sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Martha Medeiros


Martha Mattos Medeiros, nascida em Porto Alegre aos 20 de agosto de 1961, é uma escritora, aforista e poetisa brasileira. É conhecida como uma das melhores cronistas brasileiras. Entre suas obras mais conhecidas estão Divã, Doidas e Santas e Feliz Por Nada. Seus livros já ultrapassaram a marca de 1 milhão de exemplares vendidos. Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, estudou num dos mais tradicionais colégios de Porto Alegre, o Nossa Senhora do Bom Conselho, no bairro Moinhos de Vento. Sua formação como leitora começou ainda criança, através dos livros que possuía em casa e a música popular brasileira que seus pais ouviam. Formou-se em Comunicação Social, em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Trabalhou durante 14 anos como redatora publicitária, nos últimos anos conciliando com a escrita de poesias. Em 1982, a Editora Brasiliense lançou a coleção Cantadas Literárias, que inaugurou escritores como Paulo Leminski, Caio Fernando Abreu e Ana Cristina Cesar. A essa altura, Martha já escrevia poesias como passa tempo, e só apenas quando passou a acompanhar a coleção que ela sentiu que o que escrevia podia ter algum valor literário. Martha datilografou alguns de seus poemas e enviou a Caio Graco Prado, que então era diretor e dono da editora. Ele respondeu em uma carta manuscrita elogiando as poesias e com a promessa de que voltaria a se comunicar futuramente. Alguns meses mais tarde Martha enviou uma nova leva de poesias ao editor, dessa vez recebendo como resposta um convite para publicá-las. Em 1985, é lançado seu livro de estréia Strip-Tease, na mesma coleção Cantadas Literárias que ela lera alguns anos antes. As poesias que formavam o primeiro livro também foram enviadas aos editores da L&PM que inicialmente recusaram. Após o lançamento de Strip-Tease eles voltaram atrás e contataram Martha para lançar seu segundo livro, Meia Noite e Um Quarto, que estreou em 1987 com a apresentação escrita por Caio Fernando Abreu. Esse foi o início de uma grande parceria entre a escritora e a editora, que a partir de então seria responsável por lançar a maioria de seus livros. Para o próximo lançamento a editora foi ainda mais ousada, enviando os poemas para que Millôr Fernandes fizesse uma primeira leitura e caso gostasse o convidaram a escrever também a orelha com a apresentação do livro. Millôr não apenas gostou como também ilustrou um dos poemas na sua coluna no Jornal do Brasil. Com essa honraria é lançado em 1991 o terceiro livro de poesias, Persona Non Grata. Quando seu marido recebeu uma proposta de trabalho no Chile, em 1993, decidiu que uma mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão. Essa estada de oito meses na cidade de Santiago do Chile, na qual passou escrevendo poesia e textos para si mesma, acabou sendo um divisor de águas na sua vida. Ao receber a visita do amigo e jornalista Fernando Eichenberg, Martha mostrou a ele o que vinha escrevendo. Fernando convenceu-a de que eram crônicas e que existia a possibilidade de serem publicadas no Zero Hora, jornal qual ele já trabalhava na ocasião. Quando voltou para Porto Alegre, em 1994, começou a escrever crônicas para o Zero Hora, onde escreve até hoje. A partir daí, sua carreira literária deslanchou no Rio Grande do Sul. O ano de 1995 é marcado por dois lançamentos literários: o seu quarto livro de poesias, De Cara Lavada, de novo com apresentação de Caio Fernando Abreu, e a sua primeira coletânea de crônicas, Geração Bivolt - este lançado pela Editora Artes & Ofícios. Em 1996 Martha se aventura em novo gênero literário, escreve em formato de crônica de viagem o livro Santiago do Chile - Crônicas e Dicas de Viagem, com o conhecimento que obteve da cidade enquanto morou lá. O livro que já foi reeditado várias vezes através dos anos, foi o segundo, e até o momento, último livro da escritora lançado pela Editora Artes & Ofícios. Em 1997 lança sua segunda coleção de crônicas, Topless, dessa vez pela L&PM Editores, que a partir de então lançariam todos os seus futuros livros do gênero. No ano seguinte Topless recebe o Prêmio Açorianos de Literatura, na categoria Crônicas. No ano de 1998 aproveitando a recém lançada coleção L&PM Pocket a editora relança as poesias dos quatro livros anteriores de Martha em um único volume, chamado Poesia Reunida. Os próximos lançamentos literários de Martha foram as coletâneas de crônicas Trem-Bala em 1999 e Non-Stop em 2001. O ano de 2001 também fica marcado pelo lançamento de Cartas Extraviadas e Outros Poemas, que permanece sendo seu último lançamento no gênero de poesia. Em 2002 é lançado seu primeiro romance e livro responsável pela sua projeção nacional: Divã. Narra a história de Mercedes, uma mulher de meia idade, casada e com filhos que resolve fazer terapia. O livro, que foi lançado pela Editora Objetiva, foi um grande sucesso de venda e crítica. No ano seguinte, 2003, com um público maior, lança Montanha Russa, nova copilação de crônicas, que também recebe o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria Crônicas e fica em segundo lugar no Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas. Em 2004 lança seu primeiro, e até o momento único, livro infantil, Esquisita Como Eu, pela Editora Projeto. Nesse ano também passa a assinar uma coluna no O Globo, na qual publica semanalmente até os dias de hoje. Em 2005 Martha faz dois lançamentos, Coisas da Vida, de crônicas e Selma e Sinatra, seu segundo romance. Em 2007 publica Tudo Que Eu Queria Te Dizer, ficção com 35 capítulos em forma de cartas. Martha o considera seu único livro de fato ficcional, já que os anteriores sempre tiveram sua vida como obra prima para alguns elementos das histórias. No ano de 2008 publica nova copilação de crônicas, Doidas e Santas, que se tornou um dos seus títulos mais conhecidos. Em 2010 lança seu quarto romance, Fora de Mim, pela Editora Objetiva. Para a divulgação desse livro Martha fez uma turnê pelo Brasil concedendo várias entrevistas, entre elas para o Sempre Um Papo de Minas Gerais e o Sem Censura de Leda Nagle. O ano de 2011 fica marcado pelo lançamento de Feliz Por Nada, nova coletânea de crônicas que obteve grande êxito em vendas, permanecendo no topo dos livros mais vendidos por muitos meses, por consequência o livro já teve mais de 50 reedições. Em 2012 publica a novela Noite em Claro, dentro da Coleção 64 Páginas da L&PM, que tem como premissa publicar livros com 64 páginas pelo valor fixo de R$ 5,00. Ainda nesse ano, motivada pela resposta positiva que recebia no seu blog quando fazia posts sobre suas viagens, lança Um Lugar na Janela - Relatos de Viagem, seu primeiro no gênero desde Santiago do Chile, de 1996. No ano seguinte, 2013, lança nova coletânea de contos chamada A Graça da Coisa, que como já de praxe figurou na lista dos mais vendidos do país. Em 2014 para comemorar seus vinte anos como cronista a L&PM lança três livros com crônicas selecionadas da autora, respectivamente: Felicidade Crônica, Liberdade Crônica e Paixão Crônica. Em 2015 lança a coletânea de crônicas que foram escritas nos últimos dois anos, chamada Simples Assim. Em 2016 publica Um Lugar na Janela 2 - Relatos de Viagens, dando continuação ao anterior. Esse, por sua vez, ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria crônicas. No ano de 2018 lança Quem Diria Que Viver Ia Dar Nisso, seu mais recente livro, coletânea de crônicas.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Martha_Medeiros

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Augusto dos Anjos


Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, nascido em Sapé aos 20 de abril de 1884 e falecido em Leopoldina aos 12 de novembro de 1914, foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas. É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, focando suas críticas ao idealismo egocentrista que se emergia em sua época, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários. É patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras (APL), que teve como fundador o jurista e ensaísta José Flósculo da Nóbrega e como primeiro ocupante o seu biógrafo Humberto Nóbrega, sendo ocupada, atualmente, por José Nêumanne Pinto. Augusto dos Anjos também é o patrono da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade. Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907. Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura, influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo. Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia, da qual também não contestava sua essência espiritualística, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, se emergiam na sua época. Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-materialista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte. Augusto nega a religião como algo que possa explicar o mundo, sua poesia é composta por muitas ironias contra o cristianismo e a religião de uma forma geral, embora em sua cidade natal, Engenho do Pau D’Arco, o escritor conduzia reuniões mediúnicas e psicografava. Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia. Na casa em que residiu durante seus últimos meses de vida funciona hoje o Museu Espaço dos Anjos. Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu, contendo 56 poemas. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu (poesias completas), incluindo ao núcleo original mais 46 poemas que o poeta deixara manuscritos ou que foram publicados apenas em periódicos.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos

Gonçalves Dias


Antônio Gonçalves Dias, nascido em Caxias aos 10 de agosto de 1823 e falecido em Guimarães aos 3 de novembro de 1864, foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro. Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", é famoso por ter escrito o poema "Canção do Exílio", o curto poema épico I-Juca-Pirama e muitos outros poemas nacionalistas e patrióticos, além de seu segundo mais conhecido poema chamado: Canções de Exílio que viriam a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. É o patrono da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras. Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Morreu aos 41 anos em um naufrágio do navio Ville Bologna, próximo à região do baixo de Atins, na baía de Cumã, município de Guimarães. Advogado de formação, é mais conhecido como poeta e etnógrafo, sendo relevante também para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista. Nesta área, encontra-se colaboração da sua autoria na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865). Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça, e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que faleceu em 1837. Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835, quando foi matriculado em uma escola particular. Foi estudar em Cuba, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas. No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária. Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado. Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa, filha do médico Dr. Cláudio Luís da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país. Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando em seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixos de Atins, perto de Tutóia, no Maranhão. A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correlegionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias

Ferreira Gullar


Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira, nascido em São Luís - MA, aos 10 de setembro de 1930 e falecido no Rio de Janeiro aos 4 de dezembro de 2016, foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo. Foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira, da qual tomou posse em 5 de dezembro de 2014. Gullar foi reverenciado pelos maiores poetas e escritores brasileiros de sua geração. Vinícius de Moraes disse que poema sujo foi “o mais importante poema escrito no Brasil (e não só no Brasil) nos últimos dez anos, pelo menos. De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, Gullar foi “o nosso único poeta maior dos tempos de hoje”, no qual “a voz pública não se separa em momento algum do seu toque íntimo [...], das recordações da infância numa cidade azul, evocada no meio de triste exílio portenho”, sendo que “para a singularidade e importância da sua contribuição, só encontro de comparável, no Brasil, a prosa de Guimarães Rosa”. Ferreira Gullar é um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome". Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Lucy Teixeira, Lago Burnett, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Até sua morte, muitos o consideravam o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles. Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os. Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs). Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro em decorrência de vários problemas respiratórios que culminaram em uma pneumonia. O velório do escritor foi realizado inicialmente na Biblioteca Nacional, pois esse era um desejo de Gullar. Dali, o corpo foi levado em um cortejo fúnebre até a Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro. Uma semana antes de morrer, Ferreira Gullar pediu à filha Luciana para que o levasse até a Praia de Ipanema. O enterro foi no Cemitério de São João Batista em Botafogo no Rio de Janeiro.. 

Fonte e biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferreira_Gullar