antes de sua morte, vende suas propriedades para evitar a falência do marido de sua sobrinha, e passa a viver de um salário como conservador da Biblioteca Mazarine. Seus últimos anos são marcados por dificuldades financeiras. Morre subitamente, provavelmente de AVC, e é sepultado no Cemitério Monumental de Ruão, em presença daqueles que o reconheciam como seu mestre: Émile Zola, Alphonse Daudet, Edmond de Goncourt, Théodore de Banville e Guy de Maupassant.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Flaubert

Charles Dickens


Charles John Huffam Dickens, nascido em Landport aos 7 de fevereiro de 1812 e falecido em Higham aos 9 de junho de 1870, foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. No início de sua atividade literária também adotou o apelido Boz. A fama dos seus romances e contos, tanto durante a sua vida como depois, até aos dias de hoje, só aumentou. Apesar de os seus romances não serem considerados, pelos parâmetros atuais, muito realistas, Dickens contribuiu em grande parte para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. Entre os seus maiores clássicos estão David Copperfield e Oliver Twist. A 2 de Abril de 1836 (três dias depois da publicação do primeiro fascículo de "Pickwick"), casou-se com Catherine Hogarth, com quem teve dez filhos. A recepção do público a Pickwick não foi calorosa desde o início. Só quando aparece a personagem de Sam Weller, o criado de Pickwick e que acompanha as aventuras do seu amo ao jeito de um Sancho Pança ao lado de Dom Quixote, é que as vendas sobem de 400 exemplares para 40.000. Em 1838, em decorrência do sucesso de Pickwick, propõe a publicação de Oliver Twist onde, pela primeira vez, apontava para os males sociais da era vitoriana. O romance, divulgado em folhetins semanais, terá também o seu ilustrador: Cruikshank. Em 1842 viajou com a sua esposa para os Estados Unidos. A viagem foi descrita, depois, no curto relato de literatura de viagens American Notes, existindo também influências da mesma em alguns episódios de Martin Chuzzlewit. Ao entusiasmo com que foi recebido, de início, nos Estados Unidos, seguiu-se uma estadia menos calorosa, devido às críticas que teceu à política editorial deste país, acusando os editores de plágio em relação à literatura produzida na Grã-Bretanha. Em 1843, publicava o seu mais famoso livro de Natal, "A Christmas Carol" ("Canção de Natal"), ao qual se seguiriam outros, com a mesma temática, como "The Chimes" (1844), que escreveu em Génova na sua primeira grande viagem ao estrangeiro (se descontarmos a breve incursão aos Estados Unidos). Em 1845, "The Cricket on the Hearth" ("O Grilo da lareira") torna-se também um dos seus maiores sucessos natalícios. Em 1848, publicava "Dombey and Son", escrito principalmente no estrangeiro, onde descreve o meio dos transportes ferroviários — outro tema estreitamente relacionado com a Revolução Industrial que conformava a sociedade vitoriana. Em 1849 publicou aquele que viria a ser o mais popular dos seus romances, David Copperfield, onde se inspirava, em grande parte, na sua própria vida. As amizades literárias de Dickens incluíam, em 1854, Thomas Carlyle, a quem dedicará o seu romance "Tempos Difíceis". A revista semanal Household Words, onde viria a publicar, em folhetins, alguns dos seus romances, foi fundada também por ele, em 1850, e chegou a vender 40 mil cópias por semana. A revista seria reformulada em 1859, mudando de nome para "All the year round". Os livros de Dickens tornaram-se extremamente populares na época e eram lidos com grande expectativa por um público muito fiel à sua escrita. O seu sucesso permitiu-lhe comprar Gad’s Hill Place, perto de Chatham, em 1856. Esta casa fazia parte do imaginário de Dickens, desde que por ela tinha passado, em criança — sonhando que um dia poderia lá viver. O local tinha ainda um significado especial porque algumas cenas do Henrique V de Shakespeare localizam-se nesta mesma área. Essa referência literária agradava de sobremodo a Dickens.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Dickens

terça-feira, 24 de agosto de 2021

James Joyce


James Augustine Aloysius Joyce, nascido em Terenure, Irlanda aos 2 de fevereiro de 1882 e falecido em Zurique, Suíça aos 13 de janeiro de 1941, foi um romancista, contista e poeta da Irlanda que viveu boa parte de sua vida expatriado. É amplamente considerado um dos maiores escritores do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo. Embora Joyce tenha vivido fora de sua ilha irlandesa natal pela maior parte da vida adulta, sua identidade irlandesa foram essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática de sua obra. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa. Após a publicação de Ulisses, ele elucidou essa preocupação, dizendo: "Ao meu ver, sempre escrevo sobre Dublin, porque se eu puder chegar ao coração de Dublin, posso chegar ao coração de todas as cidades do mundo. No particular está contido o universal". Seu estilo caracteriza-se por um domínio deslumbrante da linguagem e pela utilização de formas literárias inovadoras, associadas à criação de personagens que, como Leopold Bloom e Molly Bloom, constituem indivíduos de uma profunda humanidade.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Joyce