"É Ariano no seu melhor estilo". Assim a editora Maria Amélia de Mello, responsável por revisar e publicar as obras de Ariano Suassuna desde 2002, define o livro póstumo do escritor, “O Jumento Sedutor”. Suassuna deixou a obra pronta, entretanto faltou juntar as ilustrações feitas à mão com as partes do texto, segundo Alexandre Nóbrega, genro e braço direito do autor na finalização do trabalho. Após 30 anos de produção, ainda não se sabe quando a publicação será lançada. A ideia de Ariano era publicá-la ainda este ano, conforme divulgou a editora José Olympio.
Perfeccionista, o dramaturgo tinha seu próprio tempo: lia, relia, mudava palavras, redesenhava as ilustrações. Em 2006, o autor já afirmava que a obra, que começou a ser produzida nos anos 1980, estava pronta, como informou a própria assessoria de imprensa de Suassuna.
“A obra estava concluída, mas ele continuava mexendo em algumas coisas. Ele pediu para a gente parar, em junho, para ele dar uma lida, mexer um pouquinho ali, como sempre fazia. Isso não é exclusivo, é comum acontecer entre os escritores. Cada um tem seu tempo, e o dele era esse. Ainda mais que ele convivia tantos anos com esse livro; o envolvimento emocional com o projeto era visceral. E, como ele dizia, esse processo de criação era melhor parte. Ele criava a mão, recortava, desenhava, colava. Era algo muito complexo. Mas a gente já havia definido o papel, o formato”, informou Maria Amélia, da editora José Olympio.
Pouco se tem informações sobre o enredo de “O Jumento Sedutor”, que só deve ser revelado de fato quando for publicado. O que se sabe é que envolve teatro, poesia, romance, em um formato não convencional. O número de páginas também é desconhecido, porque precisa de uma diagramação e edição delicadas.
“A ideia de Ariano era lançar ainda este ano, mas só se me entregasse em tempo hábil. Se ele demorasse mais, não teria como fazer para esse ano, porque não teríamos recursos disponíveis. Talvez a gente conseguisse para esse ano, ou começo de 2015. Mas a edição não é fácil, porque é uma obra muito complexa. Não consigo nem determinar a quantidade de páginas, mas é um livro grande, complexo”, comentou Amélia. O livro também conta com um número muito grande de personagens e uma série de histórias e ações.
De acordo com Alexandre Nóbrega, ainda falta unir as ilustrações aos textos do artista. Como Ariano não usava computador, o trabalho manual exigia muito tempo e dedicação. “Ele cortava parte de textos, as ilustrações e tinha que unir uma coisa na outra. A gente não juntou esse material”, disse. Devido à recente partida do escritor, ainda não se sabe com irá acontecer os trabalhos para dar andamento à obra daqui para frente.
Como pretendia lançar o livro antes do fim de 2014, Suassuna já tinha pedido para a editora Maria Amélia para fazer uma agenda de lançamento. A ideia era visitar diversas capitais do Brasil, apesar do medo de avião e da idade avançada do escritor. Agora, o público deve ainda esperar um tempo ainda não estimado para poder ter mais uma obra de Ariano em mãos.
Biografias e obras de escritores, poetas e compositores da literatura brasileira e internacional de todos os tempos
sábado, 26 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
Rubem Alves
Rubem Alves, nascido em Boa Esperança, Minas Gerais em 15 de setembro de 1933 e falecido em Campinas em 19 de julho de 2014, foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, Mestre em Teologia e Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, Minas Gerais, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito. Tem um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno. Com formação eclética, transitou pelas áreas de teologia, psicanálise, sociologia, filosofia e educação. Após ter lecionado em universidades, tinha um restaurante (a culinária era uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos), e vivia em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que encontrava-se semanalmente para leitura de poesias.
Sua mensagem era direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de "homo globalizadus" que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades.
"Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. "Ridendo dicere severum": rindo, dizer coisas sérias. Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.
Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas. No site A Casa de Rubem Alves encontram-se releituras e discussões de suas obras.
Foi cidadão honorário de Campinas onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.
Autor do livro Da Esperança (Teologia da Esperança Humana), Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro; o fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação.3 Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.
Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas.
Foi dessa experiência que surgiu o livro Protestantismo e Repressão, que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em inglês que falava do futuro da humanidade, Filhos do Amanhã, onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.
Lançou ainda um livro chamado Variações sobre a vida e a morte, onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real.
Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 2003, por ocasião das comemorações pela Reforma Protestante.
Rubem Alves faleceu em 19 de julho de 2014, em Campinas, por falência múltipla de órgãos.
sábado, 7 de junho de 2014
Aldir Blanc
Aldir Blanc Mendes, nascido aos 2 de setembro de 1946 na cidade do Rio de Janeiro - RJ, é um compositor e escritor brasileiro.
Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala (sucesso na voz de Elis Regina), O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa.
Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho, o qual na época tinha um irmão, o sociólogo Betinho, em exílio político no exterior.
Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior "A noite, a maré e o amor", música classificada no "III Festival Internacional da Canção" (TV Globo).
No ano seguinte, classificou mais três músicas no "II Festival Universitário da Música Popular Brasileira": "De esquina em esquina" (c/ César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; "Nada sei de eterno" (c/ Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e "Mirante" (c/ César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza.
Em 1970, no "V Festival Internacional da Canção" classificou-se com a composição "Diva" (com César Costa Filho). Neste mesmo ano, despontou seu primeiro grande sucesso, "Amigo é pra essas coisas" em parceria com Sílvio da Silva Júnior, interpretado pelo grupo MPB-4, com o qual participou do "III Festival Universitário de Música Popular Brasileira".
Sua canção "Nação" (c/ João Bosco e Paulo Emílio), gravada em 1982 no disco de mesmo nome. foi grande sucesso na voz de Clara Nunes.
Em 1996 foi gravado o disco comemorativo Aldir Blanc - 50 Anos, com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em O Bêbado e a Equilibrista no disco comemorativo. Esse disco apresenta diversas outras participações especiais, como Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. O álbum demonstra, também, a variedade de parceiros nas composições de Aldir, ao unir suas letras às melodias de Guinga, Moacyr Luz, Cristóvão Bastos, Ivan Lins e outros.
Outro parceiro notável é o compositor Guinga, com quem fez, dentre muitas outras, "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan".
Também em 1996, Leila Pinheiro lançou o disco Catavento e Girassol, exclusivamente com canções da parceria de Aldir Blanc com Guinga. No disco há uma homenagem a Hermeto Pascoal, com a música Chá de Panela, que diz que "foi Hermeto Pascoal que, magistral, me deu o dom de entender que, do riso ao avião, em tudo há som".
Em 2000, participou como convidado especial do disco do compositor Casquinha da Portela, interpretando a faixa "Tantos recados" (Casquinha e Candeia).
Publicou, em 2006 o livro "Rua dos Artistas e transversais" (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas "Rua dos Artistas e arredores" (1978) e "Porta de tinturaria" (1981), e ainda traz outras 14 crônicas escritas para a revista "Bundas" e para o "Jornal do Brasil".
sábado, 17 de maio de 2014
Wagner Tiso
Wagner Tiso Veiga, nascido em 12 de dezembro de 1945 na cidade de Três Pontas-MG, é um músico, arranjador, regente, pianista e compositor brasileiro de formação erudita.
Tiso aprendeu teoria musical com Paulo Moura e especializou-se em teclados. Participou do conjunto Sambacana em 1964 e dois anos depois foi trabalhar com o antigo mestre. Acompanhou diversos artistas, como Cauby Peixoto, Ivon Cury, Maysa e Marcos Valle. Em 1970 entrou para a banda Som Imaginário, que acompanhava as apresentações de Milton Nascimento.
Integrante do Clube da Esquina, logo começou a fazer sucesso no exterior, apresentando-se em Atenas e Montreux, e também acompanhando não só Milton, como também de Flora Purim, Ron Carter e Airto Moreira.
Nos anos 70, foram dele os arranjos para Gonzaguinha, Paulo Moura, Johnny Alf, MPB-4, Dominguinhos, o próprio Milton e outros.
Ascendência: Wagner é filho de Francisco Ribeiro Veiga e de Walda Tiso, de ascendência cigana1 ; neto materno de Sério (Severino) Tiso e de Isaura Cândida Correia; neto paterno de Clara Costa Ribeiro (Pimenta da Veiga) e de Francisco Correia de Figueiredo e, por este, bisneto de Francisco Correia de Carvalho e de Ana Eufrosina de Figueiredo. Ana Eufrosina era filha do Capitão Francisco Garcia de Figueiredo e de sua prima Maria Teresa de Figueiredo, neta paterna do Capitão Diogo Garcia da Cruz e de Inocência Constância de Figueiredo; neta materna de João Rodrigues de Figueiredo e de Felícia Cândida de Figueiredo. Inocência Constância e Felícia Cândida eram irmãs, filhas do Capitão-Mor José Álvares de Figueiredo - o fundador de Boa Esperança - e de Maria Vilela do Espírito Santo, esta neta da Ilhoa Júlia Maria da Caridade.
Descendência: Wagner Tiso Veiga casou-se, a primeira vez, com Sílvia Costa, com quem teve a filha Índia Indira Tiso da Costa Veiga; a segunda vez, com Gisele Goldoni, com quem teve a filha Joana Goldoni Tiso. Desde 2007 está casado com Fernanda Farina.
Colaterais: É primo de diversas personalidades, como: Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, Danton Mello, Eduardo Carlos Figueiredo Ferraz, Ester de Figueiredo Ferraz, José Carlos de Figueiredo Ferraz, Fátima Freire, Geraldo Freire da Silva, Morvan Aloísio Acaiaba de Resende, Nelson Freire, Newton Freire Maia, Ricardo Gumbleton Daunt, e Selton Mello, dentre outros.
Trilhas sonoras:
terça-feira, 8 de abril de 2014
Paulinho Pedra Azul
Paulo Hugo Morais Sobrinho, nascido aos 4 de agosto de 1954 em Pedra Azul no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro. Além de músico, também é autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros.
Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.
A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonte onde até hoje reside.
Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estreia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi".
Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 21 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra.
É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro.
Apesar de não ser um constante frequentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento.
A sua canção mais conhecida é "Jardim da Fantasia", que, segundo o próprio Paulinho, à apelidada de Bem-te-vi. A música teria sido feita para uma noiva falecida do compositor, mas ele nega isto.
Discografia
- 1982 - Jardim da fantasia (RCA/BMG/Ariola) LP/CD
- 1984 - Uma janela dentro dos meus olhos (Independente) LP
- 1986 - Sonho de menino (Independente) LP
- 1988 - Pintura (Independente) LP
- 1989 - Papagaio de papel (Independente) LP
- 1990 - Mais uma vez (Clave de Lua) LP
- 1991 - Paulinho Pedra Azul-10 anos/Coletânea (Clave de Lua) LP/CD
- 1992 - Uma história brasileira (Clave de Lua) LP/CD
- 1994 - Quarenta (Velas/Clave de Lua) CD
- 1995 - Vivo (Velas/Clave de Lua) CD
- 1997 - 15 Anos (Clave de Lua) CD
- 1997 - O Instrumental Encantado (Clave de Lua) CD
- 1997 - As Estações Do Homem (Clave de Lua) CD
- 1998 - Alma Expressa (Coletânea) (1998) (Clave de Lua) CD
- 1999 - E Lá Vou Eu NEssa Estrada (Escola de Canto Babaia) (Independente) CD
- 1999 - Samba Canção (Clave de Lua) CD
- 2000 - As Canções de Godofredo Guedes - Paulinho Pedra Azul e Wagner Tiso (NS Produções) CD
- 2002 - 20 Anos (Clave de Lua) CD
- 2004 - Os 50 Anos de Paulinho Pedra Azul (Clave de Lua) CD
- 2006 - 25 Anos (Clave de Lua) CD
- 2008 - Lavando A Alma (Clave de Lua) CD
- 2011 - Paulinho Pedra Azul - 30 Anos (Som Livre) CD
Livros publicados
- 1978 - Pedaço de Gente – Independente.
- 1984 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Infantil) – Independente.
- 1989 - Uma Fada nos Meus Olhos (Infantil) – Editora Lê.
- 1990 - Conta Gotas – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
- 1990 - Soltando os Bichos (Infantil) – Editora Lê.
- 1990 - Borboleta Branca com Cheiro de Cravo (Adulto) – Editora do Brasil.
- 1991 - De Versos – Edições Giordano.
- 1992 - A Canção do Circo (Infantil) – Editora Lê.
- 1995 - A Menina da Janela (Infanto-Juvenil) – Editora Lê.
- 1995 - Quando se Olha pra Dentro – Editora Dino Sávio / Clave de Lua.
- 1998 - Do Bico do Passarinho Para o Bico da Caneta – Clave de Lua.
- 1999 - Uma Pedra no Caminho – Clave de Lua.
- 2000 - Dois Mundos – Clave de Lua.
- 2002 - Delírio Habanero (Pequeno Diário em Cuba) – Clave de Lua.
- 2004 - Poesia Noite e Dia – Clave de Lua.
Prêmios e homenagens
- 1984 - Placa da Fundação Cultural do Alto Paranaíba - FUCAP - Patos de Minas.
- 1989 - Placa de Prata da AMAZUL – 1º Encontro do Pedrazulense Ausente.
- 1989 - Placa de Prata da Rádio Galáxia - Coronel Fabriciano.
- 1990 - Placa de Prata "Recordista de Público no Teatro Atiaia" – Governador Valadares.
- 1992 - Troféu Corpo Livre – Pedra Azul.
- 1992 - Comenda Tiradentes – Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
- 1992 - Mérito Artístico Godofredo Guedes – Montes Claros.
- 1992 - Título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
- 1993 - Placa de Prata do Jequitibar – Belo Horizonte.
- 1994 - Placa de Prata do Colégio Imaculada Conceição – Belo Horizonte.
- 1995 - Prêmio "Altamente Recomendável" – Fundação Nacional do Livro Infantil e Infanto-Juvenil.
- 1995 - Placa de Prata do Colégio Delfim Moreira – Belo Horizonte.
- 1995 - Troféu Pró-Música melhor cantor – Belo Horizonte.
- 1995 - Troféu Faísca melhor cantor – Belo Horizonte.
- 1996 - Troféu Onda melhor cantor “AMIRT” – Belo Horizonte.
- 1996 - Mérito Artístico Rômulo Paes – Câmara Municipal de Belo Horizonte.
- 1997 - Título de Cidadão Honorário de Uberaba.
- 1998 - Convidado especial no 1º Encontro de Culturas Irmãs na cidade de Havana - Cuba.
- 1999 - Troféu Aplauso – Governador Valadares.
- 1999 - Placa de Prata Projeto Novas Ondas do Jequi – Belo Horizonte.
- 2000 - Título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro.
- 2000 - Placa de Prata do Colégio Pampulha – Belo Horizonte.
- 2000 - Placa de Prata do Colégio Pitágoras Cidade Jardim – Belo Horizonte.
- 2000 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "Soltando os bichos" - Parceria com Gilvan de Oliveira.
- 2002 - Troféu SESC/SATED – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Parceria com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga.
- 2002 - Troféu Bonsucesso de Artes Cênicas – AMPARC – Melhor trilha sonora peça infantil "História sem pé nem cabeça" – Com Sérgio Abritta e Geraldinho Alvarenga (2002).
- 2004 - Troféu Carlos Drummond de Andrade "Noite dos Notáveis" – Itabira - MG.
- 2006 - Comenda dos Inconfidentes (Maior Honraria do Estado de Minas Gerais) Governo Aécio Neves - Diamantina.
- 2006 - Diploma de Honra ao Mérito da Ordem dos Músicos do Brasil.
- 2007 - Troféu Pró-Música Músico do Ano – Belo Horizonte.
- 2011 - Comenda da Paz Chico Xavier (100 anos)- Uberaba
- 2012 - Tom da palavra BH News TV -o programa recebe músicos de Minas Gerais
sábado, 15 de março de 2014
Dorival Caymmi
Dorival Caymmi, nascido em Salvador - BA, aos 30 de abril de 1914 e falecido no Rio de Janeiro - RJ, aos 16 de agosto de 2008, foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro.
Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos. Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007.
Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena.
Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos também são cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.
Caymmi era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda e cujo nome era grafado Caymmi. Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Seu pai era funcionário público e músico amador, tocava, além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola, cresceu sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e começa a trabalhar em uma redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o fechamento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas.
Em 1930 escreveu sua primeira música: 'No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá. Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer.
Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como calouro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O que é que a Baiana Tem?, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938. Sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da Bahia: O Mar, História de Pescadores, É Doce Morrer no Mar, A Jangada Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras. Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.
terça-feira, 4 de março de 2014
Lô Borges
Salomão Borges Filho, nascido aos 10 de janeiro de 1952 em Belo Horizonte - MG, é um cantor e compositor brasileiro.
Foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É co-autor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira. Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, Paisagem da Janela, Para Lennon e McCartney, Clube da Esquina n.º 2 e O Trem Azul.1
É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini e até por ídolos do pop-rock, como Nenhum de Nós, Ira!, Skank e Nando Reis, entre outros.
A canção "Paisagem da Janela" foi regravada em 1995 pela Elba Ramalho e em 2000 por Vanessa Rangel.
- 1972: Clube da Esquina
- 1972: Lô Borges
- 1979: A Via Lactea
- 1980: Os Borges
- 1981: Nuvem Cigana
- 1984: Sonho Real
- 1987: Solo - Ao Vivo
- 1996: Meu Filme
- 2001: Feira Moderna
- 2003: Um Dia e Meio
- 2006: BHanda
- 2008: Intimidade
- 2009: Harmonia
- 2011: Horizonte Vertical
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Milton Nascimento
Milton Nascimento, nascido em 26 de outubro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro - RJ, apelidado "Bituca", é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira. Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.
Filho da empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento que tentou criar Milton, o registrou, mas veio a falecer de tuberculose antes de Milton criança completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó. Uma das duas filhas do casal para o qual sua mãe trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e propôs adotar Milton. A avó concordou. Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio, e mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais.
Foi apelidado "Bituca" por fazer um bico quando contrariado.
Milton começou a gostar de música por influência da mãe. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner ao lado do amigo Wagner Tiso em um conjunto de baile de Três Pontas. Gravou a primeira canção, Barulho de trem, em 1962. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compôr com mais frequência; datam dessa época as composições Novena e Gira Girou (1964), ambas com Márcio Borges.
Na pensão onde foi morar na capital, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio.
Dos encontros na esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis surgiram os acordes e letras de canções como Cravo e Canela, Alunar, Para Lennon e McCartney, Trem azul, Nada será como antes, Estrelas, São Vicente e Cais. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da esquina, que era duplo e apresentava um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética.
O Clube da esquina escreveu um dos mais importantes capítulos da história da MPB. Chamou a atenção dos músicos brasileiros e estrangeiros, dada a sua ousadia artística e criatividade inovadora.
Quando do lançamento, a crítica especializada não teve a capacidade de entender o que estava acontecendo e fez comentários severos a respeito da obra. Pouco tempo depois o disco teve reconhecimento internacional e ganhou o prestígio merecido aqui no Brasil também. O álbum virou disco de cabeceira de músicos no mundo inteiro, tornando-se referência estilística e estética da música contemporânea, e levou Milton Nascimento a ser convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton de uma vez por todas no mercado norte-americano.
Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as músicas para a peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. EM 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno. No mesmo ano, a composição Canção do Sal foi gravada por Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), onde se destacam Catavento e uma versão de Travessia chamada Bridges. Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período Para Lennon e McCartney (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lo Borges) e Clube da Esquina. No disco Sentinela (1980), foi um grande sucesso a composição Canção da América. No ano seguinte, estourou a canção Caçador de Mim (uma composição de Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão). Também participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e Os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog).
Entre outros sucessos, destacam-se Maria, Maria (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de Coração de Estudante (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a Canção da América, que versa sobre a Amizade, foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).
Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983.
Milton Nascimento integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma plateia de mais de 200 mil pessoas. Milton interpretou a canção Beatriz, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, participou em 1985 do Nordeste Já, versão brasileira do USA for Africa que criou as canções "Chega de mágoa" e "Seca d'água".
Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha "A Voz Coral" feita especialmente para o homenageado.
Além disso, neste mesmo ano, o cantor, e padrinho da banda Roupa Nova, Milton Nascimento foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa "Nos Bailes da Vida", de composição de Milton, como forma de agradecimento pelo que ele fez para o grupo durante os 30 anos de carreira, já que ambos vieram de 'bailes'.
O diretor Marcelo Flores está preparando um filme celebrando os 50 anos de carreira do cantor, Milton - A Voz. híbrido de documentário e ficção, o filme incluirá além de cenas atuais, recriações de passagens da vida de Milton com o músico interpretado por Fabrício Boliveira.
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